Misto
de “artista” elegida e colada ao Regime com Post-Modernices
infantilizadoras do conceito de Arte . Joana Vasconcelos está para a
Arte, assim como, o Pastel de Bacalhau com Queijo está para a
Gastronomia
OVOODOCORVO
Comando
não tinha pilhas, mas o galo de Barcelos gigante já brilha à beira
Tejo
LUSA 06/11/2016 –
21:57
Obra
de arte de Joana Vasconcelos está na Ribeira das Naus, em Lisboa,
até final do mês e depois ruma à China, de barco.
O Pop Galo, um
gigantesco galo de Barcelos em azulejo e luzes LED, criado por Joana
Vasconcelos, acendeu-se este domingo em Lisboa, de onde partirá para
a China antes de encontrar um pouso definitivo, porque "é muito
caro" fazê-lo voar.
A inauguração da
obra de arte, que ficará na Ribeira das Naus até ao final do mês,
ocorreu cerca das 18h, já depois do pôr-do-sol, mas o momento ficou
marcado por alguns minutos de espera e dúvida. Primeiro, o
primeiro-ministro, António Costa, e depois, a artista plástica
Joana Vasconcelos, tentaram acender as luzes da escultura, com 10
metros de altura, apertando o botão do comando, mas sem sucesso.
Depois de várias pessoas tentarem perceber o que se passava, surgiu
a explicação: o comando não tinha pilha.
António Costa
gracejou, disse que era melhor serem as mulheres a "dar à luz",
e aproveitou para recordar uma história sua, descrevendo que,
enquanto governante, garantiu a António Guterres que tudo
funcionaria bem na Expo-98, tendo sido questionado pelo então
primeiro-ministro se tinha testado pessoalmente as tomadas
eléctricas, que normalmente falham.
Finalmente, o Pop
Galo foi ligado directamente no quadro eléctrico e iluminou-se,
motivando aplausos do público que se concentrava junto à obra. "É
a representação daquilo que nós queremos que seja bem a nossa
imagem: a de um país moderno, mas que é um país que não perde as
suas raízes; um país que se afirma com base na sua cultura
popular", descreveu António Costa.
O primeiro-ministro
recordou que a obra de Joana Vasconcelos foi criada para assinalar a
amizade entre Portugal e o Rio de Janeiro, aquando da comemoração
dos 450 anos da fundação desta cidade brasileira, no ano passado,
mas, "por vicissitudes cariocas", tal não aconteceu. "Há
sempre coincidências felizes e este galo é de facto uma marca
universal. Fará a sua primeira aparição internacional aqui na
cidade de Lisboa, na semana em que começamos a Web Summit",
sublinhou o chefe do Governo.
Com a conferência
global de tecnologia e inovação que decorre entre segunda e
quinta-feira na capital, o executivo não pretende que "Lisboa
se transforme num Silicon Valley ou em Berlim, mas que Lisboa seja
Lisboa, Portugal seja Portugal, mas agora cada vez aberto e, como
sempre, aberto ao mundo".
De Portugal, o galo
viajará, de barco, para Pequim e Xangai, celebrando o Ano do Galo na
China, recordou Costa, na presença do embaixador chinês em Lisboa.
"A sua presença simbolizará a amizade entre os nossos povos e
os nossos países, num momento muito importante, em que vamos passar
a ter uma ponte a ligar os nossos países, a partir de Julho um voo
regular entre Hangzhou, Pequim e Lisboa e estaremos a partir daí
sempre mais próximos", sublinhou.
Confessando que foi
necessária "muita arquitectura diplomática para que este galo
parta da Ribeira das Naus para o mundo", o primeiro-ministro fez
votos para que "um dia encontre um pouso definitivo, porque é
muito caro de cada vez que ele voa". "Estamos certos de que
chegará ao Rio de Janeiro, não sabemos bem por que lado do mar nem
exactamente em que ano", disse o presidente da Câmara de
Lisboa, Fernando Medina.
O autarca socialista
recordou que o azulejo "tem uma tradição milenar" em
Portugal e em Lisboa e destacou que a escultura combina a modernidade
com uma representação iconográfica da cultura popular portuguesa.
Com 10 metros de
altura, 3,5 toneladas, nove quilómetros de cabos e quase 16 mil LED,
o Pop Galo é revestido por milhares de azulejos, cortados à mão,
relatou a sua autora. A obra permite uma interacção com o público
que pode escolher, através de um código QR, a luz que acende e a
que está associada uma determinada composição musical, da autoria
de João Runas.
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