quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O grau Civilizacional de uma Cidade mede-se pela sua relação com o Verde ... por António Sérgio Rosa de Carvalho 13/07/2011


Numa cidade como Lisboa, onde a tendência para a betonização de Logradouros e respectiva impermeabilização dos solos tem sido imparável, sempre em nome da primazia obsessiva da “vaca sagrada” em que se tornou o automóvel ... tendência que impera não só nas híbridas periferias, mas também nos bairros residenciais do Centro ... torna-se imperativo planear o Futuro e uma mudança de retorno a algumas tradições desaparecidas, sobretudo nos Bairros Históricos.
Quando visitamos uma Vila, como por exemplo, Óbidos transformada em imagem de um Portugal Arquétipo, “utópico” e “impossivel” de aplicar numa grande Cidade ... esquecemo-nos de que os Bairros Históricos já tiveram uma tradição mais enraizada e forte de Culto do Verde.
Entretanto, toda uma geração de pseudo-citadinos-cosmopolitas, precisamente e meramente prisioneira de um espírito suburbano alienado ... de envergonhados, num primeiro ciclo afirmativo de mobilidade social, através de alienantes padrões de consumo ... das suas louváveis origens rurais ... determinou e dominou o espaço público e alienou os seus valores ...
No entanto ... não se trata aqui de uma fatalidade irreversível ...
Vejamos estes exemplos de Amsterdam.
Nesta cidade, a Autarquia e as Juntas de Freguesia estimulam e apoiam de facto, em tudo quanto é rua desta cidade verdadeiramente cosmopolita, ao longo das fachadas e dos passeios, a abertura de canteiros.
Os cidadãos podem solicitar a abertura desses mesmos canteiros às Juntas ... esses mesmos pedidos são apreciados, e caso aprovados num curto espaço de tempo ... são instalados ... cabe depois aos cidadãos, a plantação e a jardinagem-manutenção destes micro-jardins ...
Apreciem os resultados nas imagens ... e sobretudo o exemplo, nas últimas três imagens de um logradouro ... dá para pensar como os Logradouros de Alvalade foram planeados e concebidos ... e como se transformaram ...
António Sérgio Rosa de Carvalho.











Sem comentários: