Paulo
Macedo é o nome de Costa e tem apoios à esquerda e direita
O
ex-ministro da Saúde resistiu, mas cedeu à pressão do Governo e
está a tentar formar equipa para a CGD. José João Guilherme, que
já esteve com Macedo no BCP, é um dos sondados.
DAVID DINIS e
CRISTINA FERREIRA 1 de Dezembro de 2016, 20:07
Paulo Macedo é
mesmo o nome que António Costa prefere para a CGD. E nem a
resistência do ex-ministro da Saúde, Paulo Macedo terá aceite
voltar atrás e considerar o lugar de presidente da Caixa Geral de
Depósitos. A notícia, avançada inicialmente pelo "Jornal de
Negócios", foi já confirmada ao PÚBLICO. Uma fonte do Governo
confirmou também que Macedo é "o nome que está a ser
considerado".
Entre os contactos
informais com Frankfurt para garantir que o nome será validado, e as
sucessivas tentativas de convencer o ex-ministro da Saúde, Macedo
está também a fazer contactos para perceber que equipa consegue
formar no banco público. Um desses nomes é José João Guilherme,
que Macedo conhece bem e fez parte da equipa de Eduardo Stock da
Cunha no Novo Banco. Antes disso tinha sido administrador de empresas
não financeiras e administrador do BCP, na mesma equipa onde Paulo
Macedo também foi administrador sob a liderança de Carlos Santos
Ferreira.
Também Rui Vilar
tem mantido contactos com o Governo e com Macedo. O actual
administrador não executivo está a ser apontado para o lugar de
Chairman - que voltará assim com a nova equipa, depois de ter ficado
vago com António Domingues.
Contactos começaram
há 2 semanas
Segundo uma fonte
política, ouvida pelo PÚBLICO, há pelo menos duas semanas que
António Costa começou a sondar Paulo Macedo, tentando preparar uma
alternativa para o caso de António Domingues sair. Nos dias
anteriores à demissão, Domingues tinha prometido a Costa que
apresentaria a sua delcração de património no TC, levando o
primeiro-ministro a acreditar que a polémica seria encerrada. Mas o
atraso foi tão significativo que Costa chegou a dizer à Visão,
numa segunda-feira, que tudo estaria sanado três dias depois - e
ficou pendurado sem que Domingues tivesse feito o prometido. Dois
dias depois, a carta de demissão estava em São Bento.
Mais difícil seria
convencer Macedo. Porque o actual administrador da Ocidental Vida
estava "prometido" para vice-governador do Banco de
Portugal e esse era o lugar que preferia. Acabou por reavaliar a sua
posição, sobretudo depois de ter recebido muitos contactos,
incentivando-o a aceitar.
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