Constantly
monitored, searched and exhausted – my month undercover in an Amazon warehouse
What is it
like to work in one of the retail giant’s distribution centres? Writer James
Bloodworth gets a zero-hours contract to find out
James
Bloodworth
February 10
2018, 12:01am,
The Times
It was quarter
past six in the evening and the siren had just sounded for lunch: a loud noise
pumped through loudspeakers into every corner of the cold and drab warehouse.
While I
stood in the queue, hands in pockets, waiting to get out, a well-built security
guard made a signal for me to put my arms in the air. “Move forward, mate, I
haven’t got all afternoon,” he said in a broad West Midlands accent.
Um mês a
trabalhar para a Amazon: "Caixa de sapatos" onde é proibido ficar
doente
James Bloodworth
conta o que passou no livro Hired: Six Months Undercover in Low-Wage Britain
(Contratado: Seis meses Infiltrado na Grã-Bretanha dos Baixos Salários).
Jornalista e
escritor inglês explica a experiência numa fábrica da gigante empresa
10 DE FEVEREIRO
DE 2018
19:44
DN
"O sítio
tinha a atmosfera daquilo que eu imagino que deverá ser uma prisão. A maioria
das regras estava relacionada com os pequenos roubos. Poderia demorar 15
minutos para passar através de gigantes detetores de metal. Nunca éramos pagos
pelo tempo que passávamos à espera que nos revistassem os bolsos". As
palavras são do escritor e jornalista britânico James Bloodworth, referindo-se
ao tempo que passou a trabalhar num armazém da gigante Amazon.
James Bloodworth
conta o que passou no livro Hired: Six Months Undercover in Low-Wage Britain
(Contratado: Seis meses Infiltrado na Grã-Bretanha dos Baixos Salários). A obra
só será publicada a 1 de março, mas o The Times publicou já um excerto do
mesmo, em que o autor fala apenas da sua experiência num armazém da Amazon.
Num local que
emprega cerca de 1200 pessoas, James Bloodworth conta uma experiência que, a
julgar pelas suas palavras, não terá sido de todo agradável, nem para si, nem
para os colegas de trabalho.
Explica que todos
os funcionários tinham um pequeno aparelho eletrónico que servia para manter um
registo de "todos os movimentos", explicando ainda que a hora de
almoço, meia hora num turno de dez horas e meia, era já à noite, pelas seis da
tarde. Além de o tempo ser curto para chegar à cantina e "dar cotoveladas
no meio de vários trabalhadores", só restavam então 15 minutos para depois
fazer a "longa caminhada até ao posto de trabalho". Aí, alguns
gerentes "estariam invariavelmente à espera e a apontar para relógios
imaginários para quem estivesse 30 segundos atrasado". "Maior pausa
para almoçar hoje, foi?", questionavam estas mesmas pessoas, de acordo com
o autor.
"Na segunda
semana, comecei a ficar doente. Como ficar doente é uma ofensa com punição, estava
prestes a ganhar um 'ponto' e perder o pagamento de um dia de trabalho. A
cantina estava cheia de rebuçados para a tosse e cedo ficou claro o
porquê", diz também.
O autor do livro
chegou a ser abordado por uma mulher romena - a grande maioria dos seus colegas
eram da Roménia - desesperada por sair daquele armazém que era "como uma
caixa de sapatos" e com pouca luz natural. "A miséria do trabalho
deixavam um desejo de cigarros e álcool, ou qualquer outra coisa que prometesse
qualquer tipo de emoção", frisa, explicando que cedo a sua vida caiu em
"rotina".
James Bloodworth
deixa ainda bem claro que "regras não são regras na Amazon". Explica,
por exemplo, que entre os tempos que eram supostamente de pausa, alguns não
eram pagos e que, feitas as contas, o tempo que demorava a chegar às traseiras
do armazém, que era do tamanho de "dez campos de futebol", mais a
"segurança tipo aeroporto", a pausa era de pouco mais de cinco
minutos.
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