Reparem que o discurso de Rui Moreira constitui um
gravíssimo paradoxo e incompreensível absurdo com a destruição total posterior,
que agora tomou lugar.
Depois de um investimento de meio milhão de euros o Museu
reabriu completamente melhorado e confirmando o projecto pedagógico/
museológico, reafirmando a intenção de ilustrar o período Romântico através da
reconstituição coerente e harmoniosa de um
interior da época
António Sérgio Rosa de Carvalho / OVOODOCORVO
Museu Romântico
reabre após investimento superior a meio milhão de euros em obras de
requalificação
16 de fevereiro
de 2018
A Câmara do Porto
abriu ao público o Museu Romântico. Rui Moreira inaugurou a nova exposição
permanente e deu assim por terminado quase um ano de intervenção profunda neste
equipamento municipal. Mas aproveitou para anunciar mais novidades neste
domínio para os próximos tempos.
Esta reabertura
assinalou, ontem à noite, "o fim da mais significativa componente de
obra" que a autarquia está a desenvolver no âmbito da candidatura ao
Programa Operacional Regional do Norte 2014-2020 (NORTE 2020), para requalificação
dos museus municipais com objetivos de conservação, proteção, promoção e
desenvolvimento do património cultural, apontou o presidente da Câmara do
Porto.
O projeto
configura uma ideia de Museu de Cidade constituído por múltiplos polos, cada um
deles renovado e em permanente convite a novas descobertas, a novos públicos. A
sua concretização permitiu já "melhorar de forma expressiva três espaços
municipais integrados na Rede Portuguesa de Museus: a Casa-Museu Guerra
Junqueiro [reaberta em março do ano passado], a Casa-Museu Marta Ortigão
Sampaio [reaberta em julho] e o Museu Romântico", como lembrou Rui
Moreira.
Neste âmbito,
melhoraram-se as acessibilidades externas e internas, tornando os equipamentos
culturais mais amigáveis e "mais próximos da ideia de um museu para
todos", explicou o autarca, destacando a presença na equipa do arquiteto
Camilo Rebelo, do cenógrafo Tito Celestino da Costa e da dr.ª Paula Costa. Sob
a sua orientação, restauraram-se peças, melhoraram-se as apresentações das coleções,
a imagem, as áreas dedicadas aos serviços educativos, indo ao encontro da
crescente procura por parte do público nacional e estrangeiro.
Concluída a
etapa, fica agora disponível a nova exposição permanente do Museu Romântico
instalado na Quinta da Macieirinha, onde se recria o ambiente de uma casa de
campo no Porto de meados do século XIX. Rui Moreira sublinhou mesmo que o
edifício, que foi residência do rei Carlos Alberto de Sabóia exilado no Porto,
era já antes desta requalificação "o mais visitado dos nossos espaços
museológicos". Talvez porque - admitiu - "o ambiente de época, o
nome, os jardins abertos ao público do Palácio de Cristal e da Casa Tait que o
envolvem compõem um discreto charme que convida a entrar".
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