Maioria
dos empresários do alojamento local arrenda no máximo duas casas
ANA RUTE SILVA
05/06/2016 – PÚBLICO
Associação do
Alojamento Local em Portugal diz que a maioria aproveita imóveis que
já tinha
Até Março, os
dados oficiais indicavam que o Turismo de Portugal tinha já 24.940
casas registadas, o valor mais alto de sempre. Em Dezembro de 2014,
altura em que entrou em vigor o novo regime jurídico desta
actividade, havia 2579 casas. O aumento de registos está relacionado
com a nova lei, criada com a intenção de reduzir o arrendamento não
declarado. Nos primeiros seis meses da sua entrada em vigor era no
Algarve que se concentrava 55% da oferta de casas para turistas.
De acordo com a
Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), 82% dos
proprietários têm, no máximo, duas casas registadas como
alojamento local. Eduardo Miranda refere que “em geral aproveitaram
imóveis que já tinham” e exercem a “actividade de receber os
turistas”. Não estão na corrida por mais casas, garante. “Só
querem e só têm capacidade para retirar algum rendimento extra de
imóvel que, em geral, já compraram há algum tempo”.
Nas duas freguesias
de Lisboa onde a ALEP diz estar mais concentrada a oferta, o peso de
AL no total das habitações é de 12 a 15% (na freguesia de Santa
Maria Maior) e 9 a 12% na Misericórdia. “Em 2011 em Santa Maria
Maior 32,4% dos imóveis estavam vagos e 50,3% a precisar de obras de
remodelação. Havia um enorme potencial por aproveitar sem afectar a
habitação. E estes são os preferidos, em especial dos franceses”,
diz Eduardo Miranda.
Sem comentários:
Enviar um comentário