Veneza transformou-se no laboratório extremo e
“experimental” dos limites críticos perante os efeitos demolidores para as
cidades, seus moradores e Identidade local do Turismo de Masssas, ligado ao
“low cost flying” e Globalização descontrolada, … Este vai tornar-se num dos
temas mais importantes políticamente para o futuro da Europa. Por enquanto, a
“malaise” interna e os sentimentos de rejeição vão crescendo “internamente e
implicitamente”. Eles irão tornar-se explícitos progressivamente e irão obrigar
a medidas políticas claras e directas por parte das Autarquias. Entretanto,
Portugal ainda dorme e “vegeta” dependente do Turismo, como a Única Indústria
Nacional, situaçào efémera e dependente de tudo e de todos.
OVOODOCORVO
Veneza inaugura catracas para evitar
'invasão' de turistas no feriado
(…) “O prefeito apontou, por outro lado, que para os 54 mil
moradores as catracas nunca serão fechadas, de forma que poderão sempre passar
de um lado para o outro. O objetivo da medida, segundo Brugnaro, é desestimular
os turistas que não ficam hospedados em Veneza e vão à cidade apenas para
passar o dia. Ele salientou que esta é a primeira tentativa, na história de
Veneza, de regular o fluxo de pessoas.”
— É claro que vai ocorrer uma série de erros, temos várias
críticas que serão construtivas se forem adotadas e melhoradas, mas por
enquanto tudo está funcionando — disse à Ansa. — Os venezianos têm direito a
viver em uma cidade habitável. Em muitos anos não se fez nada, só tem falado e
protestado.”
Pelo menos 30 jovens manifestantes removeram uma das
cancelas
POR LA NACIÓN COM ANSA 29/04/2018 12:40 / atualizado
29/04/2018 15:15
https://oglobo.globo.com/…/veneza-inaugura-catracas-para-ev…
Veneza instalou catracas nas extremidades de duas pontes
para recuar turistas se o fluxo de visitantes for alto demais. - Riccardo
Gregolin / ANSA / via AP
ROMA — Uma polêmica medida para conter uma
"invasão" de turistas na cidade italiana de Veneza começou a ser
implementada neste sábado. Foram instaladas catracas em dois pontos importantes
da cidade que costuma receber 30 milhões de pessoas por ano, com o objetivo de
evitar um possível colapso em casos de fluxos excepcionais de visitantes, como
neste feriado prolongado do 1º de maio.
Mas a novidade não foi bem recebida por todos. Pelo menos 30
jovens manifestantes removeram, na manhã deste domingo, uma das cancelas de
metal instaladas pela Prefeitura de Veneza para desviar os turistas em caso de
superlotação. Com o slogan "Veneza não é uma reserva, não estamos em
perigo de extinção", o protesto foi organizado pela juventude de alguns
centros sociais locais, como Morion, Sale Docks e o Rivolta di Mestre.
Controlados por agentes da polícia municipal, os postos de
controle temporários foram colocados ao pé da famosa ponte projetada pelo
arquiteto espanhol Calatrava, chamada Ponte da Constituição, e em outro acesso,
logo após a estação ferroviária de Santa Lucia.
A manifestação aconteceu na ponte, que liga a Piazzale Roma,
única área do centro histórico de Veneza acessível via carro, à estação de
trens Santa Lucia. Repletos de cartazes e entoando gritos de "Veneza não é
uma feira de diversões, não é um parque temático", os jovens desmontaram a
catraca do local.
— Vamos restaurar o portão o mais rápido possível — disse à
agências de notícias Ansa o comandante da polícia municipal, Marco Agostini.
Mesmo não sendo necessário fechar tais pontos turísticos
onde estão os postos de controle, porque o número de pessoas observado estava
em um parâmetro tido como "normal", a novidade surpreendeu os
turistas e abriu espaço para debate e dúvidas.
As catracas foram instaladas na última sexta-feira em
decorrência do feriadão de 1º de maio. A cidade espera receber mais de 200 mil
visitantes. Desde o início da manhã a quantidade de turistas em Veneza tornou-se
enorme e, em poucas horas, todos os estacionamentos da Piazzale Roma ficaram
lotados, fazendo com que os carros fossem desviados para outro.
— Muitos nos perguntaram o que está acontecendo e como eles
podem voltar se estiverem fechados — disse um agente.
— Veneza é uma cidade turística, devemos ser bem-vindos, não
retidos — disse uma senhora que estava passeando em um cruzeiro e foi conhecer
a cidade.
— É uma medida que não funciona — opinou uma moradora.
Ainda que haja opiniões contrárias às catracas, no último
Carnaval a tentativa de um sistema que contaria pessoa por pessoa não
solucionou os problemas. Por isso, esta medida experimental é vista como
necessária por Luigi Brugnaro, prefeito de uma cidade que há anos luta contra a
invasão de turistas.
— Não vejo nada de errado com a instalação de catracas para
controlar o fluxo de turistas nos dias mais críticos — afirmou o prefeito. —
Queremos deixar claro para toda a Itália que as pessoas que escolhem vir para
Veneza são sempre convidados importantes para nós. O que estamos
desaconselhando é chegar em momentos considerados críticos, especialmente para
os que vêm como neste feriadão, para serem melhor recebidos pela cidade.
O prefeito apontou, por outro lado, que para os 54 mil
moradores as catracas nunca serão fechadas, de forma que poderão sempre passar
de um lado para o outro. O objetivo da medida, segundo Brugnaro, é desestimular
os turistas que não ficam hospedados em Veneza e vão à cidade apenas para
passar o dia. Ele salientou que esta é a primeira tentativa, na história de
Veneza, de regular o fluxo de pessoas.
— É claro que vai ocorrer uma série de erros, temos várias
críticas que serão construtivas se forem adotadas e melhoradas, mas por
enquanto tudo está funcionando — disse à Ansa. — Os venezianos têm direito a
viver em uma cidade habitável. Em muitos anos não se fez nada, só tem falado e
protestado. Nós achamos essa ideia assim, do nada, apenas vendo que as catracas
da embarcação dos vaporetti funcionavam.
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