Turistas terão
de ficar de costas voltadas para as montras do Red Light District
Medida será aplicada a grupos com mais de cinco visitantes.
“Acha então que a
Câmara Municipal de Lisboa tem de encontrar um novo modelo de gestão da cidade,
tendo em conta esses desafios?
Gestão…é um termo
insuficiente. Prefiro a palavra governação. É necessário um novo paradigma de
governação. Não pode ser business as usual. A cidade está com novas questões e,
portanto, precisa de um novo paradigma de governação.”
Muitos deverão
questionar o que se passou nestes últimos tempos em Amsterdão.
Amsterdão, limitada
no seu espaço físico é confrontada com o Turismo de massas e tem desenvolvido
uma “ atitude nítida de selecção do tipo de turismo, numa definição e escolha dirigida à clara
diferenciação entre o turismo desejável e indesejável.”
(...) “O
investimento especulativo junto à forte subida do preço da habitação (também no
aluguer a “expats” do mundo empresarial ) está a expulsar progressivamente os
habitantes locais, transformando os
bairros em plataformas rotativas e contínuas de “idas e vindas” de forasteiros
híper individualizados e indiferentes aos locais, e a transformar os antigos
bairros em locais alienados onde ninguém se conhece e onde reina o anonimato.”
Isto tem
provocado fortes reacções e uma vaga de fundo de crítica e descontentamento dos
habitantes Locais, que levaram a claras e concretas medidas reguladoras por
parte das Autoridades Municipais unidas num consenso político dos Partidos
representados . ( Máximo de 30 dias ao ano para as plataformas de Alojamento
Local, e forte fiscalização e multas )
Também na área do
trânsito foram anunciadas fortes medidas disciplinadoras e todo o sistema de circulação
caótica e arbitrária de “scooters” e bicicletas nas ciclovias vai ser revisto
neste ano.
Portanto poder-se-á
concluir que a Autoridade-referência- pedagógica está de volta à Sociedade por
parte da Autarquia e que o Municipal deixou de ser apenas um “orgão regulador”,
mas ... passou a uma atitude nítida de Governação !
António Sérgio
Rosa de Carvalho
OVOODOCORVO
Turistas terão
de ficar de costas voltadas para as montras do Red Light District
Medida será
aplicada a grupos com mais de cinco visitantes. As novas regras entram em vigor
em Abril.
PÚBLICO 1 de
Fevereiro de 2018, 12:39
As visitas
guiadas turísticas de grupos ao Red Light District de Amesterdão, uma das
maiores atracções da cidade, vão ser sujeitas a uma regulação que obriga os
visitantes a estarem de costas voltadas para as montras da rua enquanto ouvem
as explicações do guia turístico. O objectivo é evitar os olhares prolongados,
as fotografias e os comentários às trabalhadoras do sexo. As medidas,
anunciadas esta quarta-feira, pretendem reduzir o congestionamento das ruas do
bairro e deixam também uma série de restrições à circulação de bicicletas e Segways.
O conjunto de
novas regras definidas pela Câmara Municipal de Amesterdão pretende incutir
respeito pelas mulheres e evitar intimidações dirigidas às trabalhadoras em
mais de 290 montras, bem como garantir uma convivência equilibrada entre os turistas
e os moradores, conta o El País.
As medidas são um
reforço de um acordo voluntário entre 40% dos guias turísticos durante o último
ano. “Podem olhar, claro. Todos são livres de o fazer. Não é uma lei, é um
regulamento”, explica Vera Al, porta-voz da Câmara Municipal de Amesterdão.
A partir de Abril
todos os guias turísticos deverão dispor de uma licença – que tem um custo de
100 euros e a validade de um ano e meio – e circular com grupos inferiores a 20
pessoas. Caso não cumpram as indicações, no caso de guias ilegais, a
consequência é uma multa de 190 euros.
“Se o fizerem em
nome de uma empresa, serão 950 euros. Depois de três sanções, perdem a licença”
explica Udo Kock, vereador da Economia. “Se queremos que De Wallen continue a
ser um bairro habitável, os grupos de turistas não podem ser grandes”,
acrescentou.
De acordo com os
números da Câmara Municipal de Amesterdão, entre as 11h e as 12h circulam no
bairro, em média, 27 grupos de turistas, o que resulta numa média de 31 mil
visitantes por semana. A Câmara de Amesterdão pretende ainda limitar estas
visitas às 23h e evitar que os grupos se mantenham durante muito tempo nas
pontes que fazem a travessia do rio Amstel.
Os responsáveis
do município reconhecem que este é um plano ambicioso que dependerá do grau de
educação dos visitantes. Por isso, a Câmara de Amesterdão irá apostar no
reforço de vigilantes e fará posteriormente uma avaliação dos resultados da
medida.
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