terça-feira, 28 de setembro de 2021

Artificial Intelligence may “turn against us”, warns Vestager / A Inteligência Artificial pode “virar-se contra nós”, diz comissária europeia

 


Artificial Intelligence may “turn against us”, warns Vestager

September 29, 2021 by Susan Hally

https://movs.world/artificial-intelligence-may-turn-against-us-warns-vestager/

 

“PFor the enormous potential of AI to be unleashed, we have to be able to trust it,” said Vestager, speaking at a panel at the Code technology conference in Los Angeles.

 

The European commissioner is in the United States for the first bilateral talks between the European Union and the US at the Council on Trade and Technology (TTI), which will take place on Wednesday, September 29, in Pittsburgh.

 

“The idea is to have a high-level forum where we can discuss things related to commerce and technology and possibly find an alignment,” he described.

 

“One of the things I want is for us to find an alignment regarding Artificial Intelligence,” said Margrethe Vestager.

 

The commissioner said there have been “too many cases” of biases that bias AI algorithms and use cases in which there is discrimination against women and people belonging to minorities.

 

“I think we have to move forward in democracies to change that, because if not, Artificial Intelligence will turn against us,” warned Vestager.

 

While considering that it is not too late to take action, the commissioner noted that time is running out, mainly because AI now has a wide variety of applications that impact people’s lives.

 

“We see different uses of Artificial Intelligence, uses that we would think go against the foundations of democracy — where the starting point is the integrity and dignity of the individual,” said Vestager.

 

The commissioner also spoke of the results of the General Data Protection Regulation (RGPD), which has been in force in the EU since 2018.

 

“The great success of the RGPD is that privacy is now a trend,” said Vestager, noting that “we would still be in the dark about the digital rights of citizens” if the regulation had not been implemented.

 

Still, she said there is work to be done to make it easier for small businesses to apply and make privacy the norm for large companies, giving consumers digital assistance so they don’t have to keep answering questions or choosing boxes in websites.

 

“We need privacy legislation,” said Vestager, at a time when there has been a shift in the United States and there is now room to pass proposals to that effect.

 

The commissioner also said that it is “a given” that regulators have to take control measures over the big companies in the technology industry, making the rules clearer and fairer.

 

“There has been an effective change in public opinion”, considered Vestager, noting that the conditionings of the covid-19 pandemic led people to realize that, in order to work and give their children access to online classes, they have to put themselves in the hands of big companies .

 

“Democracy is so fragile,” he said. “My fear is that citizens feel alienated, out of control and not knowing how to gain it,” he added.

 

For Margrethe Vestager, the empowerment of citizens “is the essence of a society that works well”.

 

The commissioner said she doesn’t use Google or Amazon and that there are other interesting companies available. “Convenience kills curiosity,” he said, despite acknowledging the benefits that come with big companies.

 

TECNOLOGIA

A Inteligência Artificial pode “virar-se contra nós”, diz comissária europeia

 

A comissária Margrethe Vestager disse que tem havido “demasiados casos” de preconceitos que enviesam os algoritmos de IA e casos de utilização nos quais há discriminação contra mulheres e pessoas pertencentes a minorias.

 

Lusa

29 de Setembro de 2021, 1:05

https://www.publico.pt/2021/09/29/tecnologia/noticia/inteligencia-artificial-virarse-comissaria-europeia-1979188

 

A comissária europeia da concorrência, Margrethe Vestager, avisou que, se nada for feito, as tecnologias de Inteligência Artificial (IA) vão “virar-se contra nós” e o prazo está a esgotar-se para tomar medidas. “Para que o enorme potencial da IA seja libertado, temos de poder confiar nela”, afirmou Vestager, durante um painel da conferência de tecnologia Code, que decorre em Los Angeles.

 

A comissária europeia está nos Estados Unidos para as primeiras conversações bilaterais entre a União Europeia e os EUA no Conselho de Comércio e Tecnologia (TTI, na sigla inglesa), que vão acontecer na quarta-feira, 29 de Setembro, em Pittsburgh. 

 

“A ideia é ter um fórum de alto nível onde podemos discutir coisas relacionadas com comércio e tecnologia e possivelmente encontrarmos um alinhamento”, descreveu. “Uma das coisas que quero é que encontremos um alinhamento relativo à Inteligência Artificial”, indicou Margrethe Vestager. 

 

A comissária disse que tem havido “demasiados casos” de preconceitos que enviesam os algoritmos de IA e casos de utilização nos quais há discriminação contra mulheres e pessoas pertencentes a minorias. “Penso que temos de avançar nas democracias para mudar isso, porque senão, a Inteligência Artificial vai virar-se contra nós”, avisou Vestager. 

 

Embora considerando que ainda não é tarde demais para tomar medidas, a comissária salientou que o tempo está a esgotar-se, principalmente porque a IA tem agora uma grande variedade de aplicações com impacto na vida das pessoas. “Vemos diferentes usos de Inteligência Artificial, usos que pensaríamos que vão contra os fundamentos da democracia – em que o ponto de partida é a integridade e a dignidade do indivíduo”, salientou Vestager. 

 

A comissária falou também dos resultados do Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados (RGPD), que está em vigor na UE desde 2018. “O grande sucesso do RGPD é que agora a privacidade é uma tendência”, disse Vestager, sublinhando que “ainda estaríamos no escuro em relação aos direitos digitais dos cidadãos” se o regulamento não tivesse sido implementado. 

 

Ainda assim, a responsável afirmou que há trabalho a fazer para facilitar a sua aplicação por pequenas empresas e tornar a privacidade a norma junto das grandes, dando assistência digital aos consumidores para que não tenham de estar sempre a responder a perguntas ou a escolher caixas em sites. “Precisamos de legislação sobre a privacidade”, declarou Vestager, numa altura em que houve uma mudança nos Estados Unidos e há agora abertura para aprovar propostas nesse sentido. 

 

A comissária disse também que é “um dado adquirido” que os reguladores têm de tomar medidas de controlo sobre as grandes empresas da indústria tecnológica, tornando as regras mais claras e justas. “Houve uma mudança efectiva da opinião pública”, considerou Vestager, referindo que os condicionamentos da pandemia de covid-19 levaram as pessoas a perceberem que, para trabalharem e darem acesso a aulas online aos filhos, têm de se pôr nas mãos das grandes empresas.

 

“A democracia é tão frágil”, afirmou. “O meu receio é que os cidadãos se sintam alienados, sem controlo e sem saberem como o ganhar”, acrescentou. Para Margrethe Vestager, o empoderamento dos cidadãos “é a essência de uma sociedade que funciona bem”.

 

A comissária disse que não usa Google ou Amazon e que há outras empresas interessantes disponíveis. “A conveniência mata a curiosidade”, afirmou, apesar de reconhecer os benefícios que vêm com grandes empresas.

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