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Reabilitação da Tapada das Necessidades em Lisboa gera
polémica
15 de novembro de
2019
A Câmara de
Lisboa aprovou ontem a construção e concessão a privados de novos equipamentos
na Tapada das Necessidades, na freguesia da Estrela, entre os quais um
restaurante e um parque infantil.
A proposta
subscrita pelos vereadores com os pelouros do Planeamento e Urbanismo, Ricardo
Veludo (PS), e do Ambiente e Estruturas Verdes, José Sá Fernandes (independente
eleito pelo PS), teve os votos contra de PCP e BE e a abstenção do CDS-PP.
Segundo a
proposta, para uma área de intervenção de mais de 90 mil metros quadrados,
prevê-se a demolição de alguns espaços existentes e a construção de edifícios
para concessão, organizados em três áreas: zona sul, zona centro e zona norte.
Nessas três zonas
está prevista a construção de um quiosque com área de esplanada, um parque
infantil, instalações sanitárias de apoio, restaurantes e um edifício
multiusos, além do edifício “Amigos da Tapada”.
O jardim da Tapada
das Necessidade, com cerca de 10 hectares, é propriedade da câmara municipal,
remontando a sua criação a 1742.
Obras podem
"afectar características históricas do jardim"
Em declarações à
Lusa, a vereadora comunista Deolinda Machado adiantou que o PCP votou contra a
proposta por temer os impactos que os novos equipamentos terão naquele “jardim
histórico”, que é “um dos mais importantes espaços verdes de Lisboa”.
“Não negamos a
pertinência da reabilitação do espaço, apoiamos a requalificação da Tapada das
Necessidades, mas não com estas características”, disse, considerando que as
intervenções previstas poderão vir “a afectar as características históricas” do
jardim.
Pelo BE (que tem
um acordo de governação do município com o PS), o vereador Manuel Grilo
explicou que o seu voto contra deve-se apenas a “questões formais”, pois o que
está agora na proposta não era o que estava no caderno de encargos, já que
estão previstas demolições e construções e não apenas uma empreitada de
reabilitação. “Não é nada contra a obra”, salientou.
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