Por Inês Boaventura
06/08/2013 in Público
A Direcção do Património não revela qual será o destino do
relógio depois de concluídas as obras no arco da Rua Augusta
O antigo relógio do arco da Rua Augusta, que data do século
XVIII e que em 1941 foi substituído por outro mecanismo, foi retirado do
interior do monumento e transportado "para depósito temporário no Museu
Nacional de Arte Antiga".
A explicação é da Direcção-Geral do Património Cultural
(DGPC), que, uma semana depois de ter sido questionada pelo PÚBLICO sobre o
paradeiro do relógio, informou que ele tinha sido "provisoriamente
deslocado para a Associação de Turismo de Lisboa" (ATL), que tem a seu
cargo as obras em curso no arco da Rua Augusta, e daí para o museu. "A
intervenção de conservação e restauro desenvolvida foi acompanhada por dois
técnicos da DGPC", sublinha, em respostas escritas, a entidade dirigida
por Isabel Cordeiro, acrescentando que o relógio foi retirado "por razões
de segurança em obra e de conservação". Por responder ficou a pergunta
sobre qual será o destino da peça depois de concluídos os trabalhos.
Já a ATL fez saber que "pediu instruções à DGPC sobre
esta situação e procedeu de acordo com as indicações que lhe foram dadas por
aquela entidade por escrito". "Todas as peças que se encontravam no
local foram recolhidas, devidamente acondicionadas e guardadas em local seguro
na sede da ATL", acrescenta a associação através de uma agência de
comunicação, sem fazer referência a qualquer transporte posterior para o Museu
Nacional de Arte Antiga. Apesar de o PÚBLICO ter solicitado essa informação, a
DGPC não disse quando ocorreu o pedido de instruções mencionado pela ATL, nem
confirmou informações de um especialista da área da relojoaria, segundo o qual
teriam desaparecido peças ao relógio do século XVIII, que era originalmente
proveniente do Convento de Jesus.
Sem comentários:
Enviar um comentário