quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Coligação governamental em Itália colapsa. País deve ir para novas eleições



Coligação governamental em Itália colapsa. País deve ir para novas eleições
Catarina Melo
19:42

Matteo Salvini, vice-primeiro ministro italiano diz que não há forma de superar as diferenças dentro da coligação do Governo, e que é necessário avançar para novas eleições.

Rutura no Executivo de Itália. Matteo Salvini, vice-primeiro ministro italiano disse esta quinta-feira que não há forma de superar as diferenças dentro da coligação do Governo, e que é necessário avançar para novas eleições.

O líder do partido de direita Liga afirmou em comunicado ter dito ao primeiro-ministro — Giuseppe Conte — que a coligação com o Movimento 5 Estrelas colapsou e que “rapidamente” deveriam “dar uma nova opção aos eleitores”.

No mesmo documento, Salvini disse ainda que o parlamento, que se encontra encerrado para férias, poderá ser convocado na próxima semana no sentido de desenvolver a medidas e os procedimentos necessários para avançar para novas eleições.

A declaração de Salvini surge no mesmo dia em que o primeiro-ministro Giuseppe Conte se encontrou com o presidente Sergio Mattarella para discutir a situação política e os rumores que já circulavam, apontando para um colapso governativo iminente. De salientar que Mattarella é o único com poder para dissolver o parlamento.

A rutura da coligação não é uma surpresa, surgindo no seguimento da degradação das relações entre os dois partidos que a integra: a Liga (extrema direita) e o Movimento 5 Estrelas (anti-sistema). Há meses que se confrontam numa data de questões políticas em que discordem.

Essas tensões agudizaram-se na passada quarta-feira, quando os dois partidos votaram um contra o outro no parlamento sobre o futuro de um projeto para a ligação de comboio de alta velocidade com a França, ao qual o partido de Di Maio se opõe alegando razões ambientais.

O 5 Estrelas tem mais assentos parlamentares do que a Liga, mas o partido de Salvini agora tem o dobro de apoio dos eleitores, de acordo com pesquisas de opinião, e muitas vezes ameaçou tentar capitalizar essa popularidade com novas eleições.

(Notícia atualizada às 20h15)


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