UE não pode "desviar o olhar"
O presidente regional apelou a Bruxelas para que se envolva
diretamente no conflito que opõe o estado espanhol e a Catalunha e considera
que a UE "não pode continuar a desviar o olhar" depois destes
resultados.
"Somos cidadãos europeus e hoje sofremos a
vulnerabilização dos nossos direitos e liberdades", referiu Carles
Puigdemont, exigindo uma "ação imediata" por parte da União Europeia.
Segundo o responsável catalão, a situação que se gerou na
Catalunha "pela intransigência e repressão, pela negação absoluta do
reconhecimento da realidade, pela hostilidade face às exigências democráticas
dos cidadãos do nosso país, já não é um assunto interno, mas um assunto de
interesse europeu", considerou.
Horas antes da declaração de Puidgemont, o presidente do
Governo espanhol tinha acusado os separatistas de "chantagear toda a
nação". Apesar da posição de confronto perante o referendo, Mariano Rajoy
apelou ao diálogo e reflexão conjunta entre "todos os partidos com
representação parlamentar".
Antes do referendo, o líder da Catalunha tinha prometido que
a vitória do "Sim" levaria a uma declaração da independência 48 horas
depois do voto. Perante a confusão, a violência vivida ao longo do dia e as várias
assembleias de voto que ficaram por abrir, Rajoy não esperava que o governo
regional pretendesse ler neste referendo um resultado conclusivo.
Rajoy disse mesmo esperar um regresso à "normalidade
constitucional" e que os líderes catalães "não repetissem os erros
que têm cometido".
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