domingo, 17 de fevereiro de 2013

HAJA Misericórdia !! 14/02/2013


 A importância da "Inocência Natural"  na Arte Guerreira ...  O "Menino Guerreiro" continua a desenvolver as suas imagens/metáforas de mau gosto, num processo associativo onde estão implicados perto de 62 milhões de euros ..


 Quem mandava na CML no tempo de Santana Lopes?
14 Fev 2013 Edição Público LisboaBragaparques Ana Henriques

Juízes interrogaram ex-presidente da câmara sobre o facto de ter permitido hasta pública da Feira Popular. Sem assinar nada
Quem mandava na Câmara de Lisboa no Verão de 2005, quando presidia ao município Pedro Santana Lopes? A pergunta de algibeira esconde a perplexidade com que os juízes encarregados do caso da permuta do Parque Mayer pela Feira Popular ouviram ontem as declarações desta testemunha ao tribunal.
É que apesar de ter voltado, nessa Primavera de 2005, a presidir à Câmara de Lisboa, depois da sua efémera chefia do Governo, Santana Lopes demarcou-se por completo da hasta pública através da qual três meses mais tarde o grupo Bragaparques ficou, por perto de 62 milhões de euros, com metade dos terrenos da Feira Popular que antes pertenciam à autarquia. Ao facto de se ter recusado a assinar a acta da hasta pública promovida pela autarquia — não tendo, contudo, inviabilizado o negócio — junta-se o que diz ser o seu desconhecimento de fases cruciais deste processo.
“Então não assinou a acta mas deixou o outro [o vice-presidente da câmara, Carmona Rodrigues, arguido neste processo] assiná-la?! Quem é que mandava na câmara?”, questionou um dos juízes, Francisco Henriques. “Não quis assiná-la”, confirmou Santana Lopes. Ao que disse, ninguém o informou a tempo do direito de preferência na permuta alegadamente atribuído pela assembleia municipal à Bragaparques. Quando finalmente soube, contou ontem, soltou uma palavra “imprópria”, daquelas que não é de bom tom repetir em tribunal.
O facto de ter estado fora da câmara durante um ano, período em que decorreram as negociações com o grupo privado, foi outra razão invocada pelo actual provedor da Misericórdia de Lisboa para justificar o seu comportamento. Um comportamento que outra juíza do colectivo declarou não compreender — até porque, logo após permitir que a transacção dos terrenos se concretizasse, Santana Lopes enviou o processo da hasta pública dos terrenos de Entrecampos à Procuradoria-Geral da República, entre outras entidades. “O acordo com a Bragaparques era considerado uma proeza por praticamente todas as cores políticas”, justificou-se uma e outra vez. “Era impossível parar o processo.” “Não em termos jurídicos”, recordou-lhe o juiz.
Santana Lopes admitiu que tinha um problema: caído em desgraça depois da passagem por São Bento — na altura comparou o seu Governo a um bebé pontapeado numa incubadora pelos irmãos —, o PSD havia-o preterido a favor de Carmona para candidato às autárquicas, que se aproximavam. “Eu não tinha força no partido”, admitiu Santana.


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