terça-feira, 24 de março de 2015

Município de Lisboa estuda novo modelo para revestimento dos passeios da cidade

( ...) “No caso dos passeios já existentes, “o modelo preconiza a protecção da calçada artística de forma a manter as suas qualidades para a circulação pedonal, evitando o arranque e mantendo a qualidade do piso e dos seus desenhos quando é feita uma reconstrução”, garantiu o município na mesma resposta.
Questionado se a Câmara tenciona substituir alguns destes passeios, o vereador João Afonso disse apenas que “quando houver oportunidade de fazer bem, é para fazer bem”.

Município de Lisboa estuda novo modelo para revestimento dos passeios da cidade
Entre as características deste novo modelo de passeios está a largura mínima de 1,5 metros e o pavimento com “uma boa aderência, seguro e contínuo

Por jornal i com agência lusa
publicado em 23 Mar 2015

A Câmara de Lisboa está a estudar um novo modelo de revestimento para os passeios da cidade, que visa “garantir a máxima segurança e funcionalidade para todos os peões”, segundo a informação divulgada hoje pelo município.

Entre as características deste novo modelo de passeios está a largura mínima de 1,5 metros e o pavimento com “uma boa aderência, seguro e contínuo [sem ser interrompido por acessos a garagens]”, afirmou à agência Lusa o vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa, João Afonso.

“É um modelo para todos poderem aplicar quando tiverem que resolver situações, sejam elas intervenções [pequenas] ou reparações de fundo”, salientou o autarca.

De acordo com o modelo, “o percurso pedonal deverá ser contínuo, apenas com as interrupções devidas ao atravessamento da faixa de rodagem” e “assegurar as ligações de forma segura a passagens de peões, paragens de autocarros, lugares de estacionamento reservados para pessoas com deficiência, entradas pedonais de equipamentos colectivos e lotes construídos”, explicou a Câmara de Lisboa, através de uma informação escrita enviada hoje à Lusa.

No caso dos passeios já existentes, “o modelo preconiza a protecção da calçada artística de forma a manter as suas qualidades para a circulação pedonal, evitando o arranque e mantendo a qualidade do piso e dos seus desenhos quando é feita uma reconstrução”, garantiu o município na mesma resposta.

Questionado se a Câmara tenciona substituir alguns destes passeios, o vereador João Afonso disse apenas que “quando houver oportunidade de fazer bem, é para fazer bem”.

Este modelo insere-se no Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, que define a estratégia da Câmara para promover a acessibilidade na cidade até ao final de 2017, numa tentativa de cumprir as obrigações legais nas questões de inclusão de pessoas com deficiência.

O modelo está actualmente a ser apreciado por serviços municipais, Juntas de Freguesia, entidades ligadas ao sector, associações de cidadãos portadores de deficiência e especialistas, para recolha de contributos.

Outra das recomendações incluídas no modelo é que o percurso pedonal não esteja demasiado próximo da faixa de rodagem nem dos imóveis (tendo, neste último caso, uma distância de meio metro). São ainda apontados, como forma de delimitação dos passeios, muros ou muretes, lancis, fiadas de blocos ou elementos metálicos.

No final de Janeiro, a Câmara de Lisboa apresentou um modelo de paragem de autocarro do futuro, também inserido no Plano de Acessibilidade Pedonal, que poderá ser aplicado às mais de 2.000 paragens existentes na cidade.


Entre as características apontadas na altura pelo vereador João Afonso estão, por exemplo, “sinalizações no pavimento em direcção ao ponto de encontro do autocarro, sítios de permanência e apoio adaptados e elementos de leitura para quem é invisual saber quais os autocarros que passam naquela paragem”

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