Já há muito
tempo evidente. Urgente regular rigorosamente. Consequências evidentes para o
Mercado da Habitação. Espiral Especulativa imparável.
“O Airbnb
já não é uma comunidade apenas para indivíduos que alugam a sua casa ou
propriedade por conta própria”, disse o CEO do AirDNA, Scott Shatford, à
imprensa britânica.
“Sejam
proprietários, sejam gestores de propriedades, há utilizadores cada vez mais
profissionais da plataforma Airbnb.”
OVOODOCORVO
Plataforma
listou os senhorios mais ocupados do ano passado. Um inglês ficou em primeiro,
mas há um proprietário de Lisboa que faturou 2,9 milhões.
Sejam
proprietários, sejam gestores de propriedades, há utilizadores cada vez mais
profissionais da plataforma Airbnb. Nos últimos 12 meses, um inglês com 881
propriedades em Londres faturou 13,5 milhões de euros. E um português, com 204
unidades em Lisboa, arrecadou 2,9 milhões de euros, segundo o AirDNA, o centro
de análise da plataforma de alugueres turísticos. “O Airbnb já não é uma
comunidade apenas para indivíduos que alugam a sua casa ou propriedade por
conta própria”, disse o CEO do AirDNA, Scott Shatford, à imprensa britânica.
“Estamos a assistir [à utilização por] empresas de gestão de propriedades que
chegam a tratar de mil referências”, acrescentou, explicando por que motivo
estes valores não implicam a criação de multimilionários do ramo, mas antes
“negócios que emergiram nesta nova economia, com centenas de funcionários, que
gerem as casas de férias de outras pessoas”. Só dessa forma se pode perceber a
gestão de 881 propriedades em Londres e de 204 em Lisboa. E o segundo gestor
que mais faturou no último ano é de Bali, na Indonésia, onde 504 propriedades
renderam 13,3 milhões de euros. Nesta localização, a receita média por
utilizador é superior a 35 mil euros por utilizador (senhorio), enquanto a
média chega a pouco mais de 31 mil euros em Tóquio e cerca de 18 mil euros em
Londres. Em Lisboa, a receita média chega quase a 24 mil euros. Segundo a
Airbnb, esta mudança de utilização da plataforma, que pretendia colocar
alojamento particular ao alcance dos viajantes, possibilitando o contacto
próximo com os habitantes do destino, não é uma boa tendência. Os utilizadores
da plataforma “querem conhecer pessoas e está a tornar-se cada vez mais difícil
distinguir onde se trata de um aluguer profissional de hotel e onde pode
esperar que a Maria vá recebê-lo à porta e contar-lhe tudo sobre as coisas boas
que pode fazer na cidade”. O AirDNA indica que 65% dos anfitriões globais ainda
são particulares, enquanto 35% são empresas, no entanto esse valor está a
alterar-se para favorecer estas últimas.
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