13/10/2009
S.O.S. Sé de Lisboa vítima de vandalismo de Estado
Exmo. Senhor Ministro da Cultura
Dr. José Pinto Ribeiro
C.c Director-Regional de LVT
C.c. Presidente do IGESPAR
C.c. Presidente da CML
C.c. Presidente da AML
C.c. Presidente da Junta de Freguesia da Sé
Vimos por este meio apresentar a V.Exa. o nosso protesto veemente por uma situação que consideramos grave e escandalosa, seriamente lesiva de um Monumento Nacional, e que pré-figura mais uma acção de vandalismo de Estado, uma vez que, ao que apurámos, é da exclusiva e inteira responsabilidade da Direcção-Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo e, portanto, desse Ministério.
Trata-se de uma intervenção de "restauro" que está a ser feita na pedra antiga junto ao portão Norte da Sé de Lisboa, sendo que anexamos fotos e breve descritivo em
http://cidadanialx.blogspot.com/2009/10/obras-de-restauro-na-se-de-lisboa.html#comments .
Antes deste protesto, consultámos o IGESPAR que nos garantiu desconhecer a situação, e a própria DRC-LVT que nos pediu que denunciássemos o caso para o seu próprio endereço de email, o que já fizemos, naturalmente.
A menos que se trate de uma intervenção justificável e reversível a breve trecho, consideramos que este episódio é sintomático sobre o estado de coisas relativamente ao património arquitectónico do país, e do entendimento que dele fazem os poderes públicos.
Já não bastava o efeito da poluição e o vandalismo anónimo que continuamente atentam contra o nosso património, para que sejam agora os próprios responsáveis pela conservação dos Monumentos Nacionais a adulterá-los.
Finalmente, e em jeito de rodapé, não podemos deixar de dar conta da nossa preocupação em relação a um projecto de intervenção profunda na mesma Sé, projecto esse a ser elaborado neste momento pelos serviços da mesma DRC-LVT, o qual, à semelhança do Terreiro do Paço, se prepara para ser anunciado à população como um facto consumado. É preciso que este projecto seja divulgado quanto antes!
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, Nuno Caiado, António Branco Almeida, Pedro Gomes, António Sérgio Rosa de Carvalho, Jorge Santos Silva, Miguel Atanásio Carvalho, Artur Lourenço, Luís Serpa, André Santos e José Morais Arnaud
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