Passageiros
vindos de países de risco estão a recusar fazer testes à Covid no aeroporto de
Lisboa
Comprovativo de
teste negativo é obrigatório para passageiros vindos de PALOP's, Brasil ou EUA.
Confrontados com necessidade de fazer teste em Lisboa, muitos recusam. Mas
entram em Portugal à mesma.
Tânia Pereirinha
Texto
22 jul 2020, 08:37
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Estão a entrar em Portugal, através do
aeroporto de Lisboa, passageiros vindos de países considerados de risco para a
Covid-19, sem que apresentem os comprovativos de teste negativo para o novo
coronavírus — obrigatórios desde o passado dia 6 de julho para nacionais e
estrangeiros com residência no País, provenientes de Brasil, EUA e PALOP’s —,
ou que se submetam, nas instalações do próprio aeroporto, à análise para
detetar o SARS-CoV-2.
A denúncia foi
feita por fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ao Diário de
Notícias, que esta quarta-feira revela que, no passado sábado, só no voo que
aterrou em Lisboa vindo de Maputo, entraram em Portugal 106 pessoas sem terem
apresentado teste negativo feito 72 horas antes do embarque ou sem terem feito,
em alternativa, teste no local.
Como tinham
nacionalidade portuguesa ou residência no País, depois da recusa as pessoas
limitaram-se a deixar nomes, moradas e números de telefone e prosseguiram,
relatou àquele jornal fonte do SEF, acrescentando que se tem assistido a um
“número crescente de passageiros que chegam nesta situação”.
Esta notícia
surge um dia depois de o Público ter revelado que dezenas de passageiros de
dois voos, que aterraram em Lisboa na sexta-feira e no sábado passados, vindos
de Angola e Moçambique, tinham entrado em território nacional sem fazerem prova
de não infeção pelo novo coronavírus e sem que o SEF tivesse intervindo.
Fonte oficial do
SEF garantiu que a situação tinha sido pontual: “Em todos os outros voos isso
não tem acontecido”. Questionado pelo jornal, o Ministério da Administração
Interna explicou que “a atuação do SEF regula-se pela Lei de Estrangeiros que
não permite que cidadãos nacionais ou com residência legal em Portugal sejam
barrados nas fronteiras”.
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