quarta-feira, 23 de junho de 2021

Grandes empresários juntam-se para ajudar país a regressar ao Top 15 europeu

 


Grandes empresários juntam-se para ajudar país a regressar ao Top 15 europeu

 

Acaba de ser lançada a Associação Business Roundtable Portugal, numa iniciativa de 42 líderes das maiores empresas portuguesas. A ambição é colocar o país numa rota de maior crescimento.

 

A Associação Business Roundtable Portugal tem como presidente Vasco de Mello, do grupo José de Mello, e como vice-presidentes Cláudia Azevedo, do grupo Sonae, e António rios Amorim, da Corticeira Amorim.© D.R.

 

Sónia Santos Pereira

22 Junho 2021 — 16:36

https://www.dn.pt/dinheiro/grandes-empresarios-juntam-se-para-ajudar-pais-a-regressar-ao-top-15-europeu-13862700.html?fbclid=IwAR2okqEVREefjpRwy2_eljk7yu96MkCEJrp2iv7oD2EYNQzzTUl-yBEJeJM

 

Com o desígnio de colocar Portugal no Top 15 europeu de riqueza per capita, um grupo de 42 líderes das maiores empresas privadas portuguesas lançou esta terça-feira a Associação Business Roundtable Portugal

 

O recém-criado organismo associativo, que tem como presidente Vasco de Mello, do grupo José de Mello, e como vice-presidentes Cláudia Azevedo, do grupo Sonae, e António Rios Amorim, da Corticeira Amorim, afirma-se comprometido em apresentar soluções para que o país inicie uma rota de maior crescimento.

 

"Um Portugal que cresça muito mais, com oportunidades para todos, onde as PME ambicionem ser grandes e as grandes empresas ser globais" é o objetivo da BRP, anunciou esta terça-feira Vasco de Mello, na apresentação da nova associação portuguesa.

 

Para alcançar esta ambição, a BRP identificou três prioridades de ação: as pessoas (valorização e qualificação dos portugueses), as empresas (revitalização do tecido empresarial e desenvolvimento de forma a ganhar escala); e Estado (como promotor e dinamizador da riqueza, e facilitador da atividade económica).

 

A associação quer aproveitar a experiência dos associados para apresentar propostas que ajudem o Estado a tomar decisões que permitam que o país entre numa trajetória de maior crescimento a nível europeu e global. Mas também sustentar-se nos trabalhados académicos já desenvolvidos.

 

Como frisou Vasco de Mello, "queremos equilibrar o rigor do trabalho académico com o pragmatismo do mundo dos negócios" e "desenhar propostas a pensar em Portugal e não nas empresas dos associados".

 

Para este grupo de empresários, o reforço das qualificações dos portugueses e da competitividade da economia nacional permitirá ao país impulsionar a taxa de emprego, a produtividade, as oportunidades, os salários, a inovação, a melhoria da qualidade de vida.

 

Na apresentação da BRP, Cláudia Azevedo sublinhou a "urgência de rutura" com o atual modelo de ensino nas escolas, mas também nos cursos profissionais e técnicos. A gestora lembrou que Portugal ocupa a última posição na Europa no que respeita ao número de pessoas com o ensino secundário completo. "Temos de mudar isto e não é com políticas do passado".

 

Já António Rios Amorim frisou que o país "está atrasado" no que toca à dimensão das empresas, "um dos fatores determinantes para crescer a um ritmo mais acelerado". Como disse, "em Portugal faltam grandes empresas" e "a questão da escala é absolutamente central" no trabalho futuro da BRP.

 

A BRP deverá apresentar até ao fim do ano as suas primeiras propostas para o desenvolvimento económico do país.

 

Sónia Santos Pereira é jornalista do Dinheiro Vivo

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