Juiz Carlos Alexandre exige mais bens a Vieira para
cumprir caução de três milhões de euros
© ANTÓNIO
COTRIM/LUSA
DN
28 Julho 2021 —
15:09
O juiz Carlos
Alexandre determinou esta terça-feira que os bens apresentados por Luís Filipe
Vieira são insuficientes para garantir a caução de três milhões de euros
decretada no âmbito da Operação Cartão Vermelho, avança o Público, que cita
fonte do Tribunal Central de Instrução Criminal.
Porém, o JN
indica que o advogado do ex-presidente encarnado ainda não foi notificado da
decisão. "Pelo menos até ao início desta tarde [quarta-feira], nada
recebemos", disse Magalhães e Silva.
A defesa de
Vieira entregou na semana passada um requerimento de prestação da caução de
três milhões de euros, assente em ações da SAD benfiquista e num imóvel
avaliado entre um e 1,2 milhões de euros.
Luís Filipe
Vieira foi um dos quatro detidos numa investigação que envolve negócios e
financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado,
SAD do clube e Novo Banco.
Vieira, que está
em prisão domiciliária até à prestação de uma caução de três milhões de euros,
e proibido de sair do país, está indiciado por abuso de confiança, burla
qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude
fiscal e abuso de informação.
Segundo o
Ministério Público, o empresário provocou prejuízos ao Novo Banco de, pelo
menos, 45,6 milhões de euros, compensados pelo Fundo de Resolução.
No mesmo processo
foram detidos, para primeiro interrogatório judicial, o seu filho Tiago Vieira,
o agente de futebol e advogado Bruno Macedo e o empresário José António dos
Santos, todos indiciados por burla, falsificação de documentos, branqueamento
de capitais e fraude fiscal.
O antigo
futebolista Rui Costa, vice-presidente na direção de Vieira, assumiu a
liderança do clube e da SAD.
Nesta quarta-feira,
mas num outro processo, o juiz Carlos Alexandre aceitou a proposta e a forma de
pagamento da caução de cinco milhões de euros apresentada pelo empresário e
arguido Joe Berardo no processo da Caixa Geral de Depósitos, disse fonte ligada
ao processo.
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