Frota envelhecida obriga a mais
tempo de imobilização para manutenção
15 jan 2015Edição
Público Lisboa
A partir do
próximo domingo, a CP vai reduzir a sua oferta na Linha de Cascais, eliminando
grande parte dos rápidos e dos “curtos” (que só fazem Cais do Sodré-Oeiras),
implementando um horário em que predominam os comboios com paragem em todas as
estações e apeadeiros.
Deste modo, a
empresa reduz em 51 o número de comboios diários que circulam na Linha de
Cascais, passando dos actuais 251 para 200.
As principais
alterações incidem sobre o período fora das horas de ponta (das 10h às 17h e
após as 20h), com a supressão das circulações que começavam e terminavam em
Oeiras. Durante esse período, todos os comboios passam a fazer o percurso total
da linha com paragem em todas as estações.
No período das
horas de ponta, a oferta mantém-se praticamente inalterável, embora com ajustes
nos horários. Durante os feriados e fins-de-semana também não há alterações,
mantendo-se os 52 comboios por dia em cada sentido com paragem em todas as
estações.
Esta redução da
oferta em 20% justifica-se pela situação dramática em que se encontra a
envelhecida frota da CP na Linha de Cascais, que exige cada vez mais tempo de
imobilização dos comboios nas oficinas para proceder a uma manutenção cada vez
mais difícil e mais cara.
A CP não pode
reforçar a sua frota neste eixo devido à especificidade da sua alimentação
eléctrica, que é de 1500 volts em corrente contínua, enquanto que no resto da
rede ferroviária electrificada é de 25.000 volts em corrente alterna.
A empresa
ponderou até reduzir a velocidade dos comboios para poupar os seus motores, mas
esta medida não foi, para já, implementada.
Os problemas com
a manutenção são assumidos pela CP, que prefere ter menos comboios a circular a
horas do que uma oferta maior, mas sujeita a constantes atrasos e supressões,
como tem vindo a acontecer frequentemente.
Fonte oficial da
empresa disse ao PÚBLICO que a taxa de ocupação dos comboios, fora das horas de
ponta, na Linha de Cascais é de 22%, sendo de 11% nos comboios “curtos” entre
Oeiras e Cais do Sodré que agora serão eliminados. Carlos
Cipriano
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