quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Chega estreia-se no Parlamento Europeu com quatro eurodeputados, diz estudo

 


Chega estreia-se no Parlamento Europeu com quatro eurodeputados, diz estudo

 

PCP corre o risco de não eleger qualquer eurodeputado.

 


Rita Siza

24 de Janeiro de 2024, 0:02

https://www.publico.pt/2024/01/24/mundo/noticia/chega-estreiase-parlamento-europeu-quatro-eurodeputados-estudo-2077861

 

Partido de André Ventura pode conseguir primeiros eurodeputados no Parlamento Europeu

Crescimento das forças populistas e eurocépticas põe fim à “grande coligação” que domina o Parlamento Europeu

 

Na sua estreia em eleições europeias, o Chega vai conseguir eleger quatro eurodeputados, diz a projecção da distribuição dos 21 lugares destinados a Portugal no próximo Parlamento Europeu que foi feita pelo European Centre on Foreign Relations e publicada esta quarta-feira.

 

O partido de André Ventura, que não concorreu em 2019, vai “roubar” alguns votos à direita, mas sobretudo à esquerda: segundo as contas deste think tank europeu, quem mais perde com a entrada do Chega na corrida é o PCP, que não elege nenhum eurodeputado.

 

Na actual legislatura, os comunistas têm dois representantes no grupo d’A Esquerda, tal como o Bloco de Esquerda, que segundo os números do ECFR conseguirá eleger um único eurodeputado.

 

Os outros lugares do Chega são conquistados ao Partido Popular Europeu (PSD e CDS, que concorrem juntos na coligação Aliança Democrática), que vai perder um dos seus sete membros actuais, e ao Partido Socialista — que na projecção é o vencedor das europeias, mas só elege oito eurodeputados.

 

A igualmente estreante Iniciativa Liberal consegue eleger João Cotrim de Figueiredo, que vai juntar-se ao grupo Renovar a Europa. E a bancada dos Verdes continuará a ter um representante português eleito pelo PAN, que recupera assim o lugar que perdeu no Parlamento Europeu, quando o eurodeputado Francisco Guerreiro se desfiliou do partido um ano depois de ser eleito.

 

As contas do ECFR assentam num modelo estatístico que pondera as indicações das sondagens sobre as intenções de voto nas eleições europeias nos 27 Estados-membros da UE e o desempenho dos partidos nacionais nas votações anteriores de 2009, 2014 e 2019 para o Parlamento Europeu. Nesta altura, os partidos que os autores classificam como de “direita populista antieuropeia” lideram as intenções de voto em nove países (Áustria, Bélgica, República Checa, Eslováquia, França, Hungria, Itália, Países Baixos e Polónia), e estão em segundo ou terceiro lugar noutros nove: é o caso em Portugal, e ainda na Bulgária, Espanha, Estónia, Finlândia, Alemanha, Letónia, Roménia e Suécia.

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