Sociedade
Rede de
imigração ilegal. Selo branco validou milhares de registos criminais
A operação
"Gambérria" visou uma rede criminosa de auxílio à imigração criminal.
Entre os 13 detidos, portugueses e estrangeiros, há uma técnica superior do
MNE.
Valentina
Marcelino
Publicado a:
07 Mai 2025,
09:55
Atualizado
a:
07 Mai 2025,
09:55
A Polícia
Judiciária (PJ) deteve na terça-feira 13 pessoas, com idades entre os 26 e os
64 anos, sem antecedentes criminais, suspeitas de integrarem uma rede criminosa
de auxílio à imigração ilegal.
Os detidos
são sete homens e seis mulheres, portugueses e estrangeiros, entre os quais
empresários, uma advogada e uma técnica superior do ministério dos Negócio
Estrangeiros (MNE).
Em
comunicado oficial, a PJ adianta que foram feitas 40 buscas em Coimbra,
Espinho, Carregal do Sal, Amadora, Odivelas, Loures e Lisboa, no âmbito das
quais foram apreendidos, entre outros, 11 automóveis, aproximadamente um milhão
de euros em numerário, duas presas de elefante em marfim de 50kg e vários
artigos utilizados na falsificação de documentos, com destaque para um selo
branco, encontrado e apreendido numa empresa onde seriam "validados"
milhares e certificados de registos criminais de cidadãos estrangeiros.
Segundo
fontes judiciais confirmaram ao DN, o selo branco apreendido era do MNE.
Foram ainda
arrestados seis imóveis, dois prédios rústicos e quatro urbanos - destes uma
vivenda e três apartamentos, e congeladas 35 contas bancárias.
A operação
"Gambérria", com o DIAP Regional de Coimbra, contou com cerca de 200
elementos da PJ, dois juízes, uma procuradora da República e representantes da
Ordem dos Advogados, e resultou de um inquérito que tinha sido aberto em 2023,
partindo da suspeita de que este grupo estaria a legalizar, de forma irregular,
um elevado número de imigrantes, lucrando milhões de euros.
A
investigação da PJ confirmou que boa parte dos imigrantes explorados por esta
rede estavam no estrangeiro, apesar de os seus processos figurarem como estando
a trabalhar e a residir em Portugal.
Segundo a
PJ, "ao que tudo indica, os migrantes, enquanto clientes que se mostravam
disponíveis a pagar valores elevados para conseguir a legalização em território
nacional, eram angariados pelo grupo através de complexos esquemas nos países
de origem, com a promessa de financiamento de um conjunto de serviços, tais
como a obtenção de contratos de trabalho, Número de Identificação Fiscal (NIF),
Número de Identificação de Segurança Social (NISS), Número de Utente do SNS,
tradução e certificação de registos criminais, abertura de contas bancárias,
entre outros.
Sociedade
Rede de imigração ilegal. Detidas 13 pessoas, uma
é técnica superior do MNE
A Polícia Judiciária estava a investigar esta rede de
auxílio à imigração ilegal desde 2023. Entre os detidos estão, além da
funcionária do MNE, empresários e uma advogada.
Valentina Marcelino
Publicado a:
07 Mai 2025, 09:50
Atualizado a:
07 Mai 2025, 09:56
A Polícia Judiciária (PJ) deteve na terça-feira 13
pessoas suspeitas de integrarem uma rede criminosa de auxílio à imigração
ilegal. Foram detidos sete homens e seis mulheres, portugueses e estrangeiros,
entre os quais empresários, uma advogada e uma técnica superior do ministério
dos Negócio Estrangeiros (MNE).
A operação, com o DIAP Regional de Coimbra, resultou
de uma investigação que tinha sido aberta em 2023, partindo da suspeita de que
este grupo estaria a legalizar, de forma irregular, um elevado número de
imigrantes, lucrando milhões de euros.
A investigação da PJ confirmou que boa parte dos imigrantes explorados por esta rede estavam no estrangeiro, apesar de os seus processos indicarem que residiam e trabalhavam em Portugal
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