NOVO “CAMINHO
ABERTO” / VERSÃO 2 ?
A Campanha para as
Autárquicas já começou ...
OVOODOCORVO
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No
ano que lhe falta, Medina quer “construir uma cidade para todos”
INÊS BOAVENTURA
06/04/2016 - PÚBLICO
O
autarca diz que a presidência da Câmara de Lisboa “é um desafio
muito apaixonante”, mas ri-se quando lhe perguntam se será
candidato nas eleições de 2017. A “inclusão social” é uma das
suas bandeiras.
“Agarrar as
oportunidades do presente para construir uma cidade para todos”.
Este é, nas palavras de Fernando Medina, o “objectivo central”
que norteia a acção do executivo que encabeça. No balanço do seu
primeiro ano de mandato como presidente da Câmara de Lisboa, o
autarca enunciou a sua “visão” para o futuro da cidade, mas
recusou falar sobre o seu próprio futuro.
Na intervenção que
proferiu ao fim da tarde desta terça-feira no Jardim de Inverno do
Teatro São Luiz, Fernando Medina não fez uma única menção às
eleições autárquicas do próximo ano, ou à sua mais que provável
candidatura pelo PS. Já depois de terminado o discurso, os
jornalistas questionaram-no sobre o tema mas conseguiram pouco mais
do que uma gargalhada.
“Essa é uma
pergunta para daqui a algum tempo. Não é para já”, afirmou com
um sorriso. “Gosto muito do que estou a fazer, é um desafio muito
apaixonante”, acrescentou o autarca após alguma insistência,
prometendo que em devido tempo falará sobre o assunto.
No convite para o
evento prometia-se uma “apresentação do balanço do mandato”
mas, mais do que “prestar contas” do trabalho que fez ao longo do
último ano, Fernando Medina procurou apresentar a “visão” que
tem “para o futuro de Lisboa”.
O Jardim de Inverno
do Teatro São Luiz encheu-se por completo para ouvir a sua
intervenção, que se prolongou por cerca de 50 minutos. Na plateia,
além de muitos presidentes de juntas de freguesia de Lisboa, dos
vereadores do seu executivo e da presidente da Assembleia Municipal
de Lisboa, estavam os ministros Eduardo Cabrita e João Soares e os
secretários de Estado Mariana Vieira da Silva e Nelson de Souza.
Entre os convidados
encontravam-se também Jorge Coelho, Vitalino Canas, Bernardo
Trindade, João Proença, Elísio Summavielle, a secretária-geral
adjunta do PS, Ana Catarina André, o advogado José Pinto Ribeiro e
várias personalidades do mundo da cultura e da área económica.
António Costa, a quem Fernando Medina sucedeu enquanto presidente da
Câmara de Lisboa, não esteve presente, mas o seu filho, Pedro Costa
(que é vogal da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica),
marcou presença.
As primeiras
palavras de Fernando Medina foram de agradecimento e dirigiram-se a
Helena Roseta e a José Sá Fernandes (que “juntaram forças com
António Costa e criaram o PS mais”), a Duarte Cordeiro (presidente
da concelhia de Lisboa do PS), aos vereadores e a José Leitão e Rui
Paulo Figueiredo (respectivamente o actual e o anterior líder da
bancada do PS na Assembleia Municipal de Lisboa). O último
cumprimento foi para os presidentes das juntas de freguesia da
cidade, que o presidente da câmara considerou serem “verdadeiros
heróis”.
Agradecimentos
feitos, Fernando Medina começou por afirmar que “Lisboa está bem,
está forte, com energia, com dinamismo, com vibração”. “É uma
cidade aberta, moderna e cosmopolita”, sustentou, reconhecendo no
entanto que existem “muitos problemas” e que “o desenvolvimento
não chega a todos”.
É por isso,
acrescentou, que “o objectivo central de uma governação
progressista”, que é também “o objectivo desta maioria”, deve
ser “agarrar as oportunidades do presente para construir uma cidade
para todos”.
Para que isso
aconteça, Fernando Medina destacou que há “três coisas
fundamentais” a fazer: “investir no que têm sido os motores do
progresso económico da cidade”, “investir na qualidade de vida e
em devolver a cidade às pessoas” e promover a “inclusão
social”.
A promessa de que a
câmara não irá abdicar da candidatura do centro histórico da
cidade a Património Mundial da UNESCO valeu ao autarca socialista um
longo aplauso. Novas salvas de palmas ouviram-se quando Fernando
Medina louvou a “dinâmica do empreendedorismo” na cidade e disse
que cabia à autarquia apoiar os empreendedores que falhassem,
dando-lhes condições para que voltassem a tentar.
As polémicas obras
na Segunda Circular e no Eixo Central não foram esquecidas pelo
presidente da câmara, que pediu aos seus apoiantes “alguma
tolerância” durante as obras. No seu discurso, o autarca
manifestou-se ainda decidido a dar “uma importância central” à
“pequena manutenção da cidade”, por acreditar que os pequenos
problemas podem na verdade ser “gigantescos” para os munícipes
que deles sofrem.
O Programa Renda
Acessível, que vai ser apresentado esta quarta-feira, foi também
abordado por Fernando Medina, que o vê como mais um contributo “a
acrescentar à panóplia de investimentos” que têm sido feitos
pela autarquia para que “Lisboa consiga recuperar a sua população”.
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