quinta-feira, 11 de julho de 2013

Um dia não na AR. Assunção Esteves teve um dia infeliz.

Um dia não na AR
Editorial/Público
"Protestos como os de ontem na Assembleia da República estão muito para lá do que é admissível. A democracia sustenta-se em valores, mas também em instituições e qualquer ataque a uns e a outras merecem repúdio da cidadania. Que haja clareza: não se deve aceitar que as liberdades públicas sejam usadas para abandalhar a casa que, por definição, as deve proteger. Ainda assim, convém não passar de um extremo ao outro e deixar pelo meio a tolerância. Se se deve exigir que a polícia expulse da AR quem perturba o seu regimento, não faz sentido impedir o seu livre acesso. Não é com o isolamento da AR que se resolve a ira dos que condenam a classe política pelos seus dramas (ou pelos das organizações que representam). É com pedagogia. E a esse propósito, fosse pela ideia de manter as galerias livres de povo, fosse pela citação de Simone de Beauvoir, Assunção Esteves teve um dia infeliz. Da coragem em enfrentar protestos à desqualificação de quem os profere vai uma distância que a presidente da AR tinha o dever de saber medir".

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