Mais médicos e enfermeiros Portugueses para “emigrar”. É a
sangria permanente “naquilo” que antigamente era um País, agora transformado
numa plataforma “Europeia e Cosmopolita” de idas e vindas, onde tudo está à
venda, começando pelos seus habitantes …
OVOODOCORVO
The Department of Health said that in a "worst case
scenario" if EU migrants are barred from coming to the UK there will be a
shortfall of 6,000 doctors, 12,000 nurses and 28,000 care staff within five
years.
Em oito anos, saíram 17 mil médicos e enfermeiros do país
ECO
28 Maio 2018
Em oito anos, saíram de Portugal mais de 17 mil médicos e
enfermeiros à procura de salários superiores e melhores condições de trabalho.
França e Inglaterra foram os destinos de eleição.
Nos últimos oito anos, mais de 17 mil enfermeiros e médicos
saíram de Portugal. De acordo com a empresa de recrutamento Vitae Professionals
citada pelo Correio da Manhã (acesso pago), Reino Unido e França são os
destinos de eleição destes emigrantes, já que oferecem melhores condições
salariais e de progressão de carreira.
Oportunidades não faltam, garante a recrutadora. Na página
da Ordem dos Médicos, por exemplo, há uma bolsa de emprego: França está a pedir
obstetras e pediatras, Macau cardiologistas, ortopedistas, oftalmologistas e
anestesistas e Reino Unido médicos de Medicina Geral e Familiar. A Vitae
Professionals explica que esse último vai apostar no atendimentos nos centros
de saúde de modo a aliviar os hospitais, daí estar à procura de dois mil
profissionais deste tipo.
“O médico receberá um salário inicial de aproximadamente 77
mil a 81 600 euros anuais. Caso seja colocado na área de Londres receberá um
acréscimo”, sublinha a empresa.
De acordo com as ordens profissionais em causa, são os
enfermeiros que lideram os números desta fuga para o estrangeiro. A bastonária
da Ordem dos Enfermeiros alerta, por isso, para a falta de 30 mil profissionais
de enfermagem no Serviço Nacional de Saúde, salientando que o “problema não é
de formação”, mas de retenção nacional de talento. “Os enfermeiros emigraram
pelas condições de trabalho e de trato. São muito mais bem tratados e
respeitados no estrangeiro”, reforça Ana Rita Cavaco.
O bastonário da Ordem dos Médicos deixa um aviso semelhante:
“Ainda nem chegámos ao final do primeiro semestre de 2018 e parece já existir
uma tendência para a emigração aumentar”. Miguel Guimarães defende que com ao
não trabalhar no sentido de evitar esta saída o Executivo está a “lesar não só
a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos, mas também a
economia”.
As últimas semanas têm ficado marcadas pelas diversas
paralisações de médicos e enfermeiros. Os primeiros querem uma redução do
trabalho suplementar de 200 para 150 horas anuais, uma diminuição progressiva
até 12 horas semanais de trabalho em urgência e uma diminuição gradual das
listas de utentes dos médicos de família até 1.500 utentes. Já os segundos
lutam pela contratação de mais profissionais.
Sem comentários:
Enviar um comentário