O serviço de
segurança da Assembleia da República levou uma espécie de “puxão de orelhas” do
secretário-geral do Parlamento por ter “extravasado” as suas competências ao
ter “escoltado” a deputada Joacine Katar Moreira pelos corredores quando esta
evitava responder às perguntas de um jornalista. “Ao serviço de segurança
compete garantir a segurança física dos deputados, dos funcionários, dos
membros do Governo que aqui estejam, até dos jornalistas. O que aconteceu não
foi normal porque não estava em causa a segurança física da deputada”, afirmou
ao PÚBLICO o secretário-geral do Parlamento, Albino de Azevedo Soares.
Depois de ver as
imagens de Joacine Katar Moreira a ser escoltada por um elemento da equipa de
segurança do Parlamento (da GNR, mas trajando à civil), Eduardo Ferro Rodrigues
pediu explicações ao secretário-geral do Parlamento. Não é a primeira vez que o
presidente se mostra preocupado com a repercussão que as polémicas do interior
do Parlamento podem ter na imagem que a opinião pública tem da Assembleia da
República – isso aconteceu com a questão da atribuição dos tempos de
intervenção e a das falsas presenças dos deputados.
Vincando que a
situação retratada da deputada ser “escoltada” por um elemento da GNR sem farda
pelos corredores – a força encarregue da segurança nos espaços interiores do
Palácio de S. Bento – “não é habitual”, Albino de Azevedo Soares realça que
também não se recorda de outro caso de algum deputado ter solicitado aos
serviços de segurança este tipo de apoio. O secretário-geral atribui o episódio
ao facto de tanto a deputada como o responsável pelo serviço de segurança serem
novos nos respectivos cargos.
O que acontece
agora? Em princípio nada: ao oficial de segurança foi explicado que “não está
nas suas funções acompanhar deputados, nomeadamente para os eximir de responder
aos jornalistas”.(…)
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