domingo, 9 de agosto de 2015

POR UM PUNHADO DE CARTAZES / EDITORIAL PÚBLICO

POR UM PUNHADO DE CARTAZES / EDITORIAL PÚBLICO
( …) “Não é um problema de arte, ou imaginação, ou recursos: é uma trapalhada inominável onde não se percebe onde começa a responsabilidade (e de quem) e acaba a catástrofe. Se fosse um “western” barato para encher a dolência do Verão, podia chamar-se “Por um punhado de cartazes”. Mas não é. É uma campanha de um partido que apela à responsabilidade, à confiança, ao fim das mentiras, ao respeito pelas pessoas. E depois deixa que se colem nas paredes coisas risíveis como o “virar a página”, usa fotografias de gente que se queixa, diz que ainda assim vai manter os cartazes, depois decide retirá-los, ameaça “despedir” Edson Athayde e depois decide recontratá-lo, deixa cair um responsável de campanha (que se demitiu, tardiamente, depois de ter desvalorizado as críticas e ter dito que a contestada campanha ia continuar “com um novo cartaz”) e nomeia outro… Enfim. Se tivesse sido o PSD, o CDS ou qualquer outro adversário político do PS a criar tal imbróglio, dificilmente o faria tão trapalhão, tão rasteiro, tão impiedoso nas marcas que deixa. Pois se um cartaz não retrata um partido, diz muito acerca dele. Nestes tristes episódios, por um punhado de cartazes, o PS arrisca mais do que imagina.”
EDITORIAL PÚBLICO / 10-8-2015 / “Por um punhado de cartazes”

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