Merkel vai dar raspanete a Portugal no Conselho Europeu
devido ao aumento de contágios
Na terça-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel,
criticou a falta de regras comuns na União Europeia relativamente às viagens,
dando como exemplo a situação de aumento dos contágios em Portugal, que
"poderia ter sido evitada". A chanceler vai levar esta questão ao
Conselho Europeu desta quinta e sexta-feira.
Omer Messinger /
Lusa
Negócios com Lusa
A chanceler
alemã, Angela Merkel, demonstrou "cauteloso otimismo" perante a
evolução da pandemia na União Europeia e adiantou que vai criticar hoje em
Bruxelas os países que não restringem a chegada de passageiros de zonas de
risco.
Na terça-feira, a
chanceler alemã, Angela Merkel, criticou a falta de regras comuns na União
Europeia relativamente às viagens, dando como exemplo a situação de aumento dos
contágios em Portugal, que "poderia ter sido evitada".
"O que
lamento é que ainda não tenhamos sido capazes de alcançar um comportamento
uniforme entre os Estados-membros em termos de restrições de viagem, isto é um
retrocesso", declarou a responsável, em conferência de imprensa na
terça-feira.
Hoje no
Bundestag, Merkel afirmou que na cimeira europeia que começa à tarde em
Bruxelas vai reiterar as crítica sobre a decisão de alguns parceiros europeus de
não restringirem a entrada de pessoas procedentes de países considerados de
risco devido à propagação de variantes.
Mesmo assim, face
à aparição de novas variantes, especialmente a mutação Delta detetada
inicialmente na Índia, recordou que é o preciso que os países se mantenham
"alerta".
A coordenação na
União Europeia sobre a luta contra a pandemia melhorou desde o princípio do
ano, mais ainda deve reforçar-se segundo a chanceler alemã que adiantou ser
necessário aprender com os acontecimentos para que se possam enfrentar desafios
futuros.
Merkel reiterou
ainda a posição de Berlim contra a suspensão temporal das patentes das vacinas
contra o covid-19.
"Considero
que retirar as patentes é seguir um caminho errado", afirmou.
Por outro lado,
aplaudiu a "resposta extraordinária" da União Europeia perante a
crise económica provocada pela pandemia porque o bloco europeu demonstrou
"solidariedade e capacidade de ação".
Mesmo assim
recordou que os fundos do plano de recuperação "não são apenas para
investimentos" mas também para reformar e apostar na transformação
ecológica e na digitalização, preparando os 27 países para o futuro e para a
competitividade.
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