CORONAVÍRUS
Covid-19: Portugal passa a barreira das 15 mil mortes no
dia da maior queda de internamentos de sempre
Portugal regista 2854 novos casos e 149 mortes. Há menos
340 pessoas internadas nos hospitais portugueses, contabilizando-se agora um
total de 5230 pacientes hospitalizados com covid-19.
Filipa Almeida
Mendes e Infografia | PÚBLICO
12 de Fevereiro
de 2021, 14:23 actualizado a 12 de Fevereiro de 2021, 15:11
Portugal registou
mais 2854 novos casos de infecção pelo novo coronavírus (o que corresponde a um
aumento de 0,4%) e 149 mortes, de acordo com os dados mais recentes da
Direcção-Geral da Saúde. Há menos 340 pessoas internadas nos hospitais
portugueses, contabilizando-se agora um total de 5230 pacientes hospitalizados
com covid-19. Esta é a maior diminuição de internamentos em 24 horas desde o
início da pandemia. Por outro lado, registam-se mais dez pessoas com a doença
em unidades de cuidados intensivos, num total de 846.
Há quase quatro
meses que não se registava um número tão baixo de novos casos a uma sexta-feira
— desde 16 de Outubro, data em que foram reportados mais 2608 infectados. Desde
o dia 14 de Janeiro, quando foram contabilizadas mais 148 mortes por covid-19,
que também não se registava um número diário de mortes tão baixo.
Divulgados no
boletim desta sexta-feira da Direcção-Geral da Saúde, os dados correspondem à
totalidade de quinta-feira. No total, o país contabiliza 15.034 óbitos por
covid-19 e 781.223 casos confirmados desde Março.
Segundo os dados
que constam do boletim, Lisboa e Vale do Tejo soma 48% das novas infecções
reportadas esta sexta-feira, tendo registado mais 1366 casos e 64 mortes. Já a
região Norte contabiliza mais 720 infectados (25%) e 35 óbitos.
Recuperaram da
doença mais 7617 pessoas, contabilizando-se agora um total de 652.739
recuperados. Há ainda a reportar menos 4912 casos activos da doença, num total
de 113.450.
As 149 vítimas
mortais identificadas nos dados desta sexta-feira incluem um homem entre os 30
e 39 anos; dois homens entre os 50 e 59 anos; cinco homens e cinco mulheres
entre os 60 e 69 anos; 23 homens e dez mulheres entre os 70 e 79 anos; e 50
homens e 53 mulheres (69% das mortes reportadas esta sexta-feira) com mais de
80 anos — a faixa etária mais afectada em termos de óbitos.
O Norte
contabiliza um total acumulado de 320.556 casos confirmados desde o início da
pandemia, sendo a zona do país com maior número de infecções. Segue-se Lisboa e
Vale do Tejo, com 293.283 casos; o Centro, com 111.561 casos (mais 427 em
relação ao dia anterior); o Alentejo, com 27.546 casos (mais 142) e o Algarve,
com 19.249 infectados (mais 109). O arquipélago dos Açores regista um total de
3660 casos de infecção (mais 16) e a Madeira contabiliza 5368 casos (mais 74).
Lisboa e Vale do
Tejo regista 6132 mortes por covid-19 acumuladas desde Março e a região Norte
4991. Segue-se o Centro, com 2678 mortes (mais 32), o Alentejo, com 862 óbitos
(mais dez), e o Algarve, com 284 mortes por covid-19 (mais sete). O arquipélago
dos Açores não reportou nenhuma vítima mortal esta sexta-feira, mantendo-se com
um total de 28 óbitos, e a Madeira registou mais uma morte por covid-19, num
total de 59.
Média diária de
novos casos mais baixa desde 31 de Dezembro
O país registou
esta semana a média diária de novos casos de contágio mais baixa desde 31 de
Dezembro, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE). Nos indicadores semanais sobre a pandemia, o INE registou na
quarta-feira um total de 29.511 casos acumulados nos sete dias anteriores,
correspondentes a 4216 novos casos em média por dia, “o valor mais baixo desde
31 de Dezembro de 2020”. O número de novos casos confirmados nos sete dias
anteriores tem vindo a descer desde 28 de Janeiro.
A 10 de
Fevereiro, verificou-se uma taxa de incidência da covid-19 de 903 novos casos
por 100 mil habitantes nos 14 dias anteriores em Portugal, abaixo do máximo de 1667
novos casos por 100 mil habitantes atingido no dia 29 de Janeiro.
Apesar da
diminuição nos números, o primeiro-ministro, António Costa, assumiu na
quinta-feira que o actual confinamento se irá prolongar por todo o mês de
Março, durante uma conferência de imprensa após o Conselho de Ministros que
aprovou o decreto de execução do 11.º estado de emergência que entra em vigor
às zero horas de dia 15 e se prolongará até ao final do dia 1 de Março.
António Costa
frisou que “Março terá um confinamento muito semelhante a este, se não igual” e
que “não haverá, seguramente, festejos de Carnaval e a Páscoa também não será a
Páscoa que conhecemos.”
Estas palavras
foram depois sublinhadas pelo Presidente da República que confirmou, numa
declaração ao país, que o confinamento está a dar resultados e terá de durar
“Março fora”, para não dar sinais errados em relação à Páscoa. “Temos, até à
Páscoa, de descer os infectados para menos de dois mil, para que os
internamentos e os cuidados intensivos desçam dos mais de cinco mil e mais de
oitocentos, agora, para perto de um quarto desses valores. E descer, também, a
propagação do vírus para números europeus”, disse Marcelo Rebelo de Sousa,
destacando que esta terá de ser uma “estabilização esta sustentada, duradoura,
sem altos e baixos”, para não correr o risco de ser “mais um desconfinamento
entre duas vagas”.
Por outro lado, a
falha nas entregas de vacinas contra a covid-19 vai atrasar a vacinação de mais
um milhão de portugueses, cuja inoculação estava inicialmente prevista até ao
final de Março.
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