Três
comentários a este artigo no PÚBLICO, na caixa de comentários.
Luis Filipe Rocha
Trigo
Mirandela -
Annapolis, Maryland
26/04/2016 22:21
Eu e outros
estudantes amigos estadudamos em Lodz, Pollonia em 2007 e ja na
altura alguns de nos tiveram problemas com nativos, com amecas
fisicas e verbais. Isto nao e um caso isolado como se diz. Conco com
o Marcos Vilhena existe de facto uma corrente convervadora, xenofoba
e racista
Marcos Vilhena
26/04/2016 21:23
Sou português,
resido na Polónia há dez anos e sou professor do ensino superior.
Rzeszow é uma cidade do interior, numa região relativamente isolada
e com pouca população estudantil. Nem se tratou de um caso isolado,
nem os estudantes foram confundidos com muçulmanos. Há uma parte da
população polaca que é extraordinariamente conservadora, xenófoba
e racista, e que a chegada deste governo ao poder apenas veio
reforçar. Deveria haver preocupação das entidades responsáveis ao
mandar estudantes para algumas cidades deste país, mais ainda se a
embaixadora está tão preocupada com os interesses económicos de
Portugal aqui, que fará tudo para calar o caso.
luisa.amorim2
26/04/2016 23:52
Fico mais uma vez
impressionado pela incompetência de alguém que devia apoiar os
portugueses no estrangeiro. Uma afirmação a dizer que foi um caso
isolado e usando a sua própria incompetência em não conseguir
entrar em contacto com os estudantes como justificativo só serve
para comprovar o quanto anda baralhado sobre as suas próprias
responsabilidades. Infelizmente não é um caso único do secretário
de estado das comunidades portuguesas!
Agressão
a estudante português na Polónia foi "caso isolado"
NATÁLIA FARIA
26/04/2016 - PÚBLICO
Secretaria de Estado
das Comunidades não recebeu qualquer queixa, mas diz-se atenta ao
caso.
A agressão a um
estudante português na Polónia não deve ser vista como um sintoma
do recrudescimento do racismo e da xenofobia naquele país, segundo a
Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Ao gabinete de José
Luís Carneiro não chegou qualquer queixa relativa ao caso e as
tentativas de contactar o estudante têm-se revelado infrutíferas.
“Tudo nos leva a
crer que foi um episódio isolado, que ficou entretanto sanado, e que
o aluno já retomou a vida normal”, adiantou ao PÚBLICO fonte
daquele gabinete.
Dada a ausência de
queixas formais ou de qualquer pedido de retorno a Portugal, aquela
fonte concluiu ter-se tratado de “um episódio único, sem a
gravidade que chegou a temer-se”.
No dia 9 de Abril, o
estudante português (um dos 15 que se encontram na cidade de
Rzeszow, no sudeste da Polónia, a fazer Erasmus+, o novo programa de
mobilidade da União Europeia para as áreas da educação, formação,
juventude e desporto) terá sido alvo de um ataque racista. Durante
uma saída nocturna, um homem, um militar de 38 anos, terá chamado
lixo ao estudante, a quem puxou também pela roupa e pelo cabelo.
O professor
responsável, Stanislaw Augustine, denunciou o caso à polícia. Como
o PÚBLICO noticiou, o suspeito foi entretanto identificado pelas
autoridades como sendo um militar de 38 anos, com 11 anos de
experiência nas forças armadas e uma missão no Afeganistão. O
caso foi remetido para a polícia militar e, segundo o portal de
notícias de Rzeszow, os portugueses, alguns dos quais têm a pele
mais escura, tinham sido confundidos com migrantes muçulmanos.
Stanislaw Augustine
sustentara à imprensa local que não se tratou de um caso isolado.
Alguns dos estudantes portugueses já teriam sido insultados em
inglês e em polaco enquanto passeavam na rua, no que foi entendido
como uma manifestação de aumento do racismo e da xenofobia na
Polónia.
O gabinete do
secretário de Estado das Comunidades, porém, tende a considerar
exageradas tais interpretações. “Não me parece legítimo fazer
essa leitura. Cremos ter-se tratado de um caso isolado e o facto de
os nossos esforços para contactar os estudantes terem resultado
infrutíferos parece-nos revelar isso mesmo”, sustentou a mesma
fonte.
Como medida de
precaução, os estudantes que estavam alojados num hostel foram
entretanto transferidos para uma casa nos arredores da cidade e a
escola de electrotecnia que o grupo frequenta decidiu contratar
segurança para os proteger.
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