“A aposta no
alojamento local (AL), que está a reduzir drasticamente o número de
imóveis disponíveis para arrendamento a famílias e a fazer
disparar o valor das rendas, com reflexos ainda ao nível dos preços
de venda das casas, reflecte, na opinião de Menezes Leitão, “as
sucessivas alterações à lei das rendas”.
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Os efeitos
deliciosos da Globalização, Turistificação e Gentrificação …
As consequências nefastas destas cegas políticas Neo-Liberais, a
neutralização da regulação Estatal e a lei crescente e
progressiva de apenas “Mais e Mais Mercado”, já são nítidamente
visíveis para os Lisboetas e irào progressivamente agravar-se. Em
Barcelona as populações Locais revoltaram-se directamente.
Até quando Lisboa ?
OVOODOCORVO
Proprietários
lançam serviço de colocação de imóveis no alojamento local
ROSA SOARES
11/06/2016 - 10:35
Criação
de equipa especializada pretende dar resposta às novas oportunidades
no mercado do arrendamento para turistas.
A Associação
Lisbonense de Proprietários (ALP) vai passar a prestar serviços na
colocação de imóveis para arrendamento local, destinado a
turistas. Uma área de negócio que está a registar uma crescente
aposta em Lisboa, em detrimento do tradicional arrendamento
habitacional.
O novo serviço
pretende responder “às solicitações dos seus associados e ao
potencial que este fenómeno representa para os proprietários “,
disse ao PÚBLICO o presidente da ALP, Menezes Leitão.
O líder
associativo, que espera “ter o gabinete integralmente operacional
em muito curto prazo”, esclarece que a equipa “estará habilitada
para efectuar toda a tramitação legal, de reconversão do imóvel,
bem como de gestão das plataformas de alojamento de curta duração,
preparação do imóvel e recepção dos hóspedes”. O custo deste
serviço não foi revelando, dependendo, como outros que a associação
presta, das necessidades dos associados ou do número de imóveis
envolvidos.
A aposta no
alojamento local (AL), que está a reduzir drasticamente o número de
imóveis disponíveis para arrendamento a famílias e a fazer
disparar o valor das rendas, com reflexos ainda ao nível dos preços
de venda das casas, reflecte, na opinião de Menezes Leitão, “as
sucessivas alterações à lei das rendas”.
“A anunciada
alteração à lei das rendas por parte do PS tem desmotivado imenso
alguns dos nossos associados, que vêem frustrados os investimentos
que realizaram e que, por isso, preferem apostar num outro modelo de
negócio, que tem pelo menos a garantia de que não haverá
prorrogações forçadas do arrendamento ou o regresso ao
congelamento de rendas”, assegura.
O líder associativo
destaca que a associação já tinha criado um gabinete especializado
em reabilitação urbana, para apoiar o processo de reabilitação de
um imóvel em todas as suas vertentes, porque ”a reforma do
arrendamento [de 2012] tinha criado uma tendência de reabilitação
sem precedentes”.
A reabilitação e o
arrendamento de imóveis estão agora reorientados para o AL, razão
pela qual o presidente da ALP considera a criação da equipa de
gestores dedicados a este segmento “um passo natural”. Refere
ainda que “o AL assegura efectivamente um maior rendimento ao
imóvel, enquanto esta procura turística existir”, mas também
implica grandes investimentos para os proprietários, não apenas
para o colocar em condições, mas também devido aos enormes custos
administrativos de estar a assegurar uma constante rotação dos
ocupantes, limpezas, fornecimento de alimentação, entrega e recolha
de chaves, entre outros.
“Se o rendimento é
mais elevado, é também muito maior o trabalho que se exige nesta
actividade em comparação com o arrendamento tradicional”, conclui
Menezes Leitão, considerando por isso que o serviço terá forte
adesão.
Até Março, os
dados oficiais no arrendamento local indicavam a existência 24.940
casas registadas, o número mais elevado de sempre. A oferta de AL
está a ocorrer com maior incidência nos centros históricos de
Lisboa e Porto e no Algarve, verificando-se, ainda que em menor
escala, junto a zonas de praia. De acordo com um inquérito da
Associação do Alojamento Local em Portugal, a maioria dos
investidores têm entre uma e três unidades.
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