Grandes empresários juntam-se para ajudar país a
regressar ao Top 15 europeu
Acaba de ser lançada a Associação Business Roundtable
Portugal, numa iniciativa de 42 líderes das maiores empresas portuguesas. A
ambição é colocar o país numa rota de maior crescimento.
A Associação Business Roundtable Portugal tem como
presidente Vasco de Mello, do grupo José de Mello, e como vice-presidentes
Cláudia Azevedo, do grupo Sonae, e António rios Amorim, da Corticeira Amorim.©
D.R.
Sónia Santos
Pereira
22 Junho 2021 —
16:36
Com o desígnio de
colocar Portugal no Top 15 europeu de riqueza per capita, um grupo de 42
líderes das maiores empresas privadas portuguesas lançou esta terça-feira a
Associação Business Roundtable Portugal
O recém-criado
organismo associativo, que tem como presidente Vasco de Mello, do grupo José de
Mello, e como vice-presidentes Cláudia Azevedo, do grupo Sonae, e António Rios
Amorim, da Corticeira Amorim, afirma-se comprometido em apresentar soluções
para que o país inicie uma rota de maior crescimento.
"Um Portugal
que cresça muito mais, com oportunidades para todos, onde as PME ambicionem ser
grandes e as grandes empresas ser globais" é o objetivo da BRP, anunciou
esta terça-feira Vasco de Mello, na apresentação da nova associação portuguesa.
Para alcançar
esta ambição, a BRP identificou três prioridades de ação: as pessoas
(valorização e qualificação dos portugueses), as empresas (revitalização do tecido
empresarial e desenvolvimento de forma a ganhar escala); e Estado (como
promotor e dinamizador da riqueza, e facilitador da atividade económica).
A associação quer
aproveitar a experiência dos associados para apresentar propostas que ajudem o
Estado a tomar decisões que permitam que o país entre numa trajetória de maior
crescimento a nível europeu e global. Mas também sustentar-se nos trabalhados
académicos já desenvolvidos.
Como frisou Vasco
de Mello, "queremos equilibrar o rigor do trabalho académico com o
pragmatismo do mundo dos negócios" e "desenhar propostas a pensar em
Portugal e não nas empresas dos associados".
Para este grupo
de empresários, o reforço das qualificações dos portugueses e da
competitividade da economia nacional permitirá ao país impulsionar a taxa de
emprego, a produtividade, as oportunidades, os salários, a inovação, a melhoria
da qualidade de vida.
Na apresentação
da BRP, Cláudia Azevedo sublinhou a "urgência de rutura" com o atual
modelo de ensino nas escolas, mas também nos cursos profissionais e técnicos. A
gestora lembrou que Portugal ocupa a última posição na Europa no que respeita ao
número de pessoas com o ensino secundário completo. "Temos de mudar isto e
não é com políticas do passado".
Já António Rios
Amorim frisou que o país "está atrasado" no que toca à dimensão das
empresas, "um dos fatores determinantes para crescer a um ritmo mais acelerado".
Como disse, "em Portugal faltam grandes empresas" e "a questão
da escala é absolutamente central" no trabalho futuro da BRP.
A BRP deverá
apresentar até ao fim do ano as suas primeiras propostas para o desenvolvimento
económico do país.
Sónia Santos
Pereira é jornalista do Dinheiro Vivo
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