Um
mau ano: PSI-20 caiu 12% em 2016
Foi
o oitavo índice do mundo com pior desempenho neste ano.
LUSA 31 de Dezembro
de 2016, 10:32
O principal índice
da bolsa portuguesa (PSI-20) fechou o ano com perdas de 11,9%, com 11
das 18 cotadas a desvalorizarem e sete a subirem, o que o torna o
oitavo índice do mundo com pior desempenho em 2016.
Na última sessão
do ano passado, o PSI-20 encerrou nos 5.313,17 pontos e, desde então,
nunca mais alcançou esse valor, tendo fechado na sexta-feira nos
4.679,20 pontos, num ano marcado por altos e baixos.
A 27 de Junho, o
PSI20 fechou o dia nos 4.260,13 pontos, o mínimo do ano, que
correspondia na altura a uma queda próxima dos 20%, pelo que
conseguiu recuperar no segundo semestre quase 10%.
Ao nível das
cotadas, em termos acumulados, a Caixa Económica Montepio Geral
registou a maior queda (-35,73%), seguida pelos CTT (-27,21%), pela
Pharol (-23,62%), pela Nos (-22,19%), pela Altri (-18,99%), pela EDP
Renováveis (-16,74%), pela Sonae (-16,60%) e pela Mota-Engil
(-16,36%).
A EDP, um dos
títulos com maior ponderação sobre o PSI-20 (a par da Galp Energia
e da Jerónimo Martins), recuou 12,86%, seguida pela Navigator
(-9,20%) e pela REN (-3,02%).
Do lado dos ganhos,
o BCP é um caso à parte, devido ao reagrupamento de acções feito
no final de Outubro, que levou a uma subida artificial superior a
2000%.
Depois, a Sonae
Capital somou 46,67%, a Corticeira Amorim ganhou 42,91%, a Galp
Energia avançou 32,37% e a Jerónimo Martins valorizou 22,88%, com
as duas últimas a darem um contributo importante para conter as
perdas anuais do PSI-20.
A Semapa cresceu
5,55% e o Banco BPI progrediu 3,67%, encerrando o lote das subidas.
A nível mundial, o
Brasil (76,16%), o Perú (68,59%) e o Cazaquistão (66,27%) foram os
países onde as bolsas mais valorizaram em 2016.
Nota ainda para as
fortes subidas das praças da Rússia (57,47%), do Paquistão
(50,81%), da Namíbia (43,43%), da Venezuela (41,65%), da Hungria
(35,49%), de Marrocos (31,82%) e da Colômbia (29,06%).
Já do lado das
perdas, a Nigéria liderou (-38,61%), seguida pelo Gana (-22,16%),
pelo Egipto (-21,10%), pela Mongólia (-19,01%) e pela Zâmbia
(-16,66%).
Seguiram-se-lhes a
China (Xangai perdeu 15,93%), a Dinamarca (-12,53%), Portugal
(-11,9%), o Sri Lanka (-10,38%) e a Itália (-10,20%).
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