Política
André
Ventura recebido com novo protesto e cuspidela da comunidade cigana em Braga
O líder do
Chega devolveu as acusações de racismo e disse ao grupo que "tem de
trabalhar".
DN/Lusa
Publicado a:
08 Mai 2025,
15:05
Atualizado
a:
08 Mai 2025,
15:05
O líder do
Chega foi recebido esta quinta-feira em Braga com um novo protesto de elementos
da comunidade cigana, cerca de 20 pessoas que cuspiram e acusaram André Ventura
e o partido de serem "fascistas e racistas".
Estas
pessoas já se encontravam junto ao Arco da Porta Nova, no centro de Braga,
ainda antes de o líder do Chega chegar e trocaram provocações com os dirigentes
e apoiantes do partido que já se encontravam no local de onde arrancou a
arruada marcada para o final da manhã.
Com uma
bandeira da comunidade cigana e outra de movimentos anti-nazis, gritavam
acusações de racismo e fascismo.
"Viva o
25 de Abril, viva a liberdade", gritou também o grupo, afirmando-se
cidadãos portugueses.
Em resposta,
a comitiva do Chega gritou palavras e cânticos de apoio ao partido, como
"Chega, Chega" e "Portugal é nosso", enquanto abanavam
bandeiras do Chega e de Portugal.
O momento
mais tenso aconteceu quando André Ventura chegou ao local e cuspiram na direção
do líder do Chega, à distância, atingindo-o.
Nesta
altura, os gritos intensificaram-se de parte a parte e o líder do Chega
devolveu as acusações de racismo e disse ao grupo que "tem de
trabalhar".
André
Ventura disse que as pessoas da comunidade cigana “não podem andar pelo país
todo a impedir o Chega de fazer campanha política” e a "tentar calar,
atacar e ofender".
O presidente
do Chega considerou também que estas pessoas são "plantadas".
"Continuamos
a ter um conjunto de ciganos que são, nalguns casos os mesmos, que andam pelo
país todo. Têm de estar organizados. Eu não sei se é a própria comunidade que
se organiza, se são os partidos de esquerda, não sei. Sei que estão organizados
e sei que estão plantados", sustentou.
Questionado
se teme que estas situações se repitam, Ventura disse esperar que, “para bem de
todos, da segurança de todos, isso não aconteça”.
“Nós estamos
a fazer a nossa parte também. Agora, como devem imaginar, eu não posso dizer à
comunidade cigana deixem-me em paz”, defendeu.
No final da
arruada, André Ventura fez uma pequena intervenção, pedindo aos apoiantes que
não “se deixem intimidar” e disse ser "perseguido" porque vai
"mudar o país".
"Nós
não temos medo", gritou, sendo acompanhado pelos apoiantes que o ouviam.
Ainda antes
de Ventura chegar, o cabeça de lista do Chega por Braga, Filipe Melo,
dirigiu-se aos manifestantes, que lhe disseram na cara “vai-te embora,
fascista” e defenderam ter direito a protestar.
“Até me
admira que um homem como tu és, sério, esteja num partido que é mentiroso e não
tem educação”, disse-lhe Célio Maia, que disse conhecer o deputado, enquanto o
resto do grupo os rodeava e continuava a gritar insultos.
Neste outro
momento de maior tensão, o deputado contrariou esta afirmação e respondeu que o
grupo pode manifestar-se, mas não tem “direito de insultar ninguém”.
Já em
declarações aos jornalistas, Célio Maia considerou que o Chega é contra a
comunidade cigana e André Ventura usou isso “como uma arma”.
A certa
altura, o grupo gritou “PS, PS”, mas alguns elementos disseram aos jornalistas
que votam AD e Luís Montenegro “é um grande homem”.
Também um
homem que se identificou como Beto Bethoven disse não querer que as novas
gerações sejam alvo de racismo no futuro e considerou que quem apoia o Chega
“tem o fascismo lá dentro”.
Acusou o
Chega e André Ventura de “incentivo ao ódio”, e alertou para a possibilidade de
uma “guerra civil no país”.
“Nós, os
ciganos, se nos juntarmos todos, não é uma coisa boa”, acrescentou o músico,
mas salientou que agora estão “na paz”.
Já na quarta-feira, numa arruada em Aveiro, a comitiva do Chega cruzou-se com um pequeno grupo de pessoas de etnia cigana, que também acusaram Ventura de ser racista e lhe pediram que não alimente o ódio contra esta comuni
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