839 anos
A 23 de Maio de 1179, a Igreja Católica reconhece Portugal
como reino independente através da bula "Manifestis Probatum" e
oficializa a sua soberania.
Esta inqualificável e gravíssima “mensagem” de vassalagem e
interferência nos assuntos internos de Espanha (depois do episódio da
assinatura da carta pré-estabelecida por Rajoy ) deve ser para comemorar os 839
anos da Independência e Soberania de Portugal.
OVOODOCORVO
Marcelo saúda Espanha “una e eterna”
em Salamanca, perante o rei
Felipe VI agradeceu tomada de posição do chefe de Estado
português, que intervinha no IV Encontro ?de Reitores Universia. Já em
Portugal, Presidente diz acompanhar "com preocupação tudo o que se
passa" na Venezuela.
CAMILO SOLDADO e LUSA 21 de Maio de 2018, 23:02
https://www.publico.pt/…/marcelo-sauda-espanha-una-e-eterna…
Com o rei de Espanha à sua frente, sentado na primeira fila,
o Presidente da República portuguesa iniciou nesta segunda-feira a intervenção
que levou ao IV Encontro de Reitores Universia, em Salamanca, com uma saudação
cheia de significado político e diplomático, de resto sublinhado com um grande
aplauso pelos presentes.
“Saúdo Espanha, una e eterna, na sua projecção e
reconhecimento”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa, numa tomada de
posição que o monarca espanhol também não deixou de registar. E de agradecer:
“Agradeço de coração pelas suas manifestações tão constantes de afectos a
Espanha”, disse Felipe VI na intervenção que encerrou a sessão inaugural do
encontro de reitores que hoje termina e que reuniu mais de 600 representantes
de universidades e politécnicos, maioritariamente ibero-americanos, na
Universidade de Salamanca, que está a comemorar os seus 800 anos.
A declaração do Presidente português acontece numa altura em
que o presidente do executivo espanhol, Mariano Rajoy, acaba de qualificar como
“provocação” as nomeações feitas pelo novo presidente do governo regional da
Catalunha, Quim Torra. Em causa está a nomeação de quatro conselheiros
independentistas que estão ou detidos ou exilados, levando Rajoy a afirmar que
vai avaliar “a viabilidade” do novo executivo regional e a avisar que a
Catalunha tem que ter um Governo “que cumpra a lei”.
Num auditório repleto de académicos de 26 países, a maioria
dos quais do espaço ibero-americano, o Presidente português fez uma declaração
de interesses: avisou que ia “deixar falar” o “coração de professor”, apesar de
estar a apenas seis meses dos 70 anos e de se jubilar. Ainda assim, sublinhou
que “Presidente é-se por períodos limitados de tempo; professor é-se para toda
a vida”.
No seu discurso, apresentou como exemplos positivos da
realidade portuguesa a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino
Superior, que levou à admissão de personalidades externas nos conselhos gerais
das universidades, e o programa de acolhimento de refugiados sírios nas
instituições de ensino superior, lançado pelo ex-Presidente Jorge Sampaio.
Marcelo deixou Salamanca sem falar aos jornalistas. Já em
Portugal, à tarde, visitou o quartel dos bombeiros de Vila Nova de Tazem,
Gouveia, no distrito da Guarda, aonde se deslocou para se inteirar da situação
no terreno na sequência dos incêndios de 2017. E foi aí que, questionado pelos
jornalistas sobre as eleições presidenciais na Venezuela, disse acompanhar “com
preocupação tudo o que se passa” no país e expressou solidariedade para com os
portugueses que lá residem. Mas escusou-se a comentar directamente as eleições
de domingo, nas quais Nicolás Maduro foi declarado vencedor com quase 70% dos
votos, num sufrágio que o ministro dos Negócios Estrangeiros português já
considerou “lamentável”, com um “elevado número de irregularidades reportadas”.
“Acompanho, naturalmente, com preocupação tudo o que se
passa na Venezuela e, ao mesmo tempo, com solidariedade em relação aos nossos
compatriotas que lá vivem”, afirmou o Presidente da República. “Também acompanhei
o que se passou nestes últimos tempos, mas entendo que é de bom senso não estar
a comentar um acto eleitoral”, acrescentou, referindo que, por princípio, evita
“comentar a situação de outros Estados, qualquer que ela seja”, e considerou
que, no caso da Venezuela, a comunidade portuguesa que lá vive e trabalha é
“uma razão muito forte” para essa sua posição.
Sem comentários:
Enviar um comentário