Além da questão do desperdício alimentar, de “higiene’ pública
e de “choque” para os banhistas … põe-se acima de tudo, neste escandaloso
deperdício, a questão ecológica e respectiva ética perante a Natureza, o equlíbrio
das espécies e recursos naturais.
Esta atitude absolutamente desrespeituosa e bárbara por alguém
que se intitula pescador “profissional”, merecia castigo exemplar e mais
fiscalização da Polícia Marítima.
Pescador deixou tonelada de peixes mortos em praia da
Caparica.
Por Marisa Soares
16/07/2013 in Público
Embarcação de arte xávega largou os peixes junto à linha de
água, na segunda-feira. Pescador já foi identificado.
Cerca de uma tonelada de peixes mortos foram abandonados na
segunda-feira ao final da tarde por um pescador de arte xávega no areal da
praia da Riviera, entre a Costa de Caparica e a Fonte da Telha, em Almada.
“Foram abandonados junto à linha de água e são
maioritariamente cavalas. O peixe foi ali colocado ao final do dia e continua
lá”, disse ao PÚBLICO, ao início desta tarde, o comandante Cruz Gomes, adjunto
do capitão do Porto de Lisboa.
O pescador responsável pelo incidente já foi identificado e
a Polícia Marítima elaborou um auto de notícia. Segundo o comandante, trata-se
de um proprietário de uma embarcação de arte xávega.
Este é um tipo de arte de pesca por cerco, na qual uma
extremidade da rede fica em terra, enquanto a parte restante é colocada a bordo
do barco que sai para o mar, libertando a rede. Quando termina a largada, a
rede é puxada para terra com a ajuda de tractores.
Na Costa de Caparica, e durante o período balnear, estas
embarcações apenas podem laborar a partir das 18h30 para não interferirem com
os banhistas. “Os pescadores são depois obrigados a fazer a limpeza, por isso
por norma não costumam acontecer incidentes como este”, afirmou o comandante
Cruz Gomes.
O pescador foi notificado para retirar os peixes
rapidamente, por questões de higiene e saúde pública. “Caso não o faça, temos de
pedir aos serviços de higiene e limpeza da Câmara de Almada para limparem o
areal, imputando depois os custos ao pescador”, explicou a mesma fonte,
sublinhando que este episódio "nada tem a ver" com os casos de
alergias na pele manifestadas por alguns banhistas nas praias daquela zona nos
últimos dias.
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