quinta-feira, 24 de maio de 2018

Marcelo saúda Espanha “una e eterna” em Salamanca, perante o rei



839 anos

A 23 de Maio de 1179, a Igreja Católica reconhece Portugal como reino independente através da bula "Manifestis Probatum" e oficializa a sua soberania.



Esta inqualificável e gravíssima “mensagem” de vassalagem e interferência nos assuntos internos de Espanha (depois do episódio da assinatura da carta pré-estabelecida por Rajoy ) deve ser para comemorar os 839 anos da Independência e Soberania de Portugal.
OVOODOCORVO
Marcelo saúda Espanha “una e eterna” em Salamanca, perante o rei
Felipe VI agradeceu tomada de posição do chefe de Estado português, que intervinha no IV Encontro ?de Reitores Universia. Já em Portugal, Presidente diz acompanhar "com preocupação tudo o que se passa" na Venezuela.

CAMILO SOLDADO e LUSA 21 de Maio de 2018, 23:02
https://www.publico.pt/…/marcelo-sauda-espanha-una-e-eterna…

Com o rei de Espanha à sua frente, sentado na primeira fila, o Presidente da República portuguesa iniciou nesta segunda-feira a intervenção que levou ao IV Encontro de Reitores Universia, em Salamanca, com uma saudação cheia de significado político e diplomático, de resto sublinhado com um grande aplauso pelos presentes.

“Saúdo Espanha, una e eterna, na sua projecção e reconhecimento”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa, numa tomada de posição que o monarca espanhol também não deixou de registar. E de agradecer: “Agradeço de coração pelas suas manifestações tão constantes de afectos a Espanha”, disse Felipe VI na intervenção que encerrou a sessão inaugural do encontro de reitores que hoje termina e que reuniu mais de 600 representantes de universidades e politécnicos, maioritariamente ibero-americanos, na Universidade de Salamanca, que está a comemorar os seus 800 anos.

A declaração do Presidente português acontece numa altura em que o presidente do executivo espanhol, Mariano Rajoy, acaba de qualificar como “provocação” as nomeações feitas pelo novo presidente do governo regional da Catalunha, Quim Torra. Em causa está a nomeação de quatro conselheiros independentistas que estão ou detidos ou exilados, levando Rajoy a afirmar que vai avaliar “a viabilidade” do novo executivo regional e a avisar que a Catalunha tem que ter um Governo “que cumpra a lei”.

Num auditório repleto de académicos de 26 países, a maioria dos quais do espaço ibero-americano, o Presidente português fez uma declaração de interesses: avisou que ia “deixar falar” o “coração de professor”, apesar de estar a apenas seis meses dos 70 anos e de se jubilar. Ainda assim, sublinhou que “Presidente é-se por períodos limitados de tempo; professor é-se para toda a vida”.

No seu discurso, apresentou como exemplos positivos da realidade portuguesa a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, que levou à admissão de personalidades externas nos conselhos gerais das universidades, e o programa de acolhimento de refugiados sírios nas instituições de ensino superior, lançado pelo ex-Presidente Jorge Sampaio.

Marcelo deixou Salamanca sem falar aos jornalistas. Já em Portugal, à tarde, visitou o quartel dos bombeiros de Vila Nova de Tazem, Gouveia, no distrito da Guarda, aonde se deslocou para se inteirar da situação no terreno na sequência dos incêndios de 2017. E foi aí que, questionado pelos jornalistas sobre as eleições presidenciais na Venezuela, disse acompanhar “com preocupação tudo o que se passa” no país e expressou solidariedade para com os portugueses que lá residem. Mas escusou-se a comentar directamente as eleições de domingo, nas quais Nicolás Maduro foi declarado vencedor com quase 70% dos votos, num sufrágio que o ministro dos Negócios Estrangeiros português já considerou “lamentável”, com um “elevado número de irregularidades reportadas”.

“Acompanho, naturalmente, com preocupação tudo o que se passa na Venezuela e, ao mesmo tempo, com solidariedade em relação aos nossos compatriotas que lá vivem”, afirmou o Presidente da República. “Também acompanhei o que se passou nestes últimos tempos, mas entendo que é de bom senso não estar a comentar um acto eleitoral”, acrescentou, referindo que, por princípio, evita “comentar a situação de outros Estados, qualquer que ela seja”, e considerou que, no caso da Venezuela, a comunidade portuguesa que lá vive e trabalha é “uma razão muito forte” para essa sua posição.

Sem comentários: