Artificial Intelligence may “turn against us”,
warns Vestager
September
29, 2021 by Susan Hally
https://movs.world/artificial-intelligence-may-turn-against-us-warns-vestager/
“PFor the enormous potential of AI to be unleashed, we
have to be able to trust it,” said Vestager, speaking at a panel at the Code
technology conference in Los Angeles.
The
European commissioner is in the United States for the first bilateral talks
between the European Union and the US at the Council on Trade and Technology
(TTI), which will take place on Wednesday, September 29, in Pittsburgh.
“The idea
is to have a high-level forum where we can discuss things related to commerce
and technology and possibly find an alignment,” he described.
“One of the
things I want is for us to find an alignment regarding Artificial
Intelligence,” said Margrethe Vestager.
The
commissioner said there have been “too many cases” of biases that bias AI
algorithms and use cases in which there is discrimination against women and
people belonging to minorities.
“I think we
have to move forward in democracies to change that, because if not, Artificial
Intelligence will turn against us,” warned Vestager.
While
considering that it is not too late to take action, the commissioner noted that
time is running out, mainly because AI now has a wide variety of applications
that impact people’s lives.
“We see
different uses of Artificial Intelligence, uses that we would think go against
the foundations of democracy — where the starting point is the integrity and
dignity of the individual,” said Vestager.
The
commissioner also spoke of the results of the General Data Protection
Regulation (RGPD), which has been in force in the EU since 2018.
“The great
success of the RGPD is that privacy is now a trend,” said Vestager, noting that
“we would still be in the dark about the digital rights of citizens” if the
regulation had not been implemented.
Still, she
said there is work to be done to make it easier for small businesses to apply
and make privacy the norm for large companies, giving consumers digital
assistance so they don’t have to keep answering questions or choosing boxes in
websites.
“We need
privacy legislation,” said Vestager, at a time when there has been a shift in
the United States and there is now room to pass proposals to that effect.
The
commissioner also said that it is “a given” that regulators have to take
control measures over the big companies in the technology industry, making the
rules clearer and fairer.
“There has
been an effective change in public opinion”, considered Vestager, noting that
the conditionings of the covid-19 pandemic led people to realize that, in order
to work and give their children access to online classes, they have to put
themselves in the hands of big companies .
“Democracy
is so fragile,” he said. “My fear is that citizens feel alienated, out of
control and not knowing how to gain it,” he added.
For
Margrethe Vestager, the empowerment of citizens “is the essence of a society
that works well”.
The
commissioner said she doesn’t use Google or Amazon and that there are other
interesting companies available. “Convenience kills curiosity,” he said,
despite acknowledging the benefits that come with big companies.
TECNOLOGIA
A Inteligência Artificial pode “virar-se contra nós”, diz
comissária europeia
A comissária Margrethe Vestager disse que tem havido
“demasiados casos” de preconceitos que enviesam os algoritmos de IA e casos de
utilização nos quais há discriminação contra mulheres e pessoas pertencentes a
minorias.
Lusa
29 de Setembro de
2021, 1:05
A comissária
europeia da concorrência, Margrethe Vestager, avisou que, se nada for feito, as
tecnologias de Inteligência Artificial (IA) vão “virar-se contra nós” e o prazo
está a esgotar-se para tomar medidas. “Para que o enorme potencial da IA
seja libertado, temos de poder confiar nela”, afirmou Vestager, durante um
painel da conferência de tecnologia Code, que decorre em Los Angeles.
A comissária
europeia está nos Estados Unidos para as primeiras conversações bilaterais
entre a União Europeia e os EUA no Conselho de Comércio e Tecnologia (TTI, na
sigla inglesa), que vão acontecer na quarta-feira, 29 de Setembro, em
Pittsburgh.
“A ideia é ter um
fórum de alto nível onde podemos discutir coisas relacionadas com comércio e
tecnologia e possivelmente encontrarmos um alinhamento”, descreveu. “Uma
das coisas que quero é que encontremos um alinhamento relativo à Inteligência
Artificial”, indicou Margrethe Vestager.
A comissária
disse que tem havido “demasiados casos” de preconceitos que enviesam os
algoritmos de IA e casos de utilização nos quais há discriminação contra
mulheres e pessoas pertencentes a minorias. “Penso que temos de avançar
nas democracias para mudar isso, porque senão, a Inteligência Artificial vai
virar-se contra nós”, avisou Vestager.
Embora
considerando que ainda não é tarde demais para tomar medidas, a comissária
salientou que o tempo está a esgotar-se, principalmente porque a IA tem agora
uma grande variedade de aplicações com impacto na vida das pessoas. “Vemos
diferentes usos de Inteligência Artificial, usos que pensaríamos que vão contra
os fundamentos da democracia – em que o ponto de partida é a integridade e a
dignidade do indivíduo”, salientou Vestager.
A comissária
falou também dos resultados do Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados
(RGPD), que está em vigor na UE desde 2018. “O grande sucesso do RGPD é
que agora a privacidade é uma tendência”, disse Vestager, sublinhando que
“ainda estaríamos no escuro em relação aos direitos digitais dos cidadãos” se o
regulamento não tivesse sido implementado.
Ainda assim, a
responsável afirmou que há trabalho a fazer para facilitar a sua aplicação por
pequenas empresas e tornar a privacidade a norma junto das grandes, dando
assistência digital aos consumidores para que não tenham de estar sempre a
responder a perguntas ou a escolher caixas em sites. “Precisamos de legislação
sobre a privacidade”, declarou Vestager, numa altura em que houve uma mudança
nos Estados Unidos e há agora abertura para aprovar propostas nesse
sentido.
A comissária
disse também que é “um dado adquirido” que os reguladores têm de tomar medidas
de controlo sobre as grandes empresas da indústria tecnológica, tornando as
regras mais claras e justas. “Houve uma mudança efectiva da opinião pública”,
considerou Vestager, referindo que os condicionamentos da pandemia de covid-19
levaram as pessoas a perceberem que, para trabalharem e darem acesso a aulas
online aos filhos, têm de se pôr nas mãos das grandes empresas.
“A democracia é
tão frágil”, afirmou. “O meu receio é que os cidadãos se sintam alienados, sem
controlo e sem saberem como o ganhar”, acrescentou. Para Margrethe Vestager, o
empoderamento dos cidadãos “é a essência de uma sociedade que funciona bem”.
A comissária
disse que não usa Google ou Amazon e que há outras empresas interessantes
disponíveis. “A conveniência mata a curiosidade”, afirmou, apesar de reconhecer
os benefícios que vêm com grandes empresas.
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