sexta-feira, 10 de maio de 2024

Chega chama MAI ao Parlamento. Quer explicações sobre ataque a imigrantes no Porto

 



ANDRÉ VENTURA

05 maio 2024 às 18h10

Chega chama MAI ao Parlamento. Quer explicações sobre ataque a imigrantes no Porto

 

Ventura sugeriu ainda que o que aconteceu na Invicta pode estar relacionado com situações de "ataques e roubos" na cidade. E ainda criticou Luís Montenegro.

 

Redação

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O líder do Chega condenou este domingo a violência e os crimes de ódio contra imigrantes e sugeriu que o que aconteceu no Porto pode estar relacionado com "ataques e roubos" na cidade, pedindo explicações à ministra da Administração Interna.

 

"O Chega decidiu chamar de urgência ao parlamento a senhora ministra da Administração Interna não só para explicar e apresentar os dados que tenha na sua posse em relação ao que ocorreu no Porto e às motivações desse ataque, que deve ser investigado e punido severamente, mas também para explicar por que razão a baixa do Porto tem sido assolada por ataques, roubos e outro tipo de crimes, muitas vezes cujos autores são imigrantes, quer argelinos, marroquinos ou outros, e tal tem sido escondido do país nos últimos tempos", afirmou.

 

André Ventura falava aos jornalistas na sede nacional do Chega, em Lisboa, sobre as agressões a imigrantes que aconteceram na madrugada de sexta-feira no Porto.

 

"A senhora ministra deve explicar o que pretende fazer sobre esta situação para evitar que a violência e o ódio se multipliquem e que a segurança e a ordem sejam verdadeiramente a regra em Portugal, e não episódios como este", defendeu.

 

O líder do Chega disse que o seu partido "condena sem reservas toda a violência, todos os crimes de ódio ou motivados por qualquer outro fator" e saudou o trabalho das forças de segurança e de investigação criminal.

 

Apontando que "a violência não pode ter lugar em Portugal" e que a condenação deve ser clara e inequívoca", Ventura recusou também ser "hipócrita sobre o que se passa, nem ter dois pesos e dois medidas".

 

André Ventura disse não existirem certezas "em relação à origem dos agressores, as suas motivações e aquilo que levou aos ataques" e que a "PSP disse que era prematuro falar de ataques racistas ou com motivação racista".

 

"Há um problema profundo que não sabemos ainda se originou ou não os conflitos relacionados com os ataques no Porto", afirmou.

 

O presidente do Chega acusou ainda o primeiro-ministro de hipocrisia porque "rapidamente condenou o ataque, e bem, contra os cidadãos argelinos, mas manteve-se em silêncio sobre os ataques consistentes aos lojistas da baixa do porto durante os últimos meses".

 

"A esquizofrenia e paranoia coletiva de que quando há envolvimento de imigrantes devemos parar o país inteiro para olhar para uma situação concreta, ignorando todas as outras à sua volta durante todos os meses ou anos anteriores mais não é do que um sinal de uma sociedade que não consegue sair do politicamente correto e deixou de se conectar com as pessoas e com a sua realidade", alegou.

 

E voltou a insistir de "há um problema de imigração descontrolada em Portugal", pedindo ao Governo.

 

Na madrugada de sexta-feira, a PSP foi alertada cerca da 01:00 para uma agressão no Campo 24 de agosto, no Porto, contra dois imigrantes por um grupo de quatro ou cinco homens que fugiu antes da chegada dos agentes, especificou o porta-voz da polícia, indicando que os dois agredidos foram assistidos no Hospital São João.

 

Cerca de 10 minutos mais tarde, na Rua do Bonfim, 10 imigrantes foram atacados, na habitação onde estavam, por um grupo de 10 homens, munidos com paus e, alegadamente, com uma arma de fogo, o que a PSP ainda não conseguiu confirmar, referiu a mesma fonte.

 

Ainda segundo o porta-voz, pelas 03:00, na Rua Fernandes Tomás, outro imigrante foi também agredido, por outros suspeitos, sendo que um deles usava uma arma de fogo.

 

Na sequência destas agressões, seis homens foram identificados e um foi detido por posse de arma ilegal, tendo sido presente a tribunal e ficado em prisão preventiva.

 

Dada a suspeita de existência de crimes de ódio, o assunto está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

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