quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Elisa Ferreira vai tutelar fundos distribuídos pelo marido. Eurodeputados falam em conflito de interesses



Elisa Ferreira vai tutelar fundos distribuídos pelo marido. Eurodeputados falam em conflito de interesses
ECO
18 Setembro 2019

A comissária portuguesa irá gerir a pasta que integra os fundos regionais e o seu marido, Fernando Freire de Sousa, é presidente da CCDR-Norte. Eurodeputados falam em conflito de interesses.

Foi escolhida como comissária e até já tem destinada a pasta da Coesão e Reformas, mas Elisa Ferreira ainda tem de passar pela aprovação do Parlamento Europeu. E está a enfrentar algumas críticas de eurodeputados que apontam para um possível conflito de interesses, avança o Observador.

Na base das críticas está o facto de que a antiga eurodeputada socialista irá gerir a pasta que integra os fundos regionais e o seu marido, Fernando Freire de Sousa, é presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte), que é das entidades em Portugal com mais relação com os fundos comunitários, uma vez que é responsável pela sua aplicação no terreno.

A eurodeputada francesa do grupo dos Verdes Marie Toussaint foi quem atacou mais fortemente Elisa Ferreira. “A portuguesa Elisa Ferreira era vice-governadora do Banco de Portugal quando um banco estatal financiou o projeto de uma empresa cujo vice-presidente era seu marido. Agora é nomeada para os fundos regionais pelos quais o marido é responsável por esses fundos para Portugal. Keep cool“, escreveu no Twitter.

Avançado pelo ECO, o primeiro caso apontado no tweet pela eurodeputada francesa recorda que Fernando Freire de Sousa era vice-presidente da La Seda de Barcelona quando a Caixa Geral de Depósitos (CGD) começou, em 2006, a sua ligação ao grupo espanhol na Artlant, em Sines, e que veio a custar mais de 250 milhões de euros ao banco. Na altura, a então vice-governadora do Banco de Portugal considerou que não havia qualquer incompatibilidade nas decisões que a entidade iria tomar sobre a auditoria realizada pela EY à CGD.
Agora, poderá haverá um novo conflito de interesses pois Elisa Ferreira, na comissão, irá tomar conta dos fundos comunitários e o seu marido lidera a CCDR-Norte. De acordo com o Código de Conduta, os membros da comissão “devem evitar qualquer situação suscetível de originar um conflito de interesses, ou que possa razoavelmente ser percebida como tal“.
Para a comissão, existe conflito de interesses quando “um interesse pessoal possa influenciar o exercício independente das suas funções”.

Avançado pelo ECO, o primeiro caso apontado no tweet pela eurodeputada francesa recorda que Fernando Freire de Sousa era vice-presidente da La Seda de Barcelona quando a Caixa Geral de Depósitos (CGD) começou, em 2006, a sua ligação ao grupo espanhol na Artlant, em Sines, e que veio a custar mais de 250 milhões de euros ao banco. Na altura, a então vice-governadora do Banco de Portugal considerou que não havia qualquer incompatibilidade nas decisões que a entidade iria tomar sobre a auditoria realizada pela EY à CGD.
Agora, poderá haverá um novo conflito de interesses pois Elisa Ferreira, na comissão, irá tomar conta dos fundos comunitários e o seu marido lidera a CCDR-Norte. De acordo com o Código de Conduta, os membros da comissão “devem evitar qualquer situação suscetível de originar um conflito de interesses, ou que possa razoavelmente ser percebida como tal“.
Para a comissão, existe conflito de interesses quando “um interesse pessoal possa influenciar o exercício independente das suas funções”.

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