Coligação
governamental em Itália colapsa. País deve ir para novas eleições
Catarina Melo
19:42
Matteo Salvini,
vice-primeiro ministro italiano diz que não há forma de superar as diferenças
dentro da coligação do Governo, e que é necessário avançar para novas eleições.
Rutura no
Executivo de Itália. Matteo Salvini, vice-primeiro ministro italiano disse esta
quinta-feira que não há forma de superar as diferenças dentro da coligação do
Governo, e que é necessário avançar para novas eleições.
O líder do
partido de direita Liga afirmou em comunicado ter dito ao primeiro-ministro —
Giuseppe Conte — que a coligação com o Movimento 5 Estrelas colapsou e que
“rapidamente” deveriam “dar uma nova opção aos eleitores”.
No mesmo
documento, Salvini disse ainda que o parlamento, que se encontra encerrado para
férias, poderá ser convocado na próxima semana no sentido de desenvolver a
medidas e os procedimentos necessários para avançar para novas eleições.
A declaração de
Salvini surge no mesmo dia em que o primeiro-ministro Giuseppe Conte se
encontrou com o presidente Sergio Mattarella para discutir a situação política
e os rumores que já circulavam, apontando para um colapso governativo iminente.
De salientar que Mattarella é o único com poder para dissolver o parlamento.
A rutura da
coligação não é uma surpresa, surgindo no seguimento da degradação das relações
entre os dois partidos que a integra: a Liga (extrema direita) e o Movimento 5
Estrelas (anti-sistema). Há meses que se confrontam numa data de questões
políticas em que discordem.
Essas tensões
agudizaram-se na passada quarta-feira, quando os dois partidos votaram um
contra o outro no parlamento sobre o futuro de um projeto para a ligação de
comboio de alta velocidade com a França, ao qual o partido de Di Maio se opõe
alegando razões ambientais.
O 5 Estrelas tem
mais assentos parlamentares do que a Liga, mas o partido de Salvini agora tem o
dobro de apoio dos eleitores, de acordo com pesquisas de opinião, e muitas
vezes ameaçou tentar capitalizar essa popularidade com novas eleições.
(Notícia atualizada às 20h15)
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