Responsabilidade
na utilização de fotografias é do PS, diz presidente da Junta de
Arroios
PÚBLICO e LUSA
08/08/2015 - 14:07 (actualizado às 15:23)
Margarida
Martins remete para a organização do PS as responsabilidades e diz
que apenas serviu de ligação
A presidente da
Junta de Freguesia de Arroios, Margarida Martins, declarou no sábado
de manhã à Lusa que a responsabilidade da utilização das
fotografias dos colaboradores da junta na campanha do PS é da
organização do partido, assegurando que apenas fez a ligação
entre as duas partes.
A polémica nasceu
com a afixação de quatro cartazes temáticos pelo PS para ilustrar
o lado humano do desemprego. Só que três dos quatro retratados
contestaram a utilização das fotos que assumem ter tirado
voluntariamente para a campanha do PS, mas sem saberem que se
destinavam concretamente a figurar nestes cartazes. Na sexta-feira ao
fim da tarde o jornal online Observador noticiava que três dessas
pessoas são colaboradores da Junta de Freguesia de Arroios, em
Lisboa.
Margarida Martins
afirma, na nota enviada à Lusa, que a sua intervenção apenas se
centrou no contacto entre os colaboradores da junta e a organização
do PS e que “a responsabilidade do que se passou, posteriormente, é
da organização de campanha do partido”.
A autarca, que foi
eleita pelo PS, confirma que foi contactada pela organização da
campanha socialista “no sentido de identificar possíveis
figurantes para integrarem uma campanha de ‘outdoors’ que iria
sair brevemente”.
Nesse contexto,
explica Margarida Martins, falou “com alguns colaboradores da Junta
de Freguesia no sentido de saber se queriam ou não integrar a
campanha” e que “alguns colaboradores aceitaram, de forma
voluntária, a participar enquanto figurantes”.
Nesse sentido,
Margarida Martins (ex-presidente da associação Abraço) diz ter
“partilhado os respectivos contactos dos colaboradores com a
organização da campanha do PS”, mas que a sua intervenção no
processo “terminou nesse preciso momento”.
Numa nota enviada na
sexta-feira à noite, o PS pediu desculpas públicas às pessoas
envolvidas nos cartazes do partido e “solicitou esclarecimentos
pormenorizados aos fornecedores e prestadores de serviços, bem como
todas as informações necessárias a que se possa avaliar o
procedimento seguido”. E assumia que os cartazes temáticos sobre
desemprego não eram da responsabilidade de Edson Athayde,
publicitário que trabalhou com António Guterres e que o PS agora
voltou a contratar.
O PS mantém,
entretanto, os quatro cartazes colocados em quatro pontos da cidade
de Lisboa, mas lançou este fim-de-semana um cartaz nacional ainda da
série sobre a confiança, em que a cara do secretário-geral,
António Costa, é ladeada pela frase "É tempo de confiança".
A polémica sobre os
cartazes do PS começou na quinta-feira com a reacção critica aos
mesmos que se espalhou nas redes sociais. Entre as reacções
negativas ao cartazes temáticos do PS sobre desemprego destacaram-se
alguns membros da anterior direcção do PS, liderada per António
José Seguro. Nessas criticas destacaram-se figuras como os
ex-membros do secretariado nacional e ex-deputados António Galamba e
Manuel Laranjeiro.
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