Livraria
Lello teve um milhão de visitantes e quintuplicou venda de livros em
2016
Apenas
35% dos visitantes da Lello compram livros, sendo que o objectivo
para 2017 é fazer com que os restantes 65% de visitantes também
invistam na compra de obras literárias.
LUSA
12 de Janeiro de 2017, 7:34
A Livraria Lello, no
Porto, ultrapassou em 2016 a fasquia de um milhão de visitantes e
vendeu mais de 357 mil livros, cinco vezes mais do que em 2015,
revelou um administrador, esta quinta-feira.
Em entrevista à
Lusa no âmbito do 111.º aniversário da Livraria Lello, que é
celebrado na sexta-feira, o administrador Pedro Pinto avançou que em
2016 venderam cinco vezes mais livros do que há um ano e meio e
receberam "um milhão e 50 mil visitantes", um número que
classificou de "impressionante" face ao espaço exíguo.
"Vendemos cerca
de 1000 livros, mais concretamente 714 livros por dia, são cinco
vezes mais do que vendíamos há ano e meio", declarou o
administrador daquela que é considerada uma das mais belas livrarias
do mundo por vários órgãos da imprensa internacional - como o
jornal The Guardian, que a elevou, em 2008, à terceira mais bela do
mundo, ou a estação televisiva CNN, em 2014, que a considerou a
mais linda do mundo.
Apesar de as vendas
terem aumentando, Pedro Pinto assume que apenas 35% dos visitantes da
Lello compram livros e, por isso, o objectivo para 2017 é fazer com
que os restantes 65% de visitantes também invistam na compra de
obras literárias. "Só cerca de 35% das pessoas que nos visitam
é que compram livros, portanto, ainda temos um grande trabalho pela
frente, que é transformar os outros 65% em leitores e esse é o
nosso objectivo para 2017", assume o administrador, anunciando
que vão lançar, no primeiro trimestre de 2017, um projecto de venda
e entrega de livros em qualquer país do mundo, sem custo adicional.
A ideia para
desenvolver o projecto de venda planetária a partir da Lello vem no
seguimento de um estudo que aquela livraria portuense encomendou à
multinacional Nielsen, onde se concluía, por exemplo, que há quem
não compre livros "porque os livros são pesados e porque as
bagagens do avião levam a não comprar livros".
A 12 de Janeiro de
2016, na altura do 110.º aniversário, um dos administradores da
Lello, José Manuel Lello, disse à Lusa que a livraria já tinha
aumentando em quase 300% a venda de livros diária nos últimos seis
meses de 2015, altura em que começou a cobrar as entradas naquele
espaço.
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