sábado, 31 de dezembro de 2011

UM CASO A DESTACAR - Moma .20/06/2010

Não ... não estamos em Nova York ... nem nos estamos a referir ao famoso e mítico Museum of Modern Art ... estamos precisamente no coração do núcleo decrépito da baixa pombalina, mais concretamente na Rua de S. Nicolau, 47 ...
A Rua de S. Nicolau transformou-se no 'eixo prioritário' da batata-frita, da 'pizza' de cartolina e do atendimento à 'craque' de futebol ... além de garantir a maior intensidade de assédio por m2, por pombos infectados e 'tribos' especificas, que elegeram este como o seu território de manhã à noite, com intensidade e presença permanente de 'oferta' de diversos produtos, perante a maior impunidade das autoridades e instâncias a quem cabe gerir o espaço e a segurança publica.
Ora, de repente, surgiu um 'raio de luz' e de esperança nesta rua ... o João e a Maria abriram um pequeno restaurante, que pela sua sobriedade e nobre simplicidade, pela sua equilibrada carta entre o cosmopolitismo italiano e pratos tradicionais portugueses, mantém-nos fiéis aos odores e sabores meridionais ...
O João e a Maria (3 filhos), já disseram que andam à procura de casa para alugar no bairro ...
Precisamos de 'muitos mais' casais para investir na Baixa .... Bem hajam .... e muita sorte e muito sucesso ! Saudações de António Sérgio Rosa de Carvalho








PP Baixa Pombalina/Discussão pública/CONTRIBUTO.15/06/2010

15/06/2010
PP Baixa Pombalina/Discussão pública/CONTRIBUTO
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Dr. António Costa,
Exmo. Sr. Vereador do Urbanismo
Arq. Manuel Salgado


No seguimento da abertura pela Câmara Municipal de Lisboa da discussão pública sobre o Plano de Pormenor e Salvaguarda da Baixa Pombalina, plano com que nos congratulamos e que apenas peca por tardio, aproveitamos esta oportunidade para, em sede de discussão pública, hoje formalmente iniciada, tecermos as seguintes considerações e apontarmos alguns aspectos de pormenor que nos preocupam sobremaneira, designadamente a nível do texto do Regulamento e do Inventário das Lojas Históricas. Assim:


1. Do ponto de vista conceptual do PP da Baixa Pombalina apelamos à CML para que reveja alguns dos critérios que serviram de base à elaboração do mesmo, em especial:

a) Os limites físicos do PP

Continuamos sem compreender como, por exemplo, as Portas de Santo Antão, os Restauradores e São Paulo não são abrangidos pelo conceito de Baixa Pombalina.

b) O esquema de financiamento do PP

Parece-nos evidente que, a haver de facto esquema de financiamento para os 700M€ anunciados publicamente, a CML propõe-se garanti-lo por via do licenciamento de obras de ampliação e de construções novas (ainda que mantendo as fachadas), perdendo assim uma oportunidade de, à semelhança de experiências bem sucedidas no estrangeiro, o fazer por via do sector privado, sim, mas recorrendo a uma política de incentivos, fiscais e não só, potenciação de casos de sucesso que permitam ser demonstrativos para os promotores que decidam recuperar, em vez de destruírem, os interiores para construírem de novo.

c) A pouca atenção dada à Cultura

É incompreensível que sendo a oferta cultural essencial à revitalização da Baixa, e sabendo-se da preocupação expressa em tempos por “agentes no terreno” quanto à necessidade de se apostar na recuperação para a cidade de espaços culturais como o antigo Animatógrafo do Rossio ou o Cinema Odéon, se continue a referir no articulado do PP o São Luiz, que não é na Baixa, ou se reduza a oferta cultural emergente ao MUDE e ao Museu da Moeda.

Por outro lado, este PP não prevê um projecto essencial não só para a Baixa como para toda a Arquitectura Pombalina: o já falado Centro de Interpretação da Reconstrução Pombalina -Está ainda por fazer a promoção e divulgação da Arquitectura Pombalina junto dos cidadãos, nacionais e estrangeiros. À semelhança do que existe noutras capitais com um período de Arquitectura muito particular, Lisboa deve seleccionar um imóvel que apresente um elevado nível de autenticidade (estrutura, coberturas, interiores, etc.) para funcionar como esse centro.

Um projecto destes teria também uma importante função pedagógica junto dos promotores imobiliários nacionais que tendem ainda a olhar para os edifícios em gaiola como meros lotes para reconstrução em betão armado.

d) A pouca atenção dada ao Espaço Público

Continuamos sem compreender como não é dada prioridade máxima à devolução ao peão do máximo espaço público possível e em continuado, começando, por ex., pela requalificação da Praça da Figueira, que é hoje, mais que nunca, um foco de mau espaço público, harmonizando-a com o Rossio, São Domingos e Portas de Santo Antão; ou pela “pedonalização” de facto das ruas e largos dos Bacalhoeiros, Crucifixo, Sapateiros, Visconde de Santarém, Corpo Santo, Terreiro do Trigo, Jardim do tabaco e Campo das Cebolas.

e) A ausência de qualquer menção à necessidade de abertura de escolas, facto em si contraditório com o desígnio da repovoação da Baixa.


2. Do que julgamos continuar a ser ignorado por este PP, facto tão mais grave quanto se trata de um Plano de Pormenor e Salvaguarda da Baixa Pombalina, a saber:

a) A não referência explícita à necessidade, de técnica e legalmente, se garantir a salvaguarda e a boa estabilidade da estrutura de sustentação dos edifícios da Baixa Pombalina, ou seja, garantindo a preservação da sua estacaria e estrutura em gaiola, e tudo que isso significa no que toca a um muito maior respeito pelas formas e materiais de origem; e, até, na manutenção dos níveis freáticos da Baixa.
Por exemplo, ao observarmos os mais recentes projectos aprovados pela CML no Chiado, constatamos com grande preocupação uma tendência para o "fachadismo". Estamos a desvalorizar a estrutura de gaiola enquanto elemento patrimonial essencial na Arquitectura Pombalina. Esta tendência negativa, defendida pela maioria dos promotores imobiliários (pois não há ainda uma cultura de restauro e reabilitação), tem de ser combatida sob pena da Baixa ficar reduzida a um mero cenário de fachadas pombalinas.
Há alguns bons exemplos de reconstrução total da gaiola pombalina, como é o caso do edifício sito na Rua Vitor Cordon 23-27 torneja Calçada do Ferragial 25. Se um exemplo destes, de iniciativa privada, prova que é possível - e aconselhável - reconstruir o sistema construtivo da gaiola pombalina, porque razão a CML não inclui a exigência da reconstrução da gaiola pombalina nos casos em que a estrutura original não é recuperável?
A não inclusão desta exigência levanta a suspeita de que a CML poderá estar a ceder a interesses imobiliários pouco sensíveis aos valores intrínsecos da Arquitectura Pombalina. Lamentamos que esta versão do PP para a Baixa não seja mais ambiciosa na defesa dos valores essenciais da Arquitectura Pombalina. A Baixa deverá ser um lugar de excelência na área da reabilitação, recuperação e restauro. A falta de defesa dos conteúdos patrimoniais da Baixa será um convite à especulação imobiliária, abrindo caminho a projectos banais de construção nova escondidos atrás de fachadas pombalinas.

b) A ausência de critérios precisos para os projectos de reconstrução de edifícios cujos interiores se perderam (ruína, por incêndio, demolidos por ameaçarem colapso, etc.).

c) A ausência de toda e qualquer referência a um plano de salvaguarda do azulejo, do azulejo de fachada e de interior que, paulatinamente, se vai perdendo à custa de projectos de alterações sem qualquer acompanhamento técnico por parte da CML, seja para efeitos de criação de banco de azulejos seja como garantia da sua boa remoção e/ou conservação. Essa ausência é tão mais incompreensível quanto é do reconhecimento público que o azulejo é o elemento que mais e melhor caracteriza o nosso Urbanismo, a começar pelo pombalino.

d) A não menção à “cidade romana”

Há algum programa de requalificação para as várias vertentes? Quais os pontos de acessibilidade em que se deve apostar?

e) A ausência de referências à necessidade de continuação pela CML do programa de restauro das igrejas da Baixa (por ex., Igreja da Conceição Velha, Igreja de N. Senhora da Vitória e Igreja do Corpo Santo).

f) A ausência de referências ao processo de candidatura à UNESCO

Ao não referir essa preocupação, a CML dá por adquirida uma reabilitação assente no “fachadismo” e, portanto, oca em matéria de preservação do conteúdo técnico, construtivo e arquitectónico da Baixa.

g) O aparente desinteresse da CML em revolucionar o modus operandi do Urbanismo Comercial

Não será a Baixa ideal como zona piloto para a reforma da lei do arrendamento, descongelando-se as rendas e restabelecendo-se uma liberdade comercial, com a salvaguarda sempre das lojas históricas?
Com o comércio vigente na Baixa e sem haver sensibilização e formação dos comerciantes, preservação das lojas de valor, mudança de horários, etc., dificilmente teremos uma Baixa reabilitada.

h) A articulação deste PP com Carris, Metro, Frente Tejo e ministérios está manifestamente ausente

Os projectos de espaço público a desenvolver pela Frente Tejo – Cais do Sodré, Campo das Cebolas, etc., enquadram-se no PP ou é o contrário?
Serão sujeitos a discussão pública?
Quais os edifícios (ou partes) na Baixa que serão libertados pelos ministérios, e qual o tipo e a dimensão dos hotéis a instalar neles?
Que vai acontecer de facto na Boa-Hora?
Irá o Metro corrigir a configuração actual dos ventiladores existentes no Rossio e na Rua da Alfândega, por exemplo?
Irá a Carris continuar a fazer circular pela Baixa somente autocarros de grande porte?
Estará prevista a reactivação do eléctrico desde o Poço do Bispo até à Baixa, por exemplo, substituindo as carreiras de autocarro de grande porte?

3. Sobre alguns pontos em particular deste PP, solicitamos ainda a V.Exas. que revejam o seguinte:


3.1 Texto do Regulamento

Artigo 19º -Estacionamento

Parece-nos perigosa e um contra-senso a admissibilidade de abertura de garagens nos pisos térreos dos edifícios sitos na Baixa, pelo impacto muito negativo na frente urbana histórica e pela possibilidade real de, a médio prazo, poderemos vir a ter loja sim, loja não, com uma grande porta de garagem! Por essa Europa fora são expressamente proibidas garagens no piso térreo.

Artigo 21º ponto 5 – Aumento de fachadas

Há um “pacote” de 10 edifícios em que a CML deixa a porta aberta a futuras ampliações, em projectos que eventualmente os promotores venham a apresentar. Em 3 deles, Rua de Santa Justa 23 / Rua dos Douradores 137-147, Rua da Assunção, 71 / Rua dos Sapateiros, 130, Rua das Pedras Negras, 35-41, 43-49 (junto ao Palácio Condes Penafiel/ MOPTC) parece-nos perigoso o previsível alinhamento de cérceas, uma vez que se trata de prédios pequenos, sim, mas característicos da Baixa. Não conseguimos compreender esta vontade aparente, de quem de direito, em promover uma “formatação” por igual da cidade.

Artigo 22º -Coberturas

A retirada das coberturas ilegais (veja-se o caso escandaloso no edifício da Rua 1º Dezembro/Rossio), aparece no ponto 2., alíneas a) b) c), mas transferindo o ónus da iniciativa ao proprietário, quando devia ser a CML a fazê-lo coercivamente, tomando a iniciativa, isto se o prazo dado ao proprietário (1 ano?) não fosse acatado. Aliás, o mesmo no que toca aos outros elementos espúreos (marquises, aparelhos de ar-condicionado, antenas parabólicas, portas de alumínio, etc). Ou seja, que vai a CML fazer nos casos (e são a maioria esmagadora) em que o proprietário nada fizer depois do PP estar aprovado?

3.2 Inventário das lojas históricas

Neste capítulo, concluímos que da análise da lista apresentada se torna evidente que o inventário das lojas está incompleto e contém julgamentos de valor discutíveis. Por exemplo: uma excessiva valorização da cultura erudita versus cultura popular. Também se nota uma valorização do património anterior ao Movimento Moderno, ficando de fora muitas realidades patrimoniais das décadas de 50, 60 e 70 do século XX. Mais concretamente, consideramos inexplicável o esquecimento das seguintes lojas:


* Freguesia de São Nicolau

- Sapataria Helio (fachada) / Rua do Carmo, 95 & Rua Garrett, 41 - Projecto do arquitecto Francisco Conceição Silva (1922-1982).
- Perfumaria Cami (fachada) / Rua da Prata, 119 (Modernista)
- Livraria Férin / Rua Nova do Almada, 70-74.- Teresa Alecrim /Rua Nova do Almada, 76-78 (interiores)
- Antigo Gravador Luís Oliveira (fachada e tecto) / Rua de São Nicolau, 53
- Drogaria S. Pereira Leão / Rua da Prata, 223
- Antiga Casa dos Panos (fundada em 1868) / Rua dos Fanqueiros 45-49 com a Rua de S. Julião 37-45
- Pelaria Pampas (projecto de Lucien Donat) / Rua da Prata-Rua da Conceição.



* Freguesia de Santa Justa

- Barbearia Celeste & Herdeiros / Rua 1º Dezembro, 87 (barbearia dos anos 50 do séc. XX com interior praticamente intacto)
- Barbearia Salão Carmo / Calçada do Carmo, 5 (junto do Rossio; barbearia fundada em 1929; interior praticamente intacto da década de 40/50 do séc. XX)
- Sapataria Presidente (fachada) / Rua 1º de Dezembro, 9 (fachada da década de 60 com painel de azulejos, assinados por "Amaral", e néons originais)
- Ginginha "Eduardino" "Ginjinha sem Rival" / Rua das Portas de Santo Antão, 7 (estabelecimento comercial dos anos 30-40 ainda intacto)
- (Antiga) Padaria da Sociedade Industrial Aliança / Rua dos Condes de Monsanto, 4A (Interior forrado a azulejos da autoria do pintor Jorge Colaço (1868-1942).
- Havaneza de S. Domingos / Rua de Barros Queirós, 15 e 17 (loja fundada por Mário Cotter, de origem irlandesa, nos finais séc. XIX; exterior e interior intacto)
- (Antiga) Manteigaria União / Rua do Amparo, 1 e 1A; Praça da Figueira, 3C (interior datado 1900, com tecto pintado com querubins e algum mobiliário original) / Pastelaria Suíça


* Freguesia de São Paulo

- (Antigo) Cambista Pina / Rua de São Paulo, 75-77; Travessa do Carvalho, 14 (interior intacto; Fundada em 1885) /constava da Proposta CPL

Por outro lado, há pelo menos uma loja que JÁ NÃO EXISTE desde 2007, mas que se mantém no IIP: 48.149 “Barbearia “/ Rua dos Correeiros, 42 a 44.


Na expectativa de que esta chamada de atenção seja bem acolhida por V. Exas., subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Nuno Caiado, Luís Marques da Silva, Jorge Santos Silva, João Leonardo, José Morais Arnaud, Pedro Formozinho Sanchez, Nuno Franco, Raul Nobre, Beatriz Empis, António Sérgio Rosa de Carvalho, Carlos Matos, Carlos Leite de Sousa, Paulo Ceia Nunes e Luís Rêgo

Público - Plano não pode escolher as lojas da Baixa de Lisboa.13/06/2010

13/06/2010
Público - Plano não pode escolher as lojas da Baixa de Lisboa

Comércio

Plano não pode escolher as lojas da Baixa de Lisboa
Podemos definir regras de recuperação e preservação arquitectónica, apoiar actividades culturais ou incentivar o mercado de arrendamento. Mas nem o ambicioso Plano de Pormenor da Baixa Pombalina consegue fazer um ordenamento comercial da zona. Por Luís Francisco
O Plano de Pormenor da Baixa Pombalina está em fase de discussão pública e, apesar de a propalada candidatura a património mundial marcar passo, a recuperação e requalificação da área mais nobre da capital é um projecto de enorme amplitude: custará à volta de 700 milhões de euros. Tratando-se de uma zona histórica, naturalmente há pressupostos arquitectónicos a ter em conta. Mas a Baixa de Lisboa é, também, uma enorme zona turística e comercial. A esse nível, o que queremos fazer dela?

A Câmara de Lisboa elaborou uma lista de estabelecimentos (ver caixa) a proteger, na sua arquitectura exterior e interior (nalguns casos). Mas não há em Portugal regulamentos que permitam definir o tipo de comércio que se instala em cada artéria. Fazer o ordenamento comercial de uma zona como a Baixa, agora que se pretende dar-lhe nova vida (nomeadamente combatendo a desertificação à noite), deveria ser uma prioridade?

Sim, responde o historiador António Sérgio Rosa de Carvalho. "Constata-se a invasão de um certo tipo de comércio que se estendeu do Martim Moniz e que bloqueia agora qualquer tipo de ordenamento comercial. Se falamos de eixos prioritários [para revitalizar a Baixa], temos de saber o que queremos ter lá em termos de comércio."

É que, apesar de existirem na zona abrangida pelo plano de pormenor "cerca de 1600 espaços comerciais", como salienta Vasco de Melo, presidente da União das Associações de Comércio e Serviços, e, portanto, "haver espaço para tudo", ter uma estratégia poderia fazer a diferença. No entanto, conforme nota Jorge Catarino Tavares, director municipal de Conservação e Reabilitação Urbana, não existe uma interdição à mudança de actividade. "As condicionantes são sempre no sentido de se salvaguardar o património arquitectónico. Ou seja são admitidas mudanças de ramo de actividade mas, consoante cada caso, existem elementos arquitectónicos, decorativos ou estruturais que terão de ser preservados."

Uma volta pelas ruas e praças criadas pela vontade política do Marquês de Pombal após o terramoto de 1755 mostra uma clara proliferação de estabelecimentos comerciais que não são propriamente típicos de zonas urbanas nobres. Sim, estamos em pleno Mundial de futebol, mas a profusão de camisolas de Cristiano Ronaldo ou cachecóis da selecção à porta de muitas lojas não é um contágio vindo da África do Sul. Na verdade, durante o resto do ano, o jogador está na mesma em exposição, só que o seu nome aparece na camisola branca do Real Madrid. Os espaços comerciais que se dedicam à venda de recuerdos turísticos e ícones da cultura popular proliferam na Baixa.

Deviam estar lá? Ou, pelo menos, na mesma quantidade? Vasco de Melo diz que não, mais não seja porque "estas lojas têm métodos de funcionamento que andam "fora-da-lei"", pelos horários de trabalho, pela qualificação do pessoal ou pela lógica "nómada" da sua actividade...

Mas, corporativismos à parte, há uma questão de imagem que também conta, quando se fala do bilhete postal de uma cidade que aposta cada vez mais na sua dimensão de destino turístico. "Devia haver um mapa das actividades nos eixos prioritários. Mas será possível?", interroga-se Rosa de Carvalho. Em todo o caso, há que ultrapassar o desconforto da generalização do termo "loja dos chineses"... "Isto não tem nada a ver com questões racistas. Há estabelecimentos orientais belíssimos", diz o historiador. E que só ficam bem numa cidade que foi, durante um período da história da Humanidade, o epicentro da globalização.

Jorge Catarino Tavares admite que algumas actividades, por via de condicionantes de intervenção no edificado, "tenham dificuldades em se instalar." Mas opina: "Penso que qualquer tipo de comércio, desde que a sua instalação obedeça aos princípios de qualidade e de rigor no seu projecto, terá lugar na Baixa."

Mobilidade e habitação

O plano da Baixa vai muito para além da questão comercial. Mas muitos dos pontos que aborda estão interligados. Como a mobilidade, por exemplo. "Há que ter em conta a questão do transporte individual. Os grandes centros comerciais têm bons transportes, mas as pessoas vão de automóvel. Este é um dado adquirido, temos de lidar com ele", sentencia Vasco de Melo.

Do outro lado da barricada, parece estar António Rosa de Carvalho: "Continuamos a ter do carro uma cultura de "vaca sagrada"", desabafa, criticando a ideia de ser possível construir garagens na Baixa, algo que considera "incompatível com as características dos edifícios" da zona, nomeadamente a famosa gaiola pombalina, a construção anti-sísmica assente em estacaria que concede a esta zona de Lisboa muita da sua identidade única. Mas o historiador está mais preocupado com o automóvel enquanto condição incontornável para se morar na Baixa. Para quem vem às compras, aceita a existência de parques ou, até, de silos.

Porque é um local de passagem que se quer bonito e funcional. Mas é também um coração desertificado, um local onde muitos estabelecimentos fecham a porta ao fim da tarde, altura em que as ruas ficam vazias. Ninguém mora na Baixa. E uma das ideias do plano de pormenor é também criar condições para que haja uma população residente nesta zona nobre da cidade. E isso também pode influenciar o tipo de comércio que ali prospera.

Apoiar a iniciativa privada

Não há regras, mas há opiniões. Quando questionado sobre o tipo de comércio que deve existir na Baixa, Vasco de Melo evita dar uma opinião taxativa. Mas deixa ideias: "As ourivesarias e vestuário estão muito bem representadas. Parece-me uma boa ideia a que foi avançada pelo vereador Fontão de Carvalho (PCP), no sentido de concentrar os pequenos artesãos de ourivesaria, formando um cluster desta actividade. Ou apostar em espaços mais temáticos, como acontece na Rua da Conceição, onde há grande concentração de retrosarias. Proteger o que existe e assegurar a mobilidade e a segurança são as formas de garantir a viabilidade de quem investe."

E tem de ser o investimento privado a alimentar o processo. Apesar de considerar a recuperação da Baixa "um desígnio nacional", António Rosa de Carvalho também acha que são as pessoas quem tem de assumir a tarefa. À máquina pública cabe ser acessível. Porque "os regulamentos existem, resta saber com que velocidade e com que rigor serão aplicados".

Para já, eles incidem sobre a arquitectura das lojas e edifícios. Não haverá marquises; os estores exteriores têm de ser aprovados pela câmara; as portas de lagarta e grades metálicas só poderão ser montadas do lado de dentro das lojas; aparelhos de ar condicionado, cabos e condutas terão de sair das fachadas principais; estão proibidas as esplanadas fechadas; só as farmácias poderão ter anúncios electrónicos; fica interdita a instalação de painéis, mupis ou colunas e mastros de publicidade.

A Baixa como a conhecemos pode estar em vias de ser "purificada". Se conseguirá manter alguma identidade comercial, isso é difícil de prever. "Isto é um grande momento urbanístico. A questão é: estaremos à altura?", questiona Rosa de Carvalho.

Pedido de consulta a projecto para Sé de Lisboa 08/06/2010


08/06/2010
Pedido de consulta a projecto para Sé de Lisboa
Exmo. Sr. Presidente do IGESPAR
Dr. Gonçalo Couceiro


Somos, como é do conhecimento de V.Exa., um movimento de cidadania e de causas, completamente independente, sendo que a defesa do património é uma das nossas maiores causas.

A situação dramática em que a Sé de Lisboa se encontra desde há décadas é da nossa maior preocupação. Infelizmente, não só o seu estado de conservação é de urgente recuperação, como intervenções avulsas feitas recentemente por iniciativa dos cónegos da Sé deixam antever o pior em termos daquilo que se entende por reabilitação (vide intervenção inqualificável no portão lateral, que denunciámos oportunamente e que esperamos vir ser corrigida aquando da anunciada intervenção global na Sé).

Nesse sentido, vimos pelo presente solicitar a V.Exa. e a esse Instituto que nos facultem a consulta do projecto de reabilitação da Sé de Lisboa, que julgamos estar ainda em apreciação nesses serviços e que terá já sido objecto de mecenato, através do "cheque oferta", conforme veio a público em Outubro de 2010.

Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge e António Sérgio Rosa de Carvalho

INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL E SENSIBILIDADE PATRIMONIAL 06/06/2010


Isolada no oceano de híbrido e decadência em que a Rua da Prata se tornou, qual fortim sitiado ostentando orgulhosamente o seu estandarte de resistência à decrepitude que se instala, a farmácia Normal ousa existir agora em plena glória, depois de um restauro exemplar da sua fachada e dos seus INTERIORES ...
Foi em 2004 que a jovem farmacêutica decidiu assumir a herança do seu pai, e desde logo, percebeu da urgência das obras tão necessárias.
No entanto a sua intenção foi desde o início, consciente do valor do património que tinha em mãos, "desempoeirar" e assegurar uma maior funcionalidade e efectividade comercial, mas mantendo e respeitando ao máximo os seus magníficos interiores.
Tive o prazer de falar com ela no início do processo com a Unidade de Projecto da Baixa Chiado, e de aconselhar o arquitecto entretanto contratado pela senhora, apoiando a preservação integral do mobiliário...
Depois seguiu-se a consulta do então IPPAAR e a ajuda e o acompanhamento permanente do Museu da Farmácia.
O resultado está à vista .... Sr Vereador Manuel Salgado ... Para quando um reconhecimento público deste casos, através de uma merecida atribuição de Prémio-Louvor com respectiva placa em bronze na fachada ?
P.S. A qualidade também se estende aos "Bastidores" do estabelecimento ... aos laboratórios e zonas administrativas ... e ... também ao 'famoso' saguão pombalino.
Saudações de António Sérgio Rosa de Carvalho













A Real Praça do Comércio In Público (4/6/2010)

04/06/2010
A Real Praça do Comércio
Opinião/In Público (4/6/2010)
Por António Sérgio Rosa de Carvalho

«Pronto, finalmente reavemos a Real Praça do Comércio. Reparem que não lhe chamo "Terreiro do Paço"... e isto não acontece por acaso, mas é uma atitude consciente e premeditada... pois esta diferença de denominação ilustra precisamente o erro de perspectiva e de interpretação histórica que levou a todas as "trapalhadas" no antigo projecto, agora sensatamente corrigido.

A Real Praça do Comércio foi concebida por um primeiro-ministro "estrangeirado" que pretendia alcançar uma reforma profundíssima no plano político, social e mercantil do Reino de Portugal, aproveitando um cataclismo natural que, tendo criado uma situação de Tabula rasa no país, oferecia-lhe uma oportunidade única.

Ela foi concebida também seguindo referências eruditas e prestigiantes internacionais da place royale do séc. XVIII Iluminista, e, no caso de todo o plano de reconstrução da Baixa, ela anunciava com grandiosidade uma nova cidade, renascida das cinzas e que iria servir de décor para um novo Portugal reformado, e de contexto e habitação para uma nova burguesia mercantil e iluminada.

Assim, é perfeitamente claro que o conceito do "terreiro" pertencia a um passado pré-terramoto e a um tipo de sociedade que se pretendia reformar radicalmente numa perspectiva iluminista, embora num conceito tão típico para a época de despotismo iluminado.

Visto isto, vale a pena reflectir sobre o facto de que, mais uma vez, se o prazo foi cumprido "sem derrapagens orçamentais", se deve a um factor externo que nos pressionava e obrigava a uma clara deadline... a visita do Papa.

Sem questionar a evidente e prestigiante oportunidade mediática que nos foi oferecida com a visita do Papa, e agora que foi anunciado o Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina, teremos que reconhecer que a imagem que foi oferecida ao Papa e ao mundo não foi a imagem da verdadeira decrepitude em que se encontra a Baixa de Lisboa.

Assim, as intenções e os milhões pretendidos com o anúncio do plano de salvaguarda não podem ser encarados como algo para se "ir fazendo", mas como um dos projectos mais urgentes e indispensáveis para Lisboa, capital de Portugal.

Agora, em plena e profunda crise, que tentamos rever e reanalisar os grandes projectos de obras públicas, aqui temos um grande projecto, urgente, indispensável e verdadeiramente responsável. Ele é credível e responsável, pois os benefícios e resultados estão a priori garantidos.

Trata-se do prestígio e da atractibilidade da nossa imagem exterior e dos dividendos na área do turismo cultural. Trata-se da nossa qualidade de vida no quotidiano. Trata-se da auto-estima e do estímulo que ela transporta para o nosso empreendedorismo. Trata-se de provar à nossa juventude que Portugal está à altura da responsabilidade da salvaguarda do nosso património e portanto tem futuro.

Proponho portanto que o projecto de restauro e salvaguarda da Baixa pombalina seja elevado a desígnio nacional... que seja ligado a uma dimensão capaz de transcender a própria autarquia, e os ciclos políticos inerentes, através da ligação à Presidência da República pela nomeação de um comissário.

Seguindo o exemplo de Amsterdão, onde o presidente da câmara é nomeado pela Coroa como árbitro au dessus de la mêlée, pode cumprir vários mandatos e tem a função de estimular, vigiar e garantir, perante os eleitos políticos, a prioridade e o cumprimento dos projectos verdadeiramente importantes ... assim eu proponho um comissário escolhido pela Presidência da República, instituição suprema da nação portuguesa, que desempenhe este papel de guardião e de garantia de execução deste verdadeiro desígnio nacional.

Chegou a altura de encontrarmos em nós próprios a capacidade de realizar, de cumprir, e não "ir" avançando apenas aos soluços estimulados por factores externos.

Para isso, teremos de compreender, de vez, que estamos reduzidos a este pequeno rectângulo, e deixarmo-nos de fugas, de diásporas e quimeras. É Portugal que tem que ser cumprido!


Historiador de Arquitectura»

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL E SENSIBILIDADE PATRIMONIAL 29/05/2010


Na agora tão decadente, Praça dos Restauradores, existiam dois estabelecimentos "Lourenço e Santos" ... o mais antigo, o incluído no edifício do Avenida Palace, agora transformado numa loja "Calzedonia" apesar da mudança de função e de ramo, ainda mantém "algo"(básico) do interior, mas nunca comparável ao que passo a descrever...
O segundo estabelecimento do "Lourenço e Santos", situado no outro lado da Praça, acaba de renascer, tal "Fénix renascida das cinzas", e através de um restauro cuidado e sensivel no que respeita os interiores e o mobiliário, foi inteligentemente e novamente oferecido ao público desta Praça e de Lisboa. Atitude heróica e fundamental para o Renascimento da Baixa e que deve ser louvada pelo seu papel pedagógico.
Depois do desaparecimento criminoso de dois grandes "Picture Palaces", o Monumental e o Éden, a ameaça de ruína do "Odeon" e a indiferença a que está condenada a Magnifica "Solmar"( Sec XX-Estado Novo)... esta atitude da Firma de dimensão Internacional que agora gere o "Lourenço e Santos ( Firma de Confecções de Alto Nível Internacional, mas Portuguesa) merece o nosso reconhecimento ...
Em qualquer País da Europa, um interior com a qualidade e a autenticidade intacta e coerente no seu todo, da Solmar, era Monumento de Interiores (gesamkunstwerk).
Para quando uma política coerente e efectiva de Urbanismo Comercial, com estratégia e Preservação Patrimonial de Interiores ... Sr Vereador Salgado ?
Saudações de António Sérgio Rosa de Carvalho











Inteligência Empresarial e Sensibilidade Patrimonial. LX, da Cidadania à Factory 24/05/2010


Uma visita à "micro-cidade" de sinergias e ao verdadeiro "viveiro" de actividades culturais e contactos humanos, em que a "Factory LX" se transformou, faz-nos meditar na importância da preservação e do investimento inteligente ... no Património ... neste caso Industrial.
Com o sucesso que espaços como a "Ler Devagar" ou a "Cantina LX" estão a conhecer, vale a pena pensar duas, três vezes, as que forem preciso ... antes de demolir ...
Saudações de Parabéns, com votos de muitos anos de vida, para além "dos cinco" estipulados, a este, entretanto indispensável, Centro Cultural LX, do António Sérgio Rosa de Carvalho.







Privados descrentes são entrave à revitalização da Baixa In Público (19/5/2010)

19/05/2010
Privados descrentes são entrave à revitalização da Baixa
In Público (19/5/2010)
Por Inês Boaventura

«A "decrepitude" da Baixa Pombalina "é uma escolha, não uma fatalidade" e o plano de pormenor de salvaguarda recentemente aprovado pela Câmara de Lisboa só será bem sucedido se o aparelho camarário for capaz de "dar resposta às ansiedades dos privados". Este é o entendimento do historiador António Sérgio Rosa de Carvalho, que defende que para tornar viva esta zona da cidade há que começar por convencer as "elites" a mudarem-se para lá.

Licenciado em História de Arte e Arqueologia pela Universidade de Amesterdão, António Sérgio apresentou anteontem no Centro Nacional de Cultura a sua obra História das Ideias, História da Teoria da Arquitectura e Defesa do Património. A Baixa, área na qual chegou a desenvolver trabalho enquanto assessor da autarquia na área da reabilitação urbana e onde reside, foi um dos temas centrais da sua apresentação.

O historiador considerou "um erro ter-se desistido da classificação da Baixa a património mundial", quando em seu entender a reabilitação desta zona de Lisboa devia ser entendida como "um desígnio nacional". E esse processo, diz, poderia começar pelo Largo de São Paulo: se aqui funcionasse "uma microcidade" com comércio, habitação e espaço público, esse exemplo acabaria por alargar-se às artérias vizinhas.

António Sérgio louvou a existência de alguns casos de "inteligência emocional e sensibilidade patrimonial" no restauro de espaços de comércio e serviços, mas sublinhou que a maioria dos empresários tem "um profundo cepticismo perante o aparelho camarário", desde logo devido à multiplicidade de interlocutores.

Quanto ao resto da cidade, o historiador lamentou a inexistência de uma cultura de restauro, criticando os arquitectos que, em vez de lutarem por uma certa "invisibilidade", fazem por "deixar uma marca da sua intervenção". Um dos resultados, acusa, é "a agonia da Lisboa romântica", onde foram surgindo "intervenções cyborg" como o edifício Heron Castilho, onde à "carcaça biológica" se acrescentou "um esquema high-tech".»

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Jovem e Criativa Inteligência Empresarial e Sensibilidade Patrimonial 30/03/2010



Caros Amigos (as),
Um grupo de quatro jovens estão desde há 6 anos a desenvolver um interessante projecto hoteleiro baseado no conceito "Hostel". Assim, tendo começado por um projecto em 2004 na Rua de S.Paulo, foram adquirindo experiência e iniciaram por fim dois projectos no espaço de dois anos, desde 2006, um na Rua de S. Nicolau e outro na Rua do Crucifixo.
As intervenções ao nível de interiores são exemplares e constituem verdadeiros restauros, com inteligente manutenção de todas as características fundamentais, tais como cantarias, soalhos, portas, tectos, janelas (algumas guilhotinas) etc.
Tudo isto foi possivel porque a filosofia de intervenção foi ao encontro das convicções do proprietário, um alemão, que não só concordou, como apoiou totalmente.
Aqui temos um exemplo inspirador de jovens que souberam tomar a iniciativa e libertar-se da passividade e do sindrome paralisante que parece dominar toda uma geração, que insistem em ficar em casa dos pais, enquanto digerem a cruel realidade de que o emprego deixou de ser uma garantia ... ligada ao "canudo"...

A Baixa agradece ...

Saudações Pombalinas de António Sérgio Rosa de Carvalho.










ALGO DE POSITIVO ... MAS ... NÃO CONSOLIDADO. A EXPANSÃO DO EFEITO DE 'GENTRIFICATION' DO CHIADO 25/02/2010







Caros Amigos (as)
É evidente o efeito de expansão, através da criação e consolidação de novos "eixos" de ocupação residencial e comercial, que o núcleo de qualidade do Chiado está a ter, na Rua Anchieta, Rua Ivens e agora também, na Rua do Alecrim.
Assim, na Rua Ivens, têm-se instalado estabelecimentos de indiscutivel qualidade, assim como na Rua Anchieta, consolidando o Largo de S.Carlos ...
Também, últimamente, a qualidade já existente na Rua do Alecrim, garantida pelos seus antiquários, está a ser consolidada, por estabelecimentos, como um novo Florista, e uma interessante Padaria, da qual mostro duas imagens.
Portanto algo de positivo ... mas porque ainda utilizo as reticências e o 'não consolidado'?
Isto refere-se à questão da Reabilitação Urbana ... e não tem só a ver com o estado de degradação do prédio, outrora magnifico em implantação, e nas suas caracteríisticas arquitectónicas, na forma como aplica a fórmula Pombalina, já XIX, em relação à Topografia, que ilustro na imagem. ( Reparem nas características "Londrinas" do final da Rua do Alecrim e do remate em pedra, ao qual não podia faltar o 'cantinho do lixo')
Assim, como não existe Reabilitação Urbana de grande escala sem "Gentrification", essa mesma "Gentrification" traz um desafio e uma oportunidade às autoridades Camarárias ... o da Pedagogia.
Assim como os investidores merecem regras bem claras, e exigem um aparelho como uma capacidade de resposta à altura ... cabe à C.M.L. fazer Pedagogia no que respeita as Características Patrimoniais inalienáveis do edifício, na sua linguagem de EXTERIORES e INTERIORES, materiais, estrutura, etc
Assim se as entidades Camarárias não tiverem uma estratégia global, com um aparelho capaz de dar resposta célere, interessada e eficaz, acompanhando e não dificultando, explicando pedagógicamente, ao mesmo tempo que são oferecidas garantias das respectivas licenças com celeridade e sem contradições ...
Como pode a C.M.L. esperar que as suas necessárias exigências serão respeitadas ... senão tiver um aparelho capaz de dar resposta efectiva às ansiedades dos investidores? Como poderá ela exercer a tão necessária Pedagogia?
Saudações Lisboetas e Expectantes, António Sérgio Rosa de Carvalho