Estes reformados Franceses fogem aos Impostos em França, com
a conivência do Governo Português. Para Portugal isto não oferece qualquer tipo
de vantagem . Pelo contrário. Estes Reformados Franceses desempenham um papel
significativo na espiral inflacionária do preço das casas e depois de as
comprarem, põem-nas, por largos períodos de ausência, a rendê-las através da
AIRBNB.
Quem regula ou protege o Direito à habitaçào dos habitantes
Locais!?
Os Direitos dos Portugueses !?
OVOODOCORVO
Regime fiscal para residentes não habituais tem 9.589
reformados
20/2/2019, 20:29
De acordo com dados do Ministério das Finanças, 9.589 pessoas
entregaram o impresso do IRS, em que são reportados rendimentos de pensões
pagas por um país estrangeiro, sendo que um terço são franceses
Os franceses representam quase um terço dos reformados com
estatuto de RNH, totalizando 3.105 dos Anexos J entregues, mas a evolução de
novas adesões tem vindo a cair
António Cotrim/LUSA
Autor
Agência Lusa
O número de pessoas que beneficia do regime fiscal dos
Residentes Não Habituais (RNH) e que na última declaração do IRS reportou ao
fisco receber rendimentos de pensões ascendeu a 9.589 e, destes, um terço são
franceses.
Criado em 2009 com o objetivo de atrair a Portugal pessoas
de rendimentos elevados e profissionais de alto valor acrescentado, o regime do
RNH oferece isenção de IRS aos reformados e uma taxa reduzida de imposto (20%)
aos rendimentos de trabalho.
De acordo com dados facultados à Lusa pelo Ministério das
Finanças foram 9.589 as pessoas que entregaram o impresso do IRS em que são
reportados rendimentos de pensões pagas por um país estrangeiro (o anexo J).
A mesma informação – com base na última declaração IRS
entregue e que mostra pela primeira vez de forma discriminada os beneficiários
do RNH com rendimentos de pensões – revela que o número global de reformados
com este regime fiscal tem aumentado de forma contínua desde 2009. Mas a
análise da evolução das adesões indica igualmente que, apesar de estar a ganhar
popularidade junto dos cidadãos de alguns países, também tem vindo a perder gás
junto de outros.
Os franceses representam quase um terço dos reformados com
estatuto de RNH, totalizando 3.105 dos Anexos J entregues, mas a evolução de
novas adesões tem vindo a cair. Em 2016, a AT recebeu 867 novas declarações
deste anexo, mas em 2017 o número das novas baixou para 797.
Entre os finlandeses o recuo ainda foi mais acentuado o que
deverá ter-se justificado pelo facto de a Finlândia ter anunciado há um par de
anos a intenção de rever o acordo de dupla tributação com Portugal, de forma a
readquirir o direito de tributar os seus reformados.
Na última declaração de IRS entregue (para os rendimentos de
2017) foram 400 os finlandeses com estatuto de RNH que reportaram rendimentos
de pensões, mas destes apenas 23 entraram no regime em 2017 — o que reflete uma
forte quebra por comparação com os 180 que aderiram ao RNH dois anos antes.
Desde janeiro deste ano que a Finlândia voltou a tributar as
pensões pagas aos seus reformados que vivem em POrtugal.
Recorde-se que a conjugação da generalidade dos acordos de
dupla tributação (que conferem ao país de residência o direito de tributar) com
este regime de RNH, acaba por fazer com que os reformados não paguem imposto
sobre as pensões quando se mudam para Portugal.
Os últimos dados sobre a evolução do RNH indicam que, em
janeiro deste ano, havia um total de 27.367 pessoas a beneficiar deste regime —
ao qual podem aderir todos os que não tiveram residência fiscal em Portugal nos
cinco anos anteriores ao pedido.
Além da isenção de IRS para reformados, o regime concede uma
taxa de 20% aos trabalhadores que integrem a lista de profissões de elevado
valor acrescentado. Daqueles 27.367, há 2141 com profissões enquadráveis na
referida lista, sendo que o grupo mais número (25.226) não têm atividade de
valor acrescentado.
Entre as situações classificadas como não tendo atividade de
valor acrescentado estão os reformados, mas também todos aqueles que se mudam
para Portugal e têm apenas registo de rendimentos de juros, dividendos ou
mais-valias, por exemplo.
Na leitura de, Luís Leon, da Deloitte, os números são
dececionantes. “Em 10 anos, não ter conseguido atrair mais do que uma média de
entre duas a três mil pessoas por ano, é dececionante, porque o país dispõe de
condições que lhe permitem atrair mais pessoas”, referiu à Lusa.
Para o fiscalista uma das formas de dar mais visibilidade ao
regime passa pela alteração e atualização da lista de profissões de elevado
valor acrescentado e também por alterar o regime contributivo – não ao nível
das taxas de desconto para a Segurança Social, mas através, por exemplo, da
introdução de tetos contributivos, pelo menos durante os 10 anos em que o RNH
dura.
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