POR UM PUNHADO DE
CARTAZES / EDITORIAL PÚBLICO
( …) “Não é um
problema de arte, ou imaginação, ou recursos: é uma trapalhada
inominável onde não se percebe onde começa a responsabilidade (e
de quem) e acaba a catástrofe. Se fosse um “western” barato para
encher a dolência do Verão, podia chamar-se “Por um punhado de
cartazes”. Mas não é. É uma campanha de um partido que apela à
responsabilidade, à confiança, ao fim das mentiras, ao respeito
pelas pessoas. E depois deixa que se colem nas paredes coisas
risíveis como o “virar a página”, usa fotografias de gente que
se queixa, diz que ainda assim vai manter os cartazes, depois decide
retirá-los, ameaça “despedir” Edson Athayde e depois decide
recontratá-lo, deixa cair um responsável de campanha (que se
demitiu, tardiamente, depois de ter desvalorizado as críticas e ter
dito que a contestada campanha ia continuar “com um novo cartaz”)
e nomeia outro… Enfim. Se tivesse sido o PSD, o CDS ou qualquer
outro adversário político do PS a criar tal imbróglio,
dificilmente o faria tão trapalhão, tão rasteiro, tão impiedoso
nas marcas que deixa. Pois se um cartaz não retrata um partido, diz
muito acerca dele. Nestes tristes episódios, por um punhado de
cartazes, o PS arrisca mais do que imagina.”
EDITORIAL PÚBLICO /
10-8-2015 / “Por um punhado de cartazes”
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