"Não tem vergonha de chamar filho da puta a um
polícia?!
ASCENSO SIMÕES
António José
Vilela
08:00
Várias
testemunhas confirmaram ao Ministério Público que Ascenso Simões insultou um
agente da PSP numa briga junto ao parlamento. O deputado do PS diz que foi a
PSP que o tratou mal mas vai ser constituído arguido.
Odeputado
socialista e antigo secretário de Estado da Administração Interna Ascenso
Simões é suspeito dos crimes de resistência e coação e de injúria agravada
sobre funcionário num caso que está a ser investigado pela 13ª Secção do
Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
O processo foi
aberto em setembro de 2020 na sequência de um relatório do agente da Divisão de
Trânsito da PSP da capital Marcos Daniel Morais, que acusou o deputado de o ter
insultado por diversas vezes chegando quase a vias de facto. O Ministério
Público (MP) já decidiu que o deputado do PS deve ser constituído arguido.
Quando foi ouvido
no processo, a 6 de novembro de 2020, o polícia de 32 anos repetiu o que já
havia escrito cerca de dois meses antes num auto interno da PSP: "O
depoente refere que o deputado Ascenso Simões, após sair da viatura,
dirigiu-lhe várias expressões tais como ‘você é mesmo burro’, ‘vá para a puta
que o pariu’, ‘a sua autoridade acaba quando entra a minha como deputado’, ‘têm
de aprender a tratar os deputados’".(…)
SOCIEDADE
1 JULHO 2021
10:21
Expresso
Marcos Borga
Polícia relata
que deputado lhe disse “você é mesmo burro” e “a sua autoridade acaba quando
entra a minha como deputado”
O deputado
socialista e antigo secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso
Simões, é suspeito dos crimes de resistência e coação e injúria agravada sobre
um funcionário da PSP. O caso está a ser investigado pela 13.ª Secção do
Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. Várias testemunhas
relataram, segundo o processo do Ministério Público (MP) a que a revista
“Sábado” teve acesso, que Ascenso Simões insultou o polícia Marcos Daniel
Morais.
Um morador da
zona, Vasco Forra, assistiu, na janela, à altercação entre o agente e o
deputado. O cidadão disse que, na altura, chegou a gritar “Você não tem
vergonha de chamar filho da puta a um polícia?”. Vasco Forra diz que ouviu o
deputado dirigir-se ao agente Morais como “patife”, “salazarista”, “fascista” e
“antiparlamentar”.
No relato feito
pelo próprio polícia, lê-se que o “deputado Ascenso Simões, após sair da
viatura, dirigiu várias expressões tais como ‘você é mesmo burro’, ‘a sua
autoridade acaba quando entra a minha como deputado’, ‘vá para a puta que o
pariu’ e ‘têm de aprender a tratar os deputados’. No processo lê-se que o
antigo governante “cerrou os punhos, projetando-os na direção do depoente
chegando a encostá-los com impacto junto ao peito”.
O antigo
governante terá escrito, quatro dias antes de o polícia testemunhar no MP, à
Procuradora-Geral da República Lucília Gago a sua versão dos factos. Num
documento com quatro páginas, o socialista diz que “os agentes (...) não
cumpriram o seu dever de agente de autoridade, limitando-se a uma atitude de
espectadores”. Ascenso Simões diz que o polícia Morais lhe respondeu “com
maus-tratos” e com um “comportamento não civilizado”.
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