sexta-feira, 20 de maio de 2016

Maioria são reabilitações profundas no centro da cidade, como é o caso da Avenida da Liberdade e Chiado. Preços chegam aos 9 mil euros/m2.


Maioria são reabilitações profundas no centro da cidade, como é o caso da Avenida da Liberdade e Chiado. Preços chegam aos 9 mil euros/m2.

A maioria das casas novas que foram e estão a ser construídas em Lisboa são de luxo, custam entre três e nove mil euros por metro quadrado e quem as compra tem como objetivo colocá-las no mercado de arrendamento de curta duração para estrangeiros, ou seja, para turistas ou estrangeiros expatriados e com elevado nível de vida.

Ana Baptista 17.05.2016 / 14:30 / Dinheiro Vivo


A conclusão é do estudo “Mercado Residencial – Dinâmica Inigualável” que a consultora imobiliária JLL apresentou esta terça-feira de manhã e que analisa 11 zonas da cidade de Lisboa e ainda a zona do Estoril, que também tem registado muita procura. De acordo com o documento, destas 11 zonas em análise, as da Avenida da Liberdade (incluindo artérias como as ruas Rosa Araújo, Rodrigo da Fonseca ou Duque de Loulé), do Chiado, Baixa e zona histórica (Alfama e Castelo) e ainda o Príncipe Real são as que se destacam a todos os níveis. São as apresentam uma maior procura por parte de investidores, na sua maioria estrangeiros, que compram as casas e depois as colocam no mercado de arrendamento de curta duração. Isto porque, “a reconversão em apartamentos turísticos permite, muitas vezes, rentabilidades mais elevadas do que o uso meramente residencial”, pode ler-se no estudo. São ainda as que registam os preços mais elevados, mais precisamente entre quatro e nove mil euros. Preços que apesar de mais altos do que há dois ou três anos ainda estão longe dos 15 a 16 mil euros praticados, por exemplo, em Madrid. Aliás, segundo o mesmo estudo, Lisboa é ainda uma das cidades mais baratas da Europa para comprar casa. De acordo com os mesmos dados, um milhão de euros dá para comprar até 420 metros quadrados na capital portuguesa, mas em Madrid já só dá para 242 m2, ou seja, quase metade. E há diferenças maiores. Em relação a Berlim esse mesmo valor só compra 203 m2, em Roma só dá para comprar 140 m2, em Geneva dá para apenas 83 m2, em Paris dá para uns escassos 61 m2 e em Londres – onde os preços são dos mais caros na Europa – um milhão de euros não compra mais do que 19 m2. Não é pois de admirar que Portugal esteja agora no topo da procura por parte dos investidores estrangeiros que encontram aqui boas propriedades a preços muito mais baixos que noutras capitais europeias. Destas quatro zonas, a mais cara é mesmo a Avenida da Liberdade onde os preços oscilam entre seis e nove mil euros por metro quadrado e onde, por isso mesmo, a procura é quase exclusivamente da parte de investidores estrangeiros que, como referido em cima, não ficam a morar na cidade, mas colocam os apartamentos para arrendar a preços também eles mais elevados do que os normais do mercado. Esta zona – que inclui as tais artérias à volta da Avenida da Liberdade, como as ruas Rosa Araújo, Rodrigo da Fonseca ou Duque de Loulé – é também a que tem o maior número de novos projetos ou já concluídos ou em construção. No total, repara uma das responsáveis da área de habitação da JLL, Patrícia Barão, “nos próximos seis meses a um ano deverão ser colocados à venda nesta área cerca de 300 novas casas”, todas elas com preços para o segmento médio/alto e alto. A estes juntam-se os 250 apartamentos ou casas que já foram colocados no mercado nos últimos dois anos e meio, principalmente no ano passado, revela o estudo. Destes 250, apenas 20% estava disponível para venda no início deste ano, dado que “a esmagadora maioria foi vendida em planta, situação que tinha deixado de se verificar durante o tempo de crise”. Aliás, diz o mesmo documento que, segundo dados do Sistema de Informação Residencial (SIR) desenvolvido pelo Confidencial Imobiliário (CI), o tempo médio de venda de uma casa nestas zonas passou de 14,1 meses há dois anos para 9,7 meses agora. Contudo, segundo Patrícia Barão, destas 300 casas que vão agora para o mercado, serão na mesma os empreendimentos mais pequenos, ou seja, prédios com menos andares ou menos apartamentos, a serem vendidos primeiro. O que aliás se verificou até agora. - Veja mais em: https://www.dinheirovivo.pt/…/casas-novas-em-lisboa-sao-d…/…

Sem comentários: