Mais de cinco
anos depois, a ponte pedonal dos Coches está pronta
Velha ponte
começa esta segunda-feira a ser desmontada, o que levará a cortes de trânsito
em Belém.
João Pedro Pincha
João Pedro Pincha
2 de Setembro de 2019, 19:29
Mais de cinco anos
depois de ter sido começada, a ponte pedonal do Museu dos Coches, em Belém,
abre esta segunda-feira à utilização pública. A velha ponte, que até aqui
assegurou a ligação por cima da via-férrea, será desmantelada nas próximas
noites, o que levará a cortes de trânsito e a condicionamentos na circulação de
comboios.
Apesar de já
poder ser usada, os trabalhos na nova ponte ainda não estão completos. “Só após
a demolição da ponte velha será possível concluir a empreitada da nova ponte,
que compreende, além das rampas, a colocação de uma plataforma elevatória para
cadeiras de rodas nas escadas de acesso à estação de comboios no sentido
Lisboa/Cascais”, informa a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) em nota
de imprensa.
Ao contrário da
antiga, apenas com escadas, a nova estrutura tem rampas de ambos os lados,
permitindo assim que pessoas em cadeira de rodas ou com carrinhos de bebés
atravessem da Rua da Junqueira para a beira-rio sem obstáculos. Contudo, o
acesso à estação de comboios continua a ser feito apenas por escadas, o que
levou a DGPC a mandar instalar a tal plataforma elevatória.
Do lado do rio,
junto à Avenida Brasília, existirá também um elevador. “Embora já se encontre
instalado, só pode entrar em funcionamento após a demolição da estrutura
antiga. Assim sendo, será após o desmantelamento da velha travessia que
começará a ser construída a rede subterrânea de infra-estruturas necessárias à
activação do elevador”, esclarece a DGPC na nota.
Para a desmontagem
da ponte antiga o trânsito automóvel estará cortado nas avenidas da Índia e
Brasília entre segunda e quarta-feira no período das 22h às 6 horas.
A ponte pedonal
dos Coches começou a ser construída ao mesmo tempo que o novo edifício do
museu, sob projecto de Paulo Mendes da Rocha e Ricardo Bak Gordon. Os trabalhos
pararam abruptamente em 2013 e só foram retomados em 2017, dois anos depois de
o museu ter aberto ao público. Em 2016, aquando da abertura do Museu de Arte,
Arquitectura e Tecnologia (MAAT), junto à Central Tejo, a velha ponte teve de
ser encerrada pela polícia, tal a quantidade de gente que se aglomerou para a
atravessar.
Com esta
abertura, a zona de Belém passa a ter quatro vias de ligação à zona ribeirinha:
três pontes pedonais (Coches, MAAT e Torre de Belém) e um túnel (Padrão dos
Descobrimentos). Definitivamente afastado parece estar o velho projecto de
enterrar a linha de comboio, criando um contínuo pedonal entre as várias partes
do conjunto monumental.
tp.ocilbup@ahcnip.oaoj
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