Bolsonaro enjoys
comedy club outing as Amazon fires rage on
President watches right-wing comic as pre-recorded speech to
nation on fighting fires airs
Dom Phillips in Rio de Janeiro
Sat 24 Aug 2019 19.26 BST Last modified on Sat 24 Aug 2019
19.58 BST
Far-right president Jair Bolsonaro watched right-wing
Christian comic Jonathan Nemer on Friday night. Photograph: Sergio
Lima/AFP/Getty Images
While the Amazon burned and Brazilians demonstrated their
outrage, Brazil’s far-right president Jair Bolsonaro went to a comedy club.
As the president’s pre-recorded speech to the nation
explaining how he planned to use the army to fight the fires – while
simultaneously insisting the rate of burning forest was nothing out of the
ordinary – was broadcast on television on Friday night, he was at a standup
show in Brasília by right-wing Christian comic Jonathan Nemer.
The Amazon fires crisis has taken on international dimensions.
It could jeopardise a trade deal between the European Union and South American
trade block, Mercosur, that took 20 years to complete, and it will be discussed
at this weekend’s G7 summit. Yet on
Friday, as the O Estado de S Paulo newspaper revealed, Bolsonaro took a break
from the rising pressure by listening to Nemer’s jokes.
The UOL site
calculated that Bolsonaro was at the show at the same time as his broadcast
aired. And Nemer himself posted a photo with a beaming Bolsonaro and first lady
Michelle before the show on his Instagram.
“Standup in Brasília is always a success, always full, but
today we have the presence of someone very special … Bolsonaro!” he said in a
video he also posted, before leading a chant of “legend, legend” that is
popular among Bolsonaro supporters.
Nemer demonstrated his pro-Bolsonaro stance in one standup
show before the second round of voting in last year’s presidential election,
playing losing leftist candidate Fernando Haddad as possessed by the devil of
imprisoned former president Luiz Inácio Lula da Silva who had come to “finish
Brazil off”.
Nemer also
appears to share Bolsonaro’s scatological obsession. One video on
Nemer’s YouTube channel is called Fart in Public and features him walking
around in public pretending to break wind before revealing that it is a prank.
“Did it seem real?” he asked one giggling woman in a clothes shop, showing off
an electronic fart gadget. “No smell at all.”
Bolsonaro exposed himself to worldwide ridicule in March
when he tweeted a video of a performer urinating on another on top of a bus
shelter during Carnival to expose “what many street carnival groups have
become” at Brazil’s biggest street party. In another tweet, he then asked:
“What is a golden shower?”
On 16 August the Poder 360 (Power 360) political news site
published five videos from this month alone in which the president used the
word “cocô” – “poo” in Portuguese – five times in interviews.
In one, he told a reporter to defecate every other day to help
the environment. In a speech he said: “We are going to end the poo in Brazil.
The poo is this race of corrupt and communists.” And in a freewheeling Facebook
live he provided an impression of boiling faeces in a chemical toilet in 45C
heat as he criticised a fine handed to a businessman for not providing a
chemical toilet to employees.
At a press
conference on Saturday, Bolsonaro’s defence minister, Fernando Azevedo e Silva,
and environment minister, Ricardo Salles, explained how the army would fight the
fires, stressing how important it was for Amazon states to cooperate. At
the same time, at the G7 summit in Biarritz, the French president Emmanuel
Macron called for the international community to help Brazil and its neighbours
fight the fires.
And Bolsonaro tweeted a link to an old television interview
with Gen Eduardo Villas Bôas, in which the former commander of the army
described his surprise when one of his officers found the King of Norway in a
village in the Yanomami indigenous reserve during a past operation.
“In the words of General Villas Bôas, the real international
interest in the Amazon. It hurts the soul to see Brazilians not seeing the
fabricated campaign against our sovereignty in the region,” he tweeted.
Nem as árvores
queimadas da Amazónia estragam o bromance Bolsonaro-Trump
França introduziu
o tema dos incêndios na Amazónia na agenda do G7. Presidente dos EUA fez
questão de mostrar de que lado está telefonando ao homólogo brasileiro antes de
cruzar o Atlântico.
António Rodrigues
António Rodrigues
24 de Agosto de 2019, 19:52
Se Emmanuel
Macron esperava convencer Donald Trump a dar um passo para o seu lado na
questão da floresta amazónica, que o Presidente francês introduziu na agenda do
G7, o Presidente dos Estados Unidos fez questão de garantir antes de chegar a
Biarritz que ainda está para queimar a árvore que o faça mudar de ideias sobre
a protecção do ambiente e as alterações climáticas.
Trump e o seu
homólogo brasileiro falaram ao telefone na sexta-feira e o chefe de Estado
norte-americano escreveu no Twitter que as “perspectivas comerciais futuras”
entre os dois países “são muito excitantes”. “A nossa relação é forte, se
calhar mais forte do que alguma vez foi”, acrescentou.
Bolsonaro também
sublinhou no seu tweet sobre a conversa que “as relações entre o Brasil e os
EUA estão melhores do que nunca” e foi mais além, dizendo que os dois países
querem “lançar uma grande negociação comercial em breve”.
O Presidente dos
EUA não ficou contente com a atitude do chefe de Estado francês de introduzir
na agenda da cimeira a questão da floresta amazónia, em particular, e da
protecção ambiental em geral, bem como da igualdade de género, temas que são
propensos a deixar Trump isolado.
Um membro do
Palácio do Eliseu negou, no entanto, em declarações ao Politico, qualquer
vontade de hostilizar Donald Trump. Para Paris, o tema comercial e da defesa do
meio ambiente não se excluem mutuamente, antes pelo contrário. “Não é clima ou
comércio, são ambos” e “a desigualdade, o clima e o digital são tópicos que não
nos podemos dar ao luxo de excluir da cimeira”.
Macron e Trump
conversaram este sábado num almoço em Biarritz, à chegada do Presidente dos EUA
a França. No Twitter, o líder norte-americano fez questão de sublinhar o tom
amigável do encontro, apesar de os dois estarem em comprimentos de onda
diferentes.
Antes de viajar
para a cidade costeira do País Basco francês, Macron gravou uma mensagem aos
franceses em que reconheceu “o desacordo com certos países, em especial os
Estados Unidos” no que diz respeito à questão ecológica, sem deixar de referir
que era importante “responder ao apelo do oceano e da floresta que arde” e
discutir a questão este domingo com os outros líderes do G7.
“Sobre a
Amazónia, não vamos lançar apenas um apelo, mas uma mobilização de todas as
potências” para, “em parceria com os países da Amazónia, lutar contra esses
incêndios e investir na reflorestação”, disse Macron, assumindo para a França a
condição de única potência amazónia em Biarritz, por causa da Guiana,
território ultramarino francesa.
Fosse pelas
ameaças da Europa ou pela pressão dos seus próprios apoiantes, o Presidente
brasileiro mudou de tom em relação ao tema da Amazónia. Passado o tempo do
desafio aos líderes europeus, foi um Presidente Bolsonaro apaziguador aquele
que falou na sexta-feira à noite: “Incêndios florestais existem em todo o
mundo”, daí que isso “não pode ser pretexto para sanções internacionais”.
Ciente de que a
sua política ambiental (ou ausência dela) está a trazer mais problemas para o
Brasil, afectando até muitos dos agro-industriais que o apoiam, o Presidente
brasileiro anunciou que vai enviar ajuda militar para os estados que compõem a
denominada Amazónia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondónia,
Roraima, Tocantins e Maranhão).
“A protecção da
floresta é nosso dever”, afirmou o chefe de Estado que se mostrou disposto a
“combater o desmatamento ilegal e quaisquer actividades criminosas que
coloquem” a “mata em risco”.
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