sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Queen's speech calling for 'common ground' seen as Brexit allusion / Rainha de Inglaterra pede "pontos em comum" e é lido como apelo sobre Brexit



Pela primeira vez a Rainha Isabel exprime implícitamente, mas claramente, a sua preocupação sobre as divisões na sociedade do Reino Unido na questão do Brexit, fazendo apelo a um bom senso comum afim de encontrar um consenso que tenha em conta o “bigger picture”, ou seja, a consciência responsável da enormidade e a importância daquilo que está em jogo … para o futuro do Reino Unido e da Europa.

OVOODOCORVO

Queen's speech calling for 'common ground' seen as Brexit allusion
Monarch urges Britons not to miss bigger picture at event for Women’s Institute centenary

Caroline Davies
Thu 24 Jan 2019 23.50 GMT Last modified on Fri 25 Jan 2019 01.05 GMT

The Queen with Women’s Institute members at West Newton village hall in Norfolk. Photograph: Joe Giddens/PA
The Queen has called for “common ground” and “never losing sight of the bigger picture” in a speech to mark the centenary of the Sandringham Women’s Institute (WI), which is likely to be interpreted as a veiled reference to the toxic debate around Brexit.

She spoke of the virtues of “respecting” the other person’s point of view, as parliament remains deeply divided over the issue of Britain leaving the EU.

The Queen, who as head of state constitutionally remains publicly politically neutral, reflected in her speech on a year of change, during which it was clear the qualities of the WI endure, she said.

She added: “The continued emphasis on patience, friendship, a strong community-focus and considering the needs of others are as important today as they were when the group was founded all those years ago.

“Of course, every generation faces fresh challenges and opportunities. As we look for new answers in the modern age, I for one prefer the tried and tested recipes, like speaking well of each other and respecting different points of view; coming together to seek out the common ground; and never losing sight of the bigger picture. To me, these approaches are timeless, and I commend them to everyone.”

It echoed her Christmas address when she touched on the same theme, telling the nation: “Even with the most deeply held differences, treating the other person with respect and as a fellow human being is always a good first step towards greater understanding.”

The Queen attends a meeting of the her local WI once a year at West Newton village hall as part of her winter stay on her Norfolk estate.

It is not the first time the Queen’s words have been interpreted politically with reference to a referendum. She made a rare intervention on the political stage when she expressed the hope that voters will “think very carefully about the future” before the Scottish independence referendum in 2014 while meeting a member of the public outside Crathie church near Balmoral.

She was also dragged into the EU referendum campaign in 2016 when the Sun reported she told former deputy prime minister Nick Clegg she believed the EU was heading in the wrong direction.

Her speech on Thursday was made as she joined members of her local WI in a live game of Pointless, hosted by Alexander Armstrong, and was on the winning team.

Armstrong, host of the BBC games show, who was this year’s guest speaker, described her as “our most distinguished viewer”.

The Queen’s team was victorious in a best-of-five match which finished three-one, he said, during which the Queen gave some answers herself and had “some deft, silky Pointless skills”.

The Queen joined the Sandringham branch of the WI in 1943 when she was aged 17 and still Princess Elizabeth.





Rainha de Inglaterra pede "pontos em comum" e é lido como apelo sobre Brexit
Isabel II pediu aos britânicos "pontos em comum" e que "respeitem pontos de vista diferentes", o que foi lido como um apelo indireto para que se entendam sobre o Brexit.
DN
25 Janeiro 2019 — 08:46

Num discurso sobre os 100 anos Sandringham Women's Institute em Norfolk, a rainha de Inglaterra fez um apelo aos britânicos para que se entendam. Os analistas imediatamente associaram as suas palavras à crise do Brexit e à nova discussão que vai decorrer na próxima semana no parlamento britânico sobre o acordo de saída da Grã-Bretanha da União Europeia.

Os deputados rejeitaram o acordo proposto pela primeira-ministra Theresa May na semana passada e se não se entenderem a Grã-Bretanha sairá da UE dia 29 de março sem acordo. É nesse sentido, que o correspondente da BBC, Nicholas Witchel considerou que há poucas dúvidas sobre as palavras da rainha. "É impossível imaginar que o chefe do Estado usasse uma construção de palavras como esta sem que elas fossem vistas como uma referência ao atual debate político", disse o jornalista.

A rainha, como chefe de Estado, deve permanecer neutra em questões políticas e geralmente não expressa os seus pontos de vista sobre questões controversas. Isabel II não fez nenhuma referência explicita ao Brexit, mas afirmou: "À medida que procuramos novas respostas na era moderna, eu, pelo menos, prefiro as receitas experimentadas e testadas, como falar bem um com o outro e respeitar pontos de vista diferentes; unir para procurar o terreno comum".

As declarações da rainha acontecem quando Theresa May deve voltar à Câmara dos Comuns, a 29 de janeiro, com uma espécie de plano B para o Brexit, depois de o inicial ter sido rejeitado pelos deputados numa derrota histórica a 15 de janeiro. Os deputados propuseram um conjunto de alterações, entre as quais o adiamento da saída a 29 de março. Isto porque há o temor que sem um acordo a Grã-Bretanha saia de forma desordenada, causando problemas graves nos portos e nas empresas.

A fronteira da Irlanda continua a ser um problema central nas discussões do Brexit, com uma solução que seja aceitável quer para britânicos e europeus, quer para os unionistas e republicanos na Irlanda do Norte. Todos defendem uma solução em que não exista uma fronteira física entre as duas partes Theresa May tem repetido a ideia de uma fronteira é "inconcebível". Ora os deputados pediram também uma alteração no sentido de conquistar os que são pró-Brexit com prazo para o backstop, uma espécie de "apólice de seguro" no acordo de retirada destinado a assegurar que não haverá uma fronteira visível entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda.

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