Elisa Ferreira
vai tutelar fundos distribuídos pelo marido. Eurodeputados falam em conflito de
interesses
ECO
18 Setembro 2019
A comissária
portuguesa irá gerir a pasta que integra os fundos regionais e o seu marido,
Fernando Freire de Sousa, é presidente da CCDR-Norte. Eurodeputados falam em
conflito de interesses.
Foi escolhida
como comissária e até já tem destinada a pasta da Coesão e Reformas, mas Elisa
Ferreira ainda tem de passar pela aprovação do Parlamento Europeu. E está a
enfrentar algumas críticas de eurodeputados que apontam para um possível
conflito de interesses, avança o Observador.
Na base das
críticas está o facto de que a antiga eurodeputada socialista irá gerir a pasta
que integra os fundos regionais e o seu marido, Fernando Freire de Sousa, é
presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte
(CCDR-Norte), que é das entidades em Portugal com mais relação com os fundos
comunitários, uma vez que é responsável pela sua aplicação no terreno.
A eurodeputada
francesa do grupo dos Verdes Marie Toussaint foi quem atacou mais fortemente
Elisa Ferreira. “A portuguesa Elisa Ferreira era vice-governadora do Banco de
Portugal quando um banco estatal financiou o projeto de uma empresa cujo
vice-presidente era seu marido. Agora é nomeada para os fundos regionais pelos
quais o marido é responsável por esses fundos para Portugal. Keep cool“,
escreveu no Twitter.
Avançado pelo
ECO, o primeiro caso apontado no tweet pela eurodeputada francesa recorda que
Fernando Freire de Sousa era vice-presidente da La Seda de Barcelona quando a
Caixa Geral de Depósitos (CGD) começou, em 2006, a sua ligação ao grupo
espanhol na Artlant, em Sines, e que veio a custar mais de 250 milhões de euros
ao banco. Na altura, a então vice-governadora do Banco de Portugal considerou
que não havia qualquer incompatibilidade nas decisões que a entidade iria tomar
sobre a auditoria realizada pela EY à CGD.
Agora, poderá
haverá um novo conflito de interesses pois Elisa Ferreira, na comissão, irá
tomar conta dos fundos comunitários e o seu marido lidera a CCDR-Norte. De
acordo com o Código de Conduta, os membros da comissão “devem evitar qualquer
situação suscetível de originar um conflito de interesses, ou que possa
razoavelmente ser percebida como tal“.
Para a comissão,
existe conflito de interesses quando “um interesse pessoal possa influenciar o
exercício independente das suas funções”.
Avançado pelo
ECO, o primeiro caso apontado no tweet pela eurodeputada francesa recorda que
Fernando Freire de Sousa era vice-presidente da La Seda de Barcelona quando a
Caixa Geral de Depósitos (CGD) começou, em 2006, a sua ligação ao grupo
espanhol na Artlant, em Sines, e que veio a custar mais de 250 milhões de euros
ao banco. Na altura, a então vice-governadora do Banco de Portugal considerou
que não havia qualquer incompatibilidade nas decisões que a entidade iria tomar
sobre a auditoria realizada pela EY à CGD.
Agora, poderá
haverá um novo conflito de interesses pois Elisa Ferreira, na comissão, irá
tomar conta dos fundos comunitários e o seu marido lidera a CCDR-Norte. De
acordo com o Código de Conduta, os membros da comissão “devem evitar qualquer
situação suscetível de originar um conflito de interesses, ou que possa
razoavelmente ser percebida como tal“.
Para a comissão,
existe conflito de interesses quando “um interesse pessoal possa influenciar o
exercício independente das suas funções”.
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