Gilets jaunes : les images chocs de l’intrusion au ministère
de Benjamin Griveaux
>Faits divers|Victor Fortunato (@vfortunato1)| 06 janvier
2019, 9h23 |2
Paris, samedi 5 janvier 2019. Benjamin Griveaux a été évacué
de son ministère après une intrusion violente. AFP/Bertrand Guay
Des individus, dont certains porteurs de gilet jaune, ont «
défoncé la porte » samedi du ministère du porte-parole du gouvernement avec un
engin de chantier.
Les images et vidéos sont édifiantes et illustrent la
violence de la scène. Samedi soir, lors de l’acte 8 des Gilets jaunes à Paris,
plusieurs individus, dont certains porteurs de gilet jaune, se sont violemment
introduits dans le ministère du porte-parole du gouvernement Benjamin Griveaux.
Sur les images inédites de vidéosurveillance diffusées ce
dimanche par BFMTV, on découvre l’attaque du ministère situé rue de Grenelle,
dans le VIIe arrondissement de Paris.
On voit, dans un premier temps, plusieurs Gilets jaunes
ainsi que des personnes habillées de noir marcher devant le ministère. Quelques
instants plus tard, deux autres personnes à bord d’un chariot élévateur
viennent défoncer la porte.
Sur une autre vidéo, diffusée sur les réseaux sociaux par
Pure Télé, on découvre l’attaque du ministère avec un angle plus large. Avec «
un engin de chantier qui était dans la rue », selon les propos mêmes de
Benjamin Griveaux, on voit la porte du ministère qui cède sous la charge du
chariot élévateur. Sur l’engin de chantier, un individu lève alors les bras en
signe de victoire, accompagné par d’autres qui se trouvent dans la rue.
Le ministre des Relations avec le Parlement Marc Fesneau,
qui travaille dans ce ministère, a également publié sur Twitter des photos de
l’intérieur du bâtiment. On y découvre la porte du ministère complètement
saccagée et une voiture très endommagée. Marc Fresneau indique dans son tweet :
« Voilà sans doute la manière dont M. Drouet et ses indéfectibles soutiens
comptaient entrer à l’Elysée. Voilà le résultat des dérives verbales et des
appels à l’insurrection. Honte aux pyromanes de la république. »
Marc Fesneau
✔
@MFesneau
Ce soir dans le
bâtiment que nous partageons avec @BGriveaux.
Voilà sans doute la manière dont M. Drouet et ses
indéfectibles soutiens comptaient « entrer à l’Elysée ».
Voilà le résultat des dérives verbales et des appels à
l’insurrection. Honte aux pyromanes de la république.
Entrés dans la cour, les individus ont effectivement « cassé
deux véhicules, quelques vitres, et puis ils sont repartis ». Les personnels
présents avaient été « mis en sécurité » et évacués.
Une autre image de l’intérieur du ministère a été partagée
sur Twitter par le ministre de la Transition écologique François de Rugy.
François de Rugy
✔
@FdeRugy
S’attaquer aux
bâtiments de la République, c’est s’attaquer aux institutions de la République,
c’est s’attaquer à la démocratie. Après des appels récurrents, certains passent
à l’acte. Au-delà des poursuites pénales, la condamnation politique des
violences doit être unanime.
628
21:21 - 5 janv. 2019
Le président Emmanuel Macron, sans faire référence à cet
incident en particulier, a dénoncé une « extrême violence » venue « attaquer la
République - ses gardiens, ses représentants, ses symboles », lors de l’« acte
VIII » des Gilets jaunes, qui a rassemblé 50 000 personnes en France, selon le
gouvernement, et a été émaillé de heurts dans plusieurs villes.
Une telle intrusion dans un ministère est très rare. La
dernière en date remonte à 1999 avec le saccage par des agriculteurs du bureau
de Dominique Voynet au ministère de l’Aménagement du territoire et de
l’Environnement.
Benjamin Griveaux évacué : « Nous ne céderons rien à la
violence »
« Ce n’est pas moi qui ai été attaqué, c’est la République »
et « la maison de France », avait réagi Benjamin Griveaux. « C’est inacceptable
et j’espère que les vidéos permettront d’identifier et de poursuivre les
auteurs, et qu’ils seront très très durement condamnés », avait-il ajouté, accusant
les auteurs d’être les « ennemis de la démocratie ».
Manifestação dos "coletes amarelos" faz regressar
violência às ruas de Paris
Os manifestantes atearam chamas, incendiaram automóveis,
atacaram polícias e derrubaram o portão do ministério do porta-voz do Governo.
PÚBLICO e LUSA 5 de Janeiro de 2019, 14:59 actualizado a 5
de Janeiro de 2019, 22:01
A manifestação dos "coletes amarelos" em Paris
começou este sábado de forma pacífica, mas acabou por dar origem durante a
tarde a situações de violência e confrontos com as autoridades.
Charles e Elin bordam as ruas da Europa
Os manifestantes atearam chamas, incendiaram automóveis, e
lançaram garrafas, pedras e outros objectos contra polícias, que responderam
com granadas de gás lacrimogéneo. As autoridades tinham mobilizado um
dispositivo policial menor do que em protestos anteriores, mas a força de
intervenção acabou por ser chamada a actuar, descreveram a imprensa francesa e
as agências internacionais.
Os "coletes amarelos" – cujos protestos são
motivados pelo aumento do custo de vida e que contestam as políticas do Presidente
Emmanuel Macron – chegaram este sábado às ruas com o objectivo de relançar o
movimento, que tem estado a perder força,
Neste chamado “acto VIII”, (por ser o oitavo fim de semana
de protestos), os protestos reuniram cerca de 50 mil manifestantes nas ruas em
todo o país, de acordo com declarações do ministro do Interior, Christophe
Castaner, à AFP. É um valor que fica muito longe dos 282 mil que se
manifestaram a 17 de Novembro, o primeiro dia de protestos. Rouen, Bordéus,
Beuavais, Saint-Malo, Marselha e Avignon foram algumas das cidades em que os
manifestantes saíram às ruas.
Em Paris, de acordo com a estação televisiva BFM TV, um
grupo usou um veículo de construção civil que estava na rua para derrubar o
portão do ministério do porta-voz do Governo francês, o ministro Benjamin
Griveaux. Na sequência da invasão, Griveaux e funcionários do ministério
tiveram de ser retirados do local.
Ao final da tarde, Macron recorreu ao Twitter para condenar
as manifestações. "Os que cometem estes actos esquecem-se do cerne do
nosso pacto cívico. Justiça será feita. Todos devem juntar-se para trazer o
debate e o diálogo", escreveu o Presidente francês.
"Todos os sábados"
Na Avenida dos Campos Elísios, cerca de um milhar de
“coletes amarelos” esteve reunido numa espécie de assembleia-geral, junto ao
Arco do Triunfo. “Vamos manifestar-nos aqui todos os sábados, durante todo o
ano de 2019”, prometia Sophie, de megafone em punho. “Vamos fazer com que os
cidadãos possam conquistar o poder.”
Os manifestantes gritavam insultos contra o Governo, os
políticos e também contra os principais meios de comunicação social franceses.
“Sejam mais espertos do que eles, afastem-se da polícia", gritava esta
manhã Élisabeth, vinda de La Somme, no Norte de França. Tal como outros,
tentava organizar uma das manifestações autorizadas em Paris do movimento dos
“coletes amarelos” em Paris, que partiu dos Campos Elísios rumo à Bolsa.
Do lado da polícia, as medidas de segurança tinham sido
suavizadas, por comparação com os dias de maior tensão. As lojas e restaurantes
estavam abertos e os parisienses faziam a sua vida normal entre os protestos
que, entretanto, já se tornaram habituais.
"Paris e os seus arredores não compreendem as nossas
dificuldades. Sempre que venho aqui para me manifestar tento dizer às pessoas
que estamos na rua por todas as classes sociais", explicou Élisabeth.
Durante a manhã não tinha havido incidentes de maior. A
manifestação dos Campos Elísios chegou à Bolsa de Paris, mas ao contrário do
que seria de esperar, o maior alvo de vaias não foi a alta finança francesa,
mas sim a sede da agência noticiosa AFP, que se encontra também na praça. Aqui,
os manifestantes gritaram insultos e pediram aos jornalistas que descessem.
Na semana passada, vários “coletes amarelos” manifestaram-se
em frente às sedes da BFM TV e da France Televisions, a televisão pública
francesa.
"Eu quero que os jornalistas desçam para mostrar a sua
coragem. Queremos que eles digam a verdade sobre o que se passa. A Agence
France Presse não diz a verdade, é a favor do Governo e trafica
informações", disse à agência Lusa Arnaud, colete amarelo vindo de
Fontainebleu.
Arnaud, tal como outros coletes amarelos, afirma que as
notícias veiculadas pelos meios de comunicação em França são "filtradas
pelo Governo" e que o movimento dos “coletes amarelos” é mostrado como
"um bando de anti-semitas e de extremistas de esquerda e de direita".
"O Governo faz tudo para nos descredibilizar face aos
franceses e no estrangeiro. Se os meios de comunicação fizessem o seu trabalho,
estavam aqui na rua connosco, mas temos jornalistas que são abertamente a favor
do Governo", disse ainda Arnaud.
Esta é uma jornada de teste para o movimento dos coletes
amarelos que tem vindo a perder fôlego nas últimas semanas e também
popularidade, devido à violência demonstrada nas manifestações de Novembro e
Dezembro, não só em Paris, mas um pouco por toda a França.
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