Jardim de Santos de portas fechadas há meio ano e não se
sabe quando abrirá
POR O CORVO
• 7 DEZEMBRO, 2017 •
O Jardim
Nun’Álvares, mais conhecido como o Jardim de Santos, encontra-se inacessível ao
público desde o início do verão, à espera que estejam terminadas as obras de
requalificação, mas não se sabe quando tal acontecerá. Em causa estará a
dificuldade de entendimento entre a Junta de Freguesia da Estrela (JFE), sob
cuja tutela o espaço se encontra desde março de 2014, e a Câmara Municipal de
Lisboa (CML) relativamente às tarefas de cada um. Circundado por uma vedação
metálica, colocada há um ano, com o intuito de proteger as espécies vegetais e
o mobiliário urbano das até aí frequentes acções de vandalismo, o jardim
deveria ter sido sujeito a uma operação de reabilitação – a qual acabaria por
complementar a que foi realizada no espaço público do Largo de Santos, no
âmbito do programa municipal Uma Praça em Cada Bairro. Mas há ainda questões
pendentes.
No início de Julho passado, a junta de
freguesia decidiu encerrar aquele espaço de fruição pública, informando que o
mesmo teria de ser sujeito a uma intervenção que contemplaria a recuperação de
espaços verdes, sistemas de rega, elementos monumentais, o qual incluiria a
fonte ali existente, e zonas de circulação pedonal. Mas, nessa altura, também
se ficava a saber que a autarquia liderada por Luís Newton (PSD) havia pedido à
CML, em maio, um contrato de delegação de competências para realizar os
referidos trabalhos, em relação ao qual a câmara não dera a resposta desejada.
Isto porque, avançava à agência Lusa fonte da CML, a tal solicitação faltaria
agregar os respectivos projecto e memória descritiva. No momento de fechar
portas do Jardim de Santos, a junta colocou um aviso onde se podia ler “Jardim
Encerrado. Aguardamos a cedência da CML à Junta de Freguesia da Estrela para
requalificação”.
Passaram
quase seis meses e, para além dos espaços verdes agora se apresentarem com
aspecto frondoso, para quem observa para cá da vedação metálica é difícil
discernir quais as intervenções já realizadas. O Corvo questionou agora o
presidente da JFE sobre a razão do jardim se encontrar ainda fechado. “Está
encerrado até serem concluídas todas as intervenções de requalificação,
incluindo espaços verdes e equipamento infantil, este último da
responsabilidade da CML”, diz Luís Newton. Interrogado sobre a data para a
conclusão desses trabalhos, o autarca afirma que aguarda ainda resposta da
câmara municipal “sobre previsão de intervenção deles”. O Corvo questionou, na
passada segunda-feira (4 de dezembro), os responsáveis do gabinete do vereador
Sá Fernandes, responsável pela Estrutura Verde, relativamente ao prazo previsto
para a requalificação do referido parque infantil. Até à publicação deste
artigo, porém, não recebeu resposta.
Texto: Samuel Alemão
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