Preços das casas em Portugal em risco de subirem ainda
mais com falta de casas no mercado
Rodolfo Alexandre
Reis 25 Maio 2022, 15:30
No mês de abril, o número de imóveis para venda era de
135 mil, em comparação com os 150 mil que se registavam no final do ano
passado.
A oferta de casas
para venda registou uma descida de 6% nos primeiros quatro meses do ano, quando
comparado com o final de 2021, de acordo com os dados revelados pela consultora
imobiliária digital Imovendo esta quarta-feira, 25 de maio.
Entre janeiro e
abril, o mercado imobiliário deu “sinais de escassez de imóveis para venda, em
especial nas grandes cidades (…) o que pode provocar uma escalada de preços a
curto prazo, especialmente nas grandes cidades”.
No mês de abril,
o número de imóveis para venda era de 135 mil, em comparação com os 150 mil que
se registavam no final do ano passado. As maiores quebras verificaram-se no
segmento de apartamentos, enquanto a oferta de moradias continuou estável.
No primeiro
quadrimestre de 2022 foram vendidos 38 mil imóveis, sendo que 13 mil dos quais
no mês de abril. Em relação à Imovendo, a consultora transacionou no período em
análise 10 milhões de euros em imóveis usados, o que significou uma subida de
60%, em relação ao ano de 2021.
Analisando já
aquilo que poderá ser o primeiro semestre para a compra e venda de habitação, a
consultora aponta para uma estabilização nas regiões de Lisboa e Porto e espera
alcançar os 50 milhões de euros em transações, duplicando assim o valor
registado no mesmo período do ano anterior.
Nélio Leão, CEO
da Imovendo, explica que “ainda existe muita incerteza quanto a uma subida das taxas
de juro, que a acontecer terá de ser ou em julho e/ou em setembro de 2022 meses
em que a comissão executiva do BCE se reúne com os governadores dos bancos
centrais da zona euro, mas estima-se que esse aumento se possa situar nos 25pb
caso o mesmo ocorra”.
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